Rádios baianas rebatem acusação da campanha de Bolsonaro sobre propaganda eleitoral; confira quais as rádios acusadas

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Cerca de cinco emissoras de rádio da Bahia aparecem na lista do relatório emitido pelo Ministro das Comunicações Fábio Faria ao TSE- Tribunal Superior Eleitoral, acusadas de não veicularam inserções da campanha de Bolsonaro (PL), ao longo do segundo turno,

Na lista apresentada ao TSE, estão as emissoras baianas: Rádio Clube FM, de Santo Antônio de Jesus; Extremo Sul FM, de Itamaraju; Rádio Povo FM, de Feira de Santana; Rádio Povo FM, de Poções; Rádio Viva Voz FM, de Várzea da Roça.

Segundo Farias, Bolsonaro teve 154 mil inserções a menos que o ex-presidente Lula (PT).

A gestão federal diz que, pelos cálculos, se somados todos os minutos que não foram veiculados, Bolsonaro teve 53 dias de campanha a menos. A descoberta, segundo o governo, foi feita após uma auditoria no plano de mídia da campanha.

As rádios acusadas reagiram as ofensivas por parte da equipe de Bolsonaro.

Segundo o BNews, o diretor da rádio Extremo Sul, de Itamaraju, Dalvadísio Lima, admitiu ao jornal O Globo que as inserções de Bolsonaro foram menos veiculadas, mas alegou que isso não ocorreu de forma intencional. “Os e-mails e as correspondências que nos foram enviadas foram cumpridas”, disse ele.

O programador da emissora, Jean Batatinha de Souza, por sua vez, relatou que o envio das peças por parte da campanha de Bolsonaro é irregular e apontou que veiculou todas as inserções que recebeu da equipe do candidato à reeleição.

“A campanha do Lula é a única que envia a programação para três dias. Por exemplo: nesta semana, mandou na segunda-feira. Hoje já vão mandar para fechar todos os dias. A do Bolsonaro às vezes mandava dia sim, dia não. E quando manda, manda a programação diária”, comentou.

Em nota ao BNews, outra rádio baiana, a Viva Voz, de Várzea da Roça, deu versão semelhante a Extremo Sul. A empresa afirmou que só recebeu as inserções de Bolsonaro no dia 10 de outubro, ao contrário das outras campanhas – incluindo as de governador -, que enviaram no dia 6, véspera do reinício da propaganda eleitoral no segundo turno.

“Recebemos material de campanha de todas as coligações no dia 06/10, com exceção da coligação do candidato Bolsonaro, que só recebemos no dia 10/10”, informa a nota. De acordo com a emissora, o fato pode ser verificado com registros dos e-mails recebidos.

Responsável por duas das rádios citadas na denúncia enviada ao TSE, o Sistema Pazzi de Comunicação, que gere as rádios Povo das cidades de Feira de Santana (centro-norte da Bahia) e de Poções (sudoeste) também se manifestou através de nota.

No documento, a empresa disse: “todo o material de campanha recebido das coligações que disputam o pleito, incluindo a do candidato Jair Bolsonaro, foram e são veiculados conforme as determinações do Tribunal Eleitoral, não havendo erros ou omissões nessas veiculações”.

Além dos documentos apresentados ao TSE em que acusam as oito rádios, a campanha de Bolsonaro produziu relatórios com o número de inserções de cada candidato em mais de mil rádios nas últimas semanas – nem todas, contudo, veicularam mais peças de Lula.

A campanha de Bolsonaro foi procurada para comentar a alegação das rádios, mas não respondeu. Reservadamente, membros da equipe do presidente alegaram que as rádios deveriam ter obtido as inserções em um site disponibilizado pelo Tribunal, que reúne todas as peças dos candidatos.

Em nota, a Corte Eleitoral afirma não ser sua função distribuir o material a ser veiculado no horário gratuito. São as emissoras de rádio e de televisão que devem se planejar para ter acesso às mídias e divulgá-las seguindo as regras estabelecidas em resolução.

Redação PNB, com informações BNews

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