Arquivos diários: 30 de agosto de 2022

“Estamos com medo”: moradores do João Paulo II, em Juazeiro, reclamam da falta de segurança e solicitam rondas policiais no bairro; PMBA responde

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Moradores do bairro João Paulo II, no município de Juazeiro, no Norte da Bahia, entraram em contato com o Portal Preto no Branco, para reclamar da falta de segurança no local. De acordo com eles, nos últimos dias o número de assaltos vem crescendo no bairro.

“Aqui está acontecendo muitos casos de furtos e roubos. Somente no último sábado (27), foram registrados três furtos em uma única rua. Nós, moradores, estamos com medo e muito inseguros. Precisamos de mais policiamento aqui no bairro”, contaram.

Ainda de acordo com eles, nessa segunda-feira (30), uma casa foi arrombada por um assaltante em plena luz do dia.

 

“Os donos da residência não estavam em casa e os vizinhos só perceberam o que tinha acontecido depois. Os assaltantes arrombaram o portão da residência por volta das 11h da manhã. Ele usaram um pé de cabra, tiraram o portão do trilho e entraram na casa. A motocicleta da dona que estava na garagem foi levada. Os bandidos também levaram perfume, a chave da moto e outros objetos que estavam na casa. Os moradores já fizeram o Boletim de Ocorrência. Mas precisamos de mais segurança, antes que mais moradores sejam vítimas”, acrescentaram.

O PNB já encaminhou a reclamação para a Polícia Militar da Bahia, que se manifestou em nota.

Veja na íntegra 

A Polícia Militar atua preventivamente no patrulhamento em vias públicas ou através de acionamento. O policiamento na região é realizado pela 74ª CIPM diuturnamente com o emprego de guarnições motorizadas, que fazem rondas ostensivas preventivas.

Além do policiamento ordinário, guarnições dos pelotões de emprego tático operacional (Peto), se sobrepõem ao policiamento dos setores, de acordo com a mancha criminal.

A companhia tem intensificado o policiamento, inclusive com operações, com vistas a coibir ações delituosas de quaisquer naturezas, contando com o reforço e o apoio da companhia independente de policiamento tático (CIPT) Rondesp , que realiza constantes ações preventivas em toda a extensão da área de responsabilidade da unidade.

A unidade lamenta que situações como essa estejam incomodando a população moradora do bairro, mas para que isso seja resolvido é necessário que a polícia seja acionada através do 190 e do telefone (74) 3162 1118 para que a PM encaminhe guarnições ao local. A 74ª CIPM se coloca à disposição para maiores esclarecimentos e reafirma o compromisso de bem servir à população juazeirense.

Redação PNB

“Ela me cativou”: Ellen Carvalho (PT) visita comunidades de Juazeiro e conquista moradores e lideranças comunitárias

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A candidata a deputada estadual Ellen Carvalho (PT), junto ao ex-prefeito de Juazeiro Isaac Carvalho, iniciou a semana participando de encontros com lideranças e moradores de comunidades, em Juazeiro.

Nesta segunda-feira (29), no bairro Piranga, Ellen Carvalho foi recebida pelos moradores e lideranças, que manifestaram apoio a candidatura da petista.

“Eu sou moradora do João Paulo II e minha expectativa é que ela ganhe, porque a gente está precisando dessa representatividade. A gente está precisando desse olhar feminino em um lugar de poder. É importante que a saúde e a educação ganhem uma visibilidade, porque a gente sabe que sem isso a gente não vai pra frente. Então, a minha meta é que ela ganhe, que ela dê um apoio na saúde e na educação”, declarou a estudante Ana Clara Barroso.

O empresário Jean Carlos ressaltou o carisma da candidata: “Estou com Ellen porque ela me cativou. Através de seu carisma, do seu compromisso com o povo da Bahia e com o povo de Juazeiro. Vamos junto com a vitória!”, manifestou Jean.

Outra manifestação de confiança veio do advogado José Carlos: “Fico muito feliz em apoiar uma mulher para a Assembleia Legislativa. Eu acredito que Ellen é a mulher do povo e que veio para apoiar a população mais pobre e todas as mulheres”, disse o advogado.

