Aos 92 anos, morre Mikhail Gorbachev; veja um pouco da história do último líder comunista da União Soviética

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O ex-lider da União Soviética,  Mikhail Gorbachev, 92 anos, morreu em Moscou. O óbito foi confirmado, nesta terça-feira (30), por agências de notícias russas.

Gorbachev, cujo governo tumultuado foi associado aos termos perestroika e glasnost (reforma e abertura) morreu após uma longa doença. De acordo com o Hospital Clínico Central de Moscou, Gorbachev “morreu esta noite [terça-feira] após uma doença grave e prolongada”, em comunicado citado pela agência RIA/Novosti.

Mikhail Gorbachev foi o último presidente da União Soviética antes de sua dissolução. No dia 25 de dezembro de 1991, ele anunciou em cadeia nacional de televisão, em um salão do Kremlin, a sua renúncia e o fim da União Soviética. Era o fim da Guerra Fria e da corrida armamentida, o inicio da abertura para o resto do mundo. O pavilhão da URSS dava lugar à bandeira da Federação da Rússia.

Gorbachev foi responsável por reformas, mas não foi capaz de controlar forças internas, tanto que enfrentou uma tentativa de golpe três meses antes de renunciar ao poder. O político, de origens russas e ucranianas, forjou vários acordos com o ocidente de forma a acabar com a famosa “cortina de ferro” que dividia a Europa desde o final da Segunda Guerra Mundial, culminando na unificação da Alemanha. Nos últimos anos de vida, ele se dedicou a publicar artigos defendendo o seu legado histórico.

Em fevereiro de 2019, em texto no jornal russo Vedomosti, disse que “hoje, tudo o que foi alcançado nos anos depois que pusemos fim à Guerra Fria corre grande perigo”. “A hegemonia de um país é impossível no mundo de hoje”, destacou.

Ele se tornou um “fantasma vivo” para as autoridades russas que apontam a ele a responsabilidade pelo desmanche da URSS. O nome de Gorbachev não aparece entre os personagens mais marcantes da história russa nos tradicionais rankings que a mídia local gosta de publicar todos os anos. Stalin está em todos os da última década. Putin, também.

Redação PNB, com informações CNN

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