Uma fonte do PNB, em contato com nossa redação, na última quinta-feira (14), apresentou um questionamento sobre o atendimento no Hospital Regional de Juazeiro.
Segundo ele, que preferiu não ser identificado, vários pacientes, em macas, ocupavam os corredores da unidade hospitalar na noite de ontem (13). Uma cena que já virou constante.
No entanto, para estranhamento do leitor, havia enfermaria climatizada com leitos desocupados.
Ele flagrou a situação e questionou: “Estou aqui acompanhando um familiar no Hospital Regional de Juazeiro e me deparei com uma situação estranha. Tem sala vazia, climatizada, com leitos desocupados e muitos os pacientes nos corredores, em macas, aguardando por um leito. Um calor infernal no corredor. Perguntei porque os pacientes estão nos corredores, sem climatização, enquanto existe sala vazia com leitos desocupados, sem nenhum paciente. Estão guardando vagas, enquanto outros pacientes, inclusive idosos, estão nos corredores?” questionou.
Encaminhamos o questionamento para o Hospital Regional de Juazeiro e para a Secretaria Municipal de Saúde.
O Hospital Regional de Juazeiro (HRJ) esclareceu “que os leitos citados pelo referido acompanhante são destinados exclusivamente ao serviço de Ortopedia. O HRJ não é porta aberta para tratamentos ortopédicos, no entanto, recebe pacientes, via regulação, de outras instituições de saúde de 53 municípios da região. Por ser um serviço de baixa complexidade e alta rotatividade, os procedimentos dos pacientes que ocupam o espaço são previamente articulados e agendados, o que garante mais celeridade na liberação dos leitos para a internação de novos pacientes que estão em tela de regulação.”
A Secretaria de Saúde de Juazeiro lamentou “a situação vivenciada pelos pacientes no Hospital Regional e reforçou, mais uma vez, que o município não tem gestão sobre os leitos e vagas em unidades hospitalares gerenciadas pelo estado.”
Superlotação
No último dia 26 de fevereiro, o PNB publicou reportagem sobre a superlotação no Hospital Regional de Juazeiro. Os pacientes aguardavam por leitos mal acomodados em macas e até em cadeiras que ficam nos corredores da unidade.
Uma familiar de um idoso de 78 anos protestou: “Além de não ter quarto disponível, também não está tendo macas disponíveis. Meu avô tem 78 anos e além de estar no corredor, ele também está em uma cadeira de rodas. Não tem condições dele ficar assim por muito tempo, pois ele é acamado. Além disso, já vi aqui também pacientes sendo medicados em pé. Também não há o mínimo de dignidade para as pessoas que estão aqui como acompanhantes, temos que ficar em pé. A situação aqui é de calamidade”, declarou.
Redação PNB