Durante visita à Chácara Tamandaré, na região da Adutora, em Juazeiro, a candidata reafirmou o compromisso com a Bahia e em especial para o Norte baiano, ressaltando o trabalho de seu companheiro Isaac Carvalho, quando prefeito de Juazeiro, e ganhou mais apoiadores.

“A candidatura de Ellen vai ser interessante para a região e para a cidade de Juazeiro, porque acredito que venha trazer melhorias e recursos para nosso povo”, disse Bruno Marx, engenheiro Civil.

Por onde passa, Ellen tem feito alianças e conquistado o voto de mulheres e homens das comunidades.

“Temos feito um diálogo bastante produtivo com as comunidades, no sentido de ouvir suas demandas e também expor nosso projeto. Como única mulher candidata da região a uma vaga na Assembleia Legislativa tenho uma responsabilidade muito grande em garantir representatividade neste espaço e para isso tenho dado escuta às necessidade das mulheres e fortalecido este vínculo com elas. Nosso projeto inclui todas e todos, as mulheres e homens, as famílias que necessitam de políticas públicas que efetivamente melhorem suas vidas, seja na educação, saúde, assistência social e infraestrutura”, disse Ellen.

Ascom/Ellen Carvalho

Aguardando há seis meses por uma cirurgia na SOTE, em Juazeiro, usuário diz que foi informado sobre suspensão do contrato entre Secretaria de Saúde e o hospital; Sesau não se manifesta

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Um usuário do Sistema Único de Saúde, está aguardando há seis meses por uma cirurgia ortopédica no município de Juazeiro, no Norte da Bahia. De acordo com ele, o procedimento ainda não foi realizado devido a falta de renovação do contrato entre a gestão municipal e o Hospital SOTE, especializado no atendimento.

“Eu vi a reportagem sobre a suspensão das cirurgias do Hospital São Lucas aqui de Juazeiro. Mas a situação não está acontecendo só lá.  O hospital SOTE também está do mesmo jeito, aguardando a renovação do contrato com a prefeitura. Isso vem acontecendo desde o começo do ano, segundo informações que me passam. Estou desde o dia 28 de fevereiro deste ano aguardando por uma cirurgia na coluna que dever ser feira na SOTE. Os documentos foram enviados para a SESAU e o órgão diz que tudo já foi encaminhado para a SOTE novamente. Já no hospital, me passaram semana passada, que estão esperando a renovação do contrato com a prefeitura”, contou o usuário.

O PNB já encaminhou a reclamação para a Secretaria de Saúde. Até o momento não obtivemos respostas.

 

Redação PNB

Usuários da Unimed E HGU, planos de saúde do Vale do São Francisco, reclamam de dificuldades para agendar atendimentos

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Usuários de planos de saúde do Vale do São Francisco, entraram em contato com o Portal Preto no Branco para reclamar da dificuldade que estão enfrentando para conseguir agendar atendimentos e exames. Os problemas vão desde falta de vagas, até falta de respostas nos canais disponibilizados para os agendamentos.

Usuário do plano Unimed São Francisco, Felix Augusto, contou que nessa segunda-feira (29), aguardou por horas para ser atendido através do WhatsApp, e não conseguiu realizar o agendamento que precisava com um urologista.

“Decepcionado com a falta de respeito que a Unimed Vale do São Francisco tem com seus usuários, clientes. Fui na central de atendimento que fica ao lado da igreja catedral de Juazeiro para marcar dois atendimentos. Um, eu consegui marcar. A outra especialidade me informaram que só no canal da vergonha, canal da falta de respeito, via WhatsApp. Canal esse que iniciou meu atendimento às 14:15h, na posição número 146, e até às 20:03h não fui atendido.  Simplesmente uma falta de respeito, uma humilhação a gente ter que passar por isso. Pagamos um plano com mensalidade alta, e quando precisamos olha a decepção, atendimento nota zero. Vocês, da Unimed, precisam mudar essa política ou colocar colaboradores que suportem a demanda, pois não justifica a gente pagar caro na mensalidade de um plano de saúde, para quando precisar ter essa decepção, esse desrespeito, essa pouca vergonha. Tenho certeza que o atendimento pelo SUS está mais ágil que o da Unimed”, reclamou.

