Mesmo após mais de três anos, funcionários e ex-funcionários do Hospital Regional de Juazeiro, na região Norte da Bahia, relataram ao Portal Preto no Branco que ainda não receberam o pagamento da rescisão, direito trabalhista pendente do período correspondente a administração da antiga empresa gestora, a Associação de Proteção à Maternidade e Infância de Castro Alves.
A APMICA deixou a direção no dia 22 de novembro de 2020, após a unidade hospitalar ser alvo da Operação Metástase, da Polícia Federal, que desarticulou um esquema de fraude em licitações e desvio de recursos públicos destinados à gestão do HRJ.
“Nós funcionários, através do Sindicato, entramos com uma ação trabalhista e conseguimos que a justiça fizesse o bloqueio do valor das faturas que a APMICA tinha para receber do estado. Foram mais de 10 milhões de reais bloqueados”, contam os funcionários.
Ainda conforme os trabalhadores, apesar do bloqueio do recurso, até o momento os valores não foram repassados aos profissionais.
“Estado da Bahia depositou o valor em juízo, porém agora a Corregedoria de Justiça não está autorizando o pagamento dos trabalhadores do hospital de Juazeiro, alegando que precisa fazer um procedimento global. Mas se fizer, vai ter prejuízo para os trabalhadores de juazeiro, pois a APMICA tem passivo trabalhista de muitas ações antigas e novas. Se forem incluídos todos os credores da APMICA, não vai sobrar quase nada para os trabalhadores de Juazeiro”, explicaram.
Eles finalizaram cobrando a resolução do impasse e da regularização da dívida.
“O dinheiro bloqueado é da fatura do Hospital Regional de Juazeiro. Portanto, tem que pagar os trabalhadores de Juazeiro. É muito injusto o que está acontecendo. São cerca de 1.300 funcionários que aguardam ansiosos por seus direitos, e até agora, depois de três anos, ainda não foi resolvido”.
Redação PNB



