Após resposta da Secretaria de Saúde de Juazeiro a um familiar de bebês gêmeos internados na Unidade de Urgência Pediátrica (UPED), em Juazeiro, sobre a falta de medicamentos na instituição e também do leite indicado para crianças com APLV- alergia alimentar a proteínas do leite de vaca, a denunciante voltou a entrar em contato com o PNB e refutou as informações da Sesau.
O familiar contou que o hospital não forneceu o leite indicado para os bebês, durante o internamento, e afirmou que na unidade também faltavam medicamentos básicos como o antibiótico Azitromicida e o analgésico Paracetamol, prescritos no prontuário das crianças.
Procurada pelo PNB, a Sesau disse que “as medicações informadas não estavam no contexto do tratamento e que a informação dada à mãe foi equivocada.”
No entanto, a família nos enviou o prontuário médico indicando os dois medicamentos.

“Um absurdo! Então, o prontuário está errado? Porque constam lá as duas medicações. Eu comprei a medicação e eles deram a criança e agora dizem que não estava no contexto? Está tudo lá no quarto, os medicamentos e o leite que compramos. Sendo que alimentação do paciente seria de obrigação do hospital. Se tivesse ou não no fornecedor, eles deveriam se virar para comprar. Estou indignada com esta resposta,” refutou o familiar.
Procuramos, novamente, a Secretaria de Saúde e o órgão informou “que estava buscando na rede os medicamentos prescritos e que, inclusive, estão em falta no distribuidor. Após constatar a situação, a medicação será substituída por outra com a mesma eficácia a tempo da próxima dosagem.”
Entenda o caso
Um familiar de bebês gêmeos internados na Unidade de Urgência Pediátrica (UPED), Hospital da Criança, em Juazeiro, em contato com o PNB, nesta segunda-feira (18), denunciou a falta de medicamentos na instituição e também do leite indicado para crianças com APLV- alergia alimentar causada pelo sistema imunológico de um bebê que reage a proteínas do leite de vaca.
“O hospital não fornece o leite indicado para os pacientes com APLV, o que seria uma obrigação já que o pacientes estão internados lá e eles deveriam fornecer a alimentação adequada. Eles já tiveram internados no Dom Malan e lá forneceram o leite adequado,” informou a familiar.
Ainda de acordo com ela, no hospital também faltam medicamentos básicos como antibiótico e analgésico.
“As crianças deveriam ter iniciado o antibiótico, via oral, na sexta-feira (15), como prescreveu o médico. Não disseram nada. Somente quando o estagiário chegou e perguntou porque não havia ainda iniciado a medicação Azitromicina e olhou no prontuário, foi que viu que não tinha este antibiótico no hospital. Eu tive que sair para comprar no domingo. Ontem a noite também não tinha paracetamol. Ali não parece um hospital, mas uma galeria de crianças, sem estrutura nenhuma,” criticou.
Nós encaminhamos a reclamação para a Secretaria de Saúde.
O órgão “lamentou o transtorno da mãe, com os dois filhos necessitando de atendimento médico e ressalta que um dos pacientes já teve alta médica e que as medicações informadas não estavam no contexto do tratamento.”
A Secretaria enfatizou ainda “que a informação dada à mãe foi equivocada. Sobre o leite, a Sesau esclarece que a unidade pediátrica dispõe de alimentação adequada e indicada para cada paciente, porém a Secretaria aguarda a entrega do leite específico indicado para a alimentação das duas crianças, por parte do fornecedor.”
Redação PNB