Ele informou ao PNB que somente na manhã de hoje (30), após quase 20 horas de espera, foi informado através da mensagem no Whats App que a marcação da consulta não poderia ser feita pelo canal, e foi orientado a fazer o agendamento na clínica que disponibiliza a especialidade.

Após o contato feito pelo PNB com a Assessoria de Comunicação da Unimed, Félix Augusto recebeu uma ligação de um representante da empresa de plano de saúde, “pedindo desculpas e informando que a partir do dia primeiro iria melhorar o atendimento pela ferramenta WhatsApp”, disse Felix.

Outra usuária, e agora do plano HGU, em Petrolina, reclamou que está há três meses tentando conseguir agendar uma consulta e um exame.

“Tenho o plano do HGU e venho tentando, há mais de três meses, agendar uma consulta, um exame e não consigo. Eu começo a ligar para lá no início da manhã e toda vez só dizem que a agenda já está preenchida e não tem mais vaga. Eles ainda dizem que tenho que esperar a agenda abrir, mas quando abre, a gente liga e não consegue de jeito nenhum marcar a consulta. É uma dificuldade muito grande. Tenho que fazer uma cirurgia e não consigo, porque não consigo fazer os exames necessários. Eu pago um plano caro e ainda assim terei que pagar por fora para poder fazer os exames e a cirurgia. Ninguém explica o motivo desta situação. Os usuários só conseguem fazer um exame se agendar com seis meses de antecedência. Nenhum médico tem vaga.  Várias pessoas estão reclamando do plano.  Eu pago há muitos anos esse plano e nem usava, e agora que eu estou precisando com urgência, não consigo atendimento”, criticou.

O PNB já encaminhou as reclamações para as assessorias de comunicação dos dois planos de saúde, e aguarda respostas.

Redação PNB

Profissionais da UPAE Petrolina são treinados para vigilância e coleta de amostras da Monkeypox

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Os enfermeiros da urgência e emergência da Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE) passaram por um treinamento sobre vigilância e coleta de amostras da Monkeypox, na última semana (25).

O treinamento foi ofertado pela VIII Regional de Saúde (Geres) com o objetivo de capacitar os profissionais de saúde sobre o manejo adequado durante a coleta de material biológico, a fim de evitar contaminação; assim como orientar corretamente sobre o processo de coleta em si, transporte e armazenamento de amostras biológicas.

 

“A Monkeypox, como toda doença viral de alta contaminação, precisa de atenção especial por parte dos profissionais da assistência. O treinamento foi de extrema importância, não só porque reforçou a parte técnica, mas também pelo despertar humano e ético. Os participantes realmente adoraram e o momento foi muito positivo”, relatou a enfermeira gerente do setor de epidemiologia, Rosiane Xavier.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) notificou o primeiro caso suspeito da Monkeypox em 05 de julho, na cidade de Paulista, na Região Metropolitana do Recife. Já em Petrolina o primeiro caso confirmado aconteceu em no dia 11 de agosto. Tratava-se de um morador da cidade, que tinha viajado para outro estado, ficou em isolamento e apresentou sintomas leves.

A UPAE Petrolina segue todos os protocolos recomendados pela OMS, Ministério da Saúde e SES-PE para a verificação de casos suspeitos, tratamento de casos confirmados e prevenção da transmissão da Monkeypox. Até o momento nenhum caso suspeito chegou à UPAE.

Sobre a doença

Em geral, a transmissão acontece por via de gotículas respiratórias, e por meio de fluidos corporais (beijo, relações sexuais), independentemente de gênero ou orientação sexual. Os sintomas da doença incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia (o aumento das glândulas do pescoço), calafrios, exaustão e erupções cutâneas.

