Mãe de uma menina de 4 anos diagnosticada com Síndrome de Down, Raiane Oliveira luta para que a filha tenha os direitos garantidos. Em contato com o Portal Preto no Branco nesta quinta-feira (07), ela contou que a filha iniciou os estudos este ano na rede municipal de Juazeiro, na região Norte da Bahia, porém, não está sendo assistida como deveria.
“Ela entrou na EMEI Dilma Calmon de Oliveira, que fica localizada no Bairro Quidé em Juazeiro, Bahia. Minha filha ainda não fala e tem laudo de Neuropediatra solicitando uma assistente de sala, que é um direito dela. Porém, dia 09 faz um mês que as aulas começaram, e nada da auxiliar para minha filha. Dentro da sala, são 25 alunos para 1 professora. Como é o primeiro ano da minha menina, ela fica no colo da professora, ou deitadinha no chão, ou andando para lá e para cá, raramente sentada com os outros alunos. Minha filha tem uma condição e precisa de uma assistente para lhe dar auxílio”
Raiane Oliveira conta ainda que já solicitou diversas vezes, através da gestão da EMEI, a contratação auxiliar de Atendimento Educacional Especializado. Ela acrescentou que também procurou a Secretaria de Educação e Juventude, mas não foi atendida.
“Falo com a gestão da creche quase todos os dias, e a resposta é sempre, estamos aguardando ou que já foram lá na Secretária e estão esperando contratação. A questão é que já devia ter assistente para ela no 1° dia de aula. Hoje eu fui à Secretaria da Educação, mas sem sucesso, pois não estavam atendendo o público por conta de um evento do Dia da Mulher. Eu também sou mulher, mãe e não tenho tempo para esperar até a semana que vem. Tenho que lutar por um direito por lei da minha filha. Esse mês de março é o mês Internacional da Síndrome de Down, e em pleno século XXI, no ano de 2024, com tantas tecnologias e avanços, ainda lutamos pela inclusão, e contra o preconceito, uma vergonha para a humanidade do mundo inteiro”, criticou.
Encaminhamos a reclamação a Secretaria de Educação e Juventude. Em resposta, a Seduc informou que “realizou a convocação de 20 auxiliares de Atendimento Educacional Especializado, dos quais, apenas quatro compareceram para ocupar o cargo. A Seduc informa ainda, que está tomando todas as medidas necessárias para que novos profissionais de AEE sejam convocados e reitera que segue todos os trâmites legais para a realização de novas convocações”.
Redação PNB
