De acordo com portaria publicada no Diário Oficial do Estado da Bahia, desta terça-feira (13), a Polícia Civil instaurou uma Sindicância para “apurar e identificar suposta irregularidade funcional imputada a servidor (a) lotado (a) na DEAM de Juazeiro que estaria fazendo uso indevido da viatura despadronizada que serve à unidade policial ao utilizar o veículo com destinação privada, diversa daquela de natureza pública.”
A denuncia foi feita há quase um ano, no dia 29 de agosto, por servidores da PC, que procuraram o Portal Preto No Branco acusando a chefe de investigação Thais Benevides de suposto uso de um bem público da delegacia para fins pessoais.
A portaria estabelece um prazo de 30 dias, “admitida uma prorrogação deste prazo em face de circunstâncias excepcionais.”
Denúncia
“A investigadora Thaís, contando com a autorização e omissão da delegada titular, tem reiteradamente por 15 dias consecutivos, feito uso da viatura despadronizada do Estado para pegar sua filha na escola e ir pra casa só voltando no outro dia. Portanto, o uso de bem público para satisfação de necessidade própria particular caracterizando improbidade administrativa”, disse o denunciante.
À época, o PNB recebeu a denúncia de algumas pessoas que atuam no serviço público e pediram anonimato. Eles também reclamaram do clima no ambiente de trabalho e relatam um suposto caso de Assédio Moral que estaria acontecendo na Delegacia da Mulher de Juazeiro.
“Não há mais harmonia no ambiente de trabalho, como nos tempos de outrora na sede da DEAM-Juazeiro. O local antes reservado à garantia e proteção de mulheres vítimas de violência, tem sido um ambiente usado para a prática de humilhações e constrangimentos perpetrados pela chefe de investigação, com aval, aprovação e sob o olhar condescendente da Delegada Licelma, contra a maioria das mulheres e homens em seu ambiente de trabalho. Tal conduta repetitiva e insistente, tem trazido danos à dignidade e à integridade dos funcionários públicos ali lotados, colocando a saúde mental em risco e prejudicando o ambiente de trabalho. São cobranças infundadas, excesso de trabalho porque a investigadora e a delegada repassam tarefas que são suas, afim de que lhes sobrem tempo para fazerem propaganda na imprensa, palestras de que estão em defesa das mulheres. Delegada que só delega, investigadora que não se debruça na solução de nenhum crime,” criticaram. Basta! alguma coisa precisa ser feita! Os policiais clamam, a sociedade exige e a Polícia Civil da Bahia precisa se posicionar,” concluíram.
Nós procuramos a Coordenadora da Polícia Civil, em Juazeiro, Delegada Lígia Nunes e repassamos a denúncia. Em resposta, ela disse que iria “verificar as situações apontadas”.
Encaminhamos também para a Assessoria da Secretaria de Segurança Pública da Bahia.
Redação PNB