A SES-PE caracteriza como caso suspeito da doença indivíduos de qualquer idade ou sexo que apresente início súbito de erupção cutânea aguda sugestiva de varíola, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região genital), associada ou não a adenomegalia ou relato de febre. É suspeito, também, se o indivíduo teve histórico de viagem ao país com casos confirmados da doença 21 dias antes do início dos sintomas, como também vínculo com alguém que foi confirmado com a Monkeypox.

Em caso suspeito da doença, a orientação da SES-PE é de realizar o isolamento imediato do indivíduo, notificação às autoridades sanitárias e coleta de amostras clínicas.

 

Ascom

Metade do patrimônio do clã Bolsonaro foi comprada em dinheiro vivo

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Quase metade do patrimônio em imóveis do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) e de seus familiares mais próximos foi construída nas últimas três décadas com uso de dinheiro em espécie, de acordo com levantamento patrimonial realizado pelo UOL.

Desde os anos 1990 até os dias atuais, o presidente, irmãos e filhos negociaram 107 imóveis, dos quais pelo menos 51 foram adquiridos total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo, segundo declaração dos próprios integrantes do clã.

As compras registradas nos cartórios com o modo de pagamento “em moeda corrente nacional”, expressão padronizada para repasses em espécie, totalizaram R$ 13,5 milhões. Em valores corrigidos pelo IPCA, este montante equivale, nos dias atuais, a R$ 25,6 milhões.

Não é possível saber a forma de pagamento de 26 imóveis, que somaram pagamentos de R$ 986 mil (ou R$ 1,99 milhão em valores corrigidos) porque esta informação não consta nos documentos de compra e venda. Transações por meio de cheque ou transferência bancária envolveram 30 imóveis, totalizando R$ 13,4 milhões (ou R$ 17,9 milhões corrigidos pelo IPCA).

Ao menos 25 deles foram comprados em situações que suscitaram investigações do Ministério Público do Rio e do Distrito Federal. Neste grupo, estão aquisições e vendas feitas pelo núcleo do presidente, seus filhos e suas ex-mulheres não necessariamente com o uso de dinheiro vivo, mas que se tornaram objeto de apurações como, por exemplo, no caso das “rachadinhas” (apropriação ilegal de salários de funcionários de gabinetes).

O UOL procurou o presidente Jair Bolsonaro, por meio da assessoria do governo, para perguntar a razão da preferência da família pelas transações em dinheiro, mas ele não se manifestou.

O levantamento considera o patrimônio construído no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília pelo presidente, seus três filhos mais velhos, mãe, cinco irmãos e duas ex-mulheres.

Nos últimos sete meses, a reportagem consultou 1.105 páginas de 270 documentos requeridos a cartórios de imóveis e registros de escritura em 16 municípios, 14 deles no estado de São Paulo. Percorreu pessoalmente 12 cidades para checar endereços e a destinação dada aos imóveis, além de consultar processos judiciais.

Até a mãe de Bolsonaro, Olinda, falecida em janeiro deste ano, aos 94 anos, teve os dois únicos imóveis adquiridos em seu nome quitados em espécie, em 2008 e 2009, em Miracatu, no interior de São Paulo. Entre os imóveis comprados com dinheiro vivo pela família, estão lojas, terrenos e casas diversas.

Atualmente o Senado Federal discute projeto de lei que sugere a proibição do uso de dinheiro em espécie para transações imobiliárias, como forma de prevenir operações de lavagem de dinheiro ou ocultação de patrimônio.

Patrimônio em expansão
Desde a chegada de Bolsonaro à política como parlamentar, no início dos anos 1990, o patrimônio se multiplicou em seus diferentes núcleos familiares —tanto o que abarca seus filhos, no Rio e em Brasília, como aquele que envolve seus irmãos, no interior de São Paulo, em especial em cidades do Vale do Ribeira, região mais pobre do estado.

Até 1999, a família havia adquirido 12 imóveis. Nos anos seguintes, uma parte seria vendida, outra comprada. Em 2022, a família seguia proprietária de 56 dos 107 imóveis transacionados nas últimas décadas.

