“Nada é tão admirável em política quanto uma memória curta”, apenas uma reflexão sobre o líder Joseph Bandeira, por Sibelle Fonseca

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Há menos de 2 meses das eleições municipais, o cenário político em Juazeiro, Norte da Bahia, ainda não está delineado. Há 2 dias do prazo para registro de candidaturas, de certo mesmo, só está posto o nome de Suzana Ramos para a reeleição, com apoios definidos.

Um deles, o do ex-prefeito Joseph Bandeira, que tinha se afastado do governo, ao qual ajudou a eleger, embora deixasse lá o filho, vice-prefeito, e a mulher, assessora especial da prefeita. Como se trata dos seus maiores afetos, filho e mulher, presume-se que Bandeira manteve seu coração no governo Suzana Ramos, ainda que tenha se aventurado na oposição.

O mais impressionante é que o Governador Jerônimo acreditou o tempo inteiro que Joseph, um bom filho do PT, tinha retornado à casa. Seu filho foi Secretário do Governo Rui Costa, ele próprio deu inúmeras declarações elogiosas e de fidelidade aos líderes petistas, mas, ao que parece, o inteligente e astuto Joseph Bandeira deu mesmo foi um drible na cúpula do partido de Lula.

Ao apagar das luzes, o ex-prefeito que chegou a anunciar ser candidato em 2024, desgarrou-se do seu partido, o PSB, e voltou para onde nunca tinha saído. Bem ao estilo, a volta dos que não foram. Voltou, voltando e trazendo mais uma da sua família para tentar conquistar o poder novamente.

O governo petista e a oposição de Juazeiro levaram um “canto de carroceria” de Bandeira, um mestre na política do jeito que ela é. Famoso por mexer com as emoções do povo, Joseph Bandeira, que ganhou a alcunha de “detentor de votos”, faz jus a frase do escritor e romancista francês, Henry de Montherlant: “A política é a arte de captar em proveito próprio a paixão dos outros.”

E como disse o jornalista e dramaturgo brasileiro, Nelson Rodrigues: “Muitas vezes é a falta de caráter que decide uma partida. Não se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos”.

Em uma recente entrevista a radialista Sibelle Fonseca, no Programa Preto No Branco, na Transrio FM, Joseph Bandeira fez declarações aparentemente verdadeiras, mas que, diante da sua decisão de emprestar novamente a cara como rosto de campanha de Suzana Ramos e Vitória, sua filha, leva a uma contradição lógica ou que contradiz a intuição comum.

“Logo depois que ganhamos, alguma coisa aconteceu, não sei o que foi. Eu fui tratado como se não tivesse sido aquele cara com o rosto na foto do banner de campanha”, disse JB em um trecho da entrevista referindo-se ao seu “afastamento” da atual gestão.

Pois é, “Nada é tão admirável em política quanto uma memória curta”, citação do cientista político norte-americano, John Galbraith.

Confira trechos da entrevista:

https://www.instagram.com/reel/C-p5JfbpI8z/?igsh=cDcxdGI0bmN5MXdu

Por Sibelle Fonseca

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