Até o fim dos anos 90, o gasto com imóveis somava R$ 567,5 mil (R$ 1,9 milhão em valores atualizados). Os 56 endereços que seguem registrados, nos dias atuais, em nome da família custaram R$ 18,8 milhões (ou R$ 26,2 milhões, corrigidos pelo IPCA).

Desde 2018, os filhos Flávio e Carlos Bolsonaro, além de Ana Cristina Siqueira Valle, segunda mulher de Jair Bolsonaro, são investigados por suspeita de envolvimento com o repasse ilegal de salários dos funcionários de gabinetes. Os assessores, grande parte funcionários fantasmas, sacavam em espécie os salários e entregavam a operadores cerca de 90% do total recebido.

As investigações sobre Flávio no MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) descobriram que, posteriormente, esses valores eram “lavados” com compras de imóveis. Parte de provas produzidas durante a apuração foram anuladas recentemente, mas as investigações continuam em curso. No caso de Carlos, o sigilo bancário foi quebrado por indícios semelhantes.

No ano passado, uma série de reportagens do UOL revelou que quatro funcionários do gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro sacaram mais de 72% dos salários em espécie.

Meses depois, o podcast do UOL “A Vida Secreta de Jair” revelou uma gravação em que Andrea Siqueira Valle, irmã de Ana Cristina, ex-mulher de Bolsonaro, diz que Bolsonaro sabia do esquema e demitiu o então cunhado, André, por não entregar o salário.

“O André deu muito problema porque ele nunca devolveu o dinheiro certo que tinha que ser devolvido, entendeu? Tinha que devolver R$ 6.000, ele devolvia R$ 2.000, R$ 3.000. Foi um tempão assim até que o Jair pegou e falou: ‘Chega. Pode tirar ele porque ele nunca me devolve o dinheiro certo’, dizia Andrea na gravação.

Família paulista

No ramo paulista, a irmã mais rica de Bolsonaro é Maria Denise Bolsonaro, que construiu com o marido José Orestes Fonseca um império de lojas de móveis, eletrodomésticos e miudezas no Vale do Ribeira nos últimos anos.

Eles se casaram em 1980, sob o regime de comunhão universal. Atualmente os dois vivem separados, mas ainda brigam pela divisão de patrimônio. Pela lei, enquanto a disputa não se encerrar, os bens seguem pertencendo ao casal.

A disputa entre os dois envolve quase uma dezena de lojas, uma casa de veraneio à beira-mar em Cananéia, no litoral sul paulistano, com lancha e jet-ski, e duas mansões localizadas dentro de uma área de mais de 20 mil metros quadrados no centro de Cajati, no Vale do Ribeira, também compradas com dinheiro em espécie.

Todos os imóveis do casal guardam uma particularidade: trazem nos azulejos de fachada ou até mesmo no telhado as cores azuis, marca registrada da rede que administravam em conjunto, conhecida como Campos Mais.

A empresa foi inaugurada em 1997 e, inicialmente, era uma sociedade de Orestes Bolsonaro Campos, filho de Maria Denise e José Orestes, ainda criança, com Theodoro Konesuk, o marido de Vânia Bolsonaro, outra irmã do presidente.

No início dos anos 2000, devido a uma desavença entre José Orestes e Theodoro, a sociedade foi desfeita. A reportagem apurou que eles não se falam até hoje.

Theodoro fundou com Vânia uma nova rede de lojas, na mesma área de atuação, chamada Art’s Móveis.

Em nome da mãe

Professora aposentada e viúva, em 2008, a mãe do presidente, Olinda Bonturi Bolsonaro, então com 81 anos, vivia entre as casas de suas filhas, espalhadas por municípios do interior de São Paulo, entre eles Eldorado, cidade onde Jair viveu até a juventude. Elas dividiam entre si os cuidados e os custos com cuidadores para Olinda, que seria diagnosticada futuramente com a doença de Parkinson.

Mas, em janeiro de 2008, Olinda assinou uma transação imobiliária que nada tinha a ver com sua rotina: a compra de um terreno em área comercial, de 451 m², na avenida principal de Miracatu, por R$ 35 mil (o equivalente a R$ 82,7 mil, segundo o IPCA).

Em maio do ano seguinte, ela registraria a compra do terreno vizinho, com 461 m², por R$ 80 mil (R$ 174,6 mil, atualizados). As duas compras foram realizadas com dinheiro em espécie.

Os imóveis não eram investimentos da mãe do presidente – na verdade foram comprados para abrigar uma loja de móveis e miudezas fundada pelo filho Renato Bolsonaro, irmão do presidente, e tocada por uma das netas de dona Olinda e filha de Renato, Vitória Leite Bolsonaro. Ainda hoje, o endereço é a sede da Vivi Móveis, empresa de Renato que leva o nome da filha e que se expandiu por duas cidades da região.

Em 2011, aos 84 anos, dona Olinda se desfez oficialmente dos dois imóveis. Mas não recebeu um tostão: ela os doou a outro neto, Luiz Paulo Leite Bolsonaro. Luiz também é filho de Renato Bolsonaro, irmão de Vitória. Atualmente ele é oficial da Polícia Militar em Goiás.

Ao ser perguntada sobre a razão da avó ter se envolvido com a compra do imóvel, Vitória pediu ao UOL que contatasse sua advogada. “Os imóveis foram adquiridos pela mãe do presidente da República, que já faleceu e não pode prestar esclarecimentos hoje. Posso garantir que foram adquiridos de forma legal”, disse a advogada Silvia Brunatti.

Ela preferiu não detalhar as circunstâncias que envolveram a compra dos imóveis, por se tratar de “assunto de família e de cunho particular”. “A doação foi feita de maneira legal, justa, honesta, dentro do direito que é assegurado a toda pessoa civil e capaz”, afirmou.

Quem vendeu o imóvel à família conta outra história. “Eu já estava com o terreno vendido, mas o Renato soube e me procurou. Eu nem sei em nome de quem a venda foi registrada, mas foi uma venda feita para ele mesmo”, conta Onisvaldo da Costa Ribeiro, de 76 anos, antigo dono.

Bento Ribeiro

Em 2006, Renato já havia participado de uma transação de imóvel com dinheiro em espécie, envolvendo diretamente o presidente Bolsonaro.

Jair comprou do irmão o imóvel em que funciona seu escritório político no Rio, uma casa no bairro de Bento Ribeiro, no Rio de Janeiro, por R$ 40 mil. O valor também foi quitado em espécie.

Este é um dos cinco imóveis que Jair Bolsonaro adquiriu ao longo de sua trajetória política pagando em dinheiro vivo. Procurado pelo UOL, Renato não quis se manifestar.

Em 2016, uma reportagem do SBT mostrou que Renato, embora nomeado como assessor especial parlamentar na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), não aparecia para trabalhar. Após a revelação, ele acabou exonerado.

Prevenção à lavagem de dinheiro
O Senado Federal discute projeto de lei que sugere a proibição do uso de dinheiro em espécie para transações imobiliárias, como forma de prevenir operações de lavagem de dinheiro ou ocultação de patrimônio.

O texto foi aprovado no ano passado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), mas aguarda há quase um ano a designação de relator para que tramite na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.

Desde fevereiro de 2020, cartórios estão obrigados a comunicar ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) como “movimentação atípica” transações abaixo do valor de avaliação para cálculo do ITBI ou em espécie.

Os imóveis analisados no levantamento do UOL foram adquiridos antes disso —a última compra de dinheiro vivo por membros da família ocorreu em 2018.

A determinação da comunicação dos cartórios ao Coaf foi feita pela Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com forma de estabelecer mais uma ferramenta de prevenção à lavagem de dinheiro.

Veja detalhes da investigação no Live UOL Especial:

Uol

Em operação conjunta, PMs da Bahia e de Pernambuco apreendem 80 quilos de maconha em distrito de Juazeiro

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Dois homens foram presos após serem flagrados, na noite desta segunda-feira (29), no distrito de Abóbora, em Juazeiro, no interior da Bahia, com 50 quilos de maconha. A apreensão foi resultado de uma operação conjunta entre as polícias militar da Bahia, através da Companhia Independente de Policiamento Tático (CIPT/Norte), e de Pernambuco, responsável por apreender outros 30 quilos, na cidade de Petrolina, na primeira fase da ação.

“A Rondesp conseguiu localizar o depósito e lá haviam duas pessoas que estavam fazendo o tratamento da droga para comercialização. Os homens foram surpreendidos pelos policiais e tentaram fugir, mas foram capturados”, detalhou major Robismarques Sátiro – comandante da CIPT Norte. Os dois suspeitos que foram flagrados em Juazeiro, município localizado a 505,5 quilômetros de Salvador, foram levados para a 17º Coordenadoria Regional de Polícia do Interior.

De acordo com o delegado titular do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado, Flávio Martins, eles estão à disposição da Justiça. “Um dos presos tem passagem pela polícia de Petrolina por porte de armas”. Os detidos em Petrolina, foram levados a uma unidade de Polícia Judiciária da cidade Pernambucana.

De acordo com a polícia, além dos 80 quilos da droga, um revólver calibre 38 carregado, duas balanças, uma balaclava e um saco com pinos de cocaína foram encontrados.

Bocão News

Brasil tem segunda morte por varíola dos macacos; vítima estava internada no RJ

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A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) confirmou nesta segunda-feira (29) a primeira morte por varíola dos macacos no Estado. O paciente, um homem de 33 anos, estava internado no Hospital Ferreira Machado, em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense. É a segunda morte pela doença no país.

De acordo com a Secretaria de Saúde do município, ele tinha baixa imunidade e comorbidades, que agravaram o quadro da doença. O paciente apresentou complicações e precisou ser transferido para a UTI no dia 19 deste mês. A morte aconteceu na manhã desta segunda.

A Secretaria de Saúde da cidade está monitorando as pessoas que tiveram contato com o paciente. De acordo com o monitoramento, nenhum apresentou sinais e sintomas de infecção pelo vírus até esta segunda.

O Estado do Rio tem 611 casos confirmados de monkeypox e 61 prováveis foram registrados. Outros 474 casos suspeitos seguem em investigação e 751 foram descartados.

Desde o primeiro caso suspeito registrado no Estado, o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da SES faz o monitoramento diário dos casos, em parceria com os laboratórios de referência da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e as secretarias municipais de saúde.

Os casos suspeitos são aqueles em que os pacientes, de qualquer idade, apresentam início súbito de lesão em mucosas e/ou erupção cutânea aguda sugestiva para varíola dos macacos única ou múltipla, em qualquer parte do corpo. Também podem apresentar edema nos órgão genitais, podendo estar associada a outros sinais e sintomas.

Os casos prováveis são aqueles em que o paciente apresenta um ou mais dos critérios listados como exposição próxima e prolongada, sem proteção respiratória, ou contato físico direto com parcerias múltiplas e/ou desconhecidas nos 21 dias anteriores ao início dos sinais; contato com materiais contaminados, como roupas de cama e banho ou utensílios pessoais de um caso provável ou confirmado de Monkeypox e trabalhadores da saúde sem uso adequado de equipamentos de proteção individual que tiveram contato com caso provável ou confirmado de Monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas.

Importante ressaltar que, embora a doença tenha sido identificada pela primeira vez em macacos, o surto atual não tem relação com esses animais.

CNN Brasil 

Guarda Municipal prende jovem com drogas no centro de Juazeiro

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A Guarda Civil Municipal (GCM) de Juazeiro prendeu um jovem, de 19 anos, com drogas no centro da cidade. A ação aconteceu na tarde desta segunda-feira (29), na região do Arco da Ponte, quando os GCMs realizavam patrulhamento de rotina.

Com o suspeito, os agentes da Ronda Ostensiva Municipal (Romu) e do Grupamento de Intervenção Rápida (GIRO) encontraram 10 pedras de crack e a quantia de R$ 35,00. Ele estava acompanhado de outros três rapazes, mas nada foi encontrado com eles. O suspeito foi encaminhado à delegacia, junto com o material apreendido.

Ascom/PMJ