O painel “A imprensa e o jornalismo a serviço do desenvolvimento da Bahia” foi tema central do 1º Encontro Baiano de Comunicadores, que ocorreu na noite desta terça-feira (10), no auditório do Sebrae, no Costa Azul, em Salvador. Mais de 150 profissionais da comunicação se reuniram em um momento inédito marcado pelo debate da pauta e pela celebração do encontro exclusivo para comunicadores. A iniciativa do Sebrae Bahia ocorreu em parceria com a Associação Bahiana de Imprensa (ABI).
O presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae Bahia, Humberto Miranda, apontou que essa aproximação com a imprensa é fundamental. “Nós precisamos fazer essa comunicação de uma forma mais rápida, eficiente e efetiva para que a população entenda o nosso papel na sociedade”, completou. Como anfitrião do evento, o superintendente do Sebrae Bahia, Jorge Khoury, frisou que “tudo o que o Sebrae busca realizar com seu empenho de fazer chegar a todos é importante. Mas é difícil chegar a todos os rincões do país, se não contarmos com os veículos de comunicação”.
Mediador da mesa de discussão, o presidente da ABI, Ernesto Marques, falou da alegria de ter o Sebrae por perto. “Nós a partir de agora somos cada vez mais empreendedores. Precisamos ser muito capazes e compreendermos bem os nossos negócios e onde eles se inserem na economia e como colaboramos para que ela prospere”, comentou.
Em sua fala, a diretora de Jornalismo da Rede Bahia, Ana Raquel Copetti, salientou que juntamente com sua equipe tem se empenhado em se dedicar a pautas relevantes e que precisam ser debatidas com profundidade. “Como exemplo, temos o programa ‘Onde tem Bahia’, que conta onde vai parar a força produtiva da Bahia pelo mundo. Em um ano fizemos sete países e estamos na segunda temporada”, comemorou.
Para o jornalista fundador do Bahia Econômica Armando Avena, a economia baiana apresenta aspectos que devem ser melhorados, mas ressaltou os quesitos de destaque. “A Bahia é a maior economia do Norte e Nordeste, que gera 30% do PIB do Nordeste. Só Porto Seguro é a quinta maior cidade do Nordeste em turismo, mas precisamos investir em infraestrutura e educação”, salientou.
De acordo com o diretor-presidente da Tribuna da Bahia, Walter Pinheiro, o empreendedorismo exige uma nova postura e forma de pensar e o futuro está nisso. Para ele, a comunicação, de maneira geral, deu um grande impulso no empreendedorismo. “Um encontro como esse, que fortalece essa mudança de mentalidade para que seja forte e se renove, é um motivo de alegria”.
O head de conteúdo digital do grupo A Tarde, Rafael Sena, afirmou que é preciso compreender a interface que dialoga com o leitor. “Nós trabalhamos com variados segmentos, ressaltando a importância do agro, da indústria, dentre outros. O nosso desafio é saber como esses assuntos ganham ressonância e visibilidade, como a gente traduz para o popular temas complexos. E o jornalista além de produtor de conteúdo precisa saber empreender e contar histórias”, diz.
O encontro teve como objetivo promover a integração e o debate entre os comunicadores sobre grandes temas da Comunicação, do Empreendedorismo e do Desenvolvimento Econômico e Social da Bahia.
Destaque Educação Empreendedora
Antes do painel, o Sebrae, por meio da Unidade de Ambiente de Negócios, apresentou um case de sucesso do programa de Educação Empreendedora. A gerente da unidade, Janaína Neves, conduziu a apresentação ao lado da professora Bianca Barreto, do projeto Afrobeto. “O Sebrae apoia a educação e apoia o educador transformador”, afirmou a gestora ao se referir à professora Bianca Barreto, uma das vencedoras do Prêmio Educador Transformador, na Bahia.
“O Afrobeto alfabetiza a partir da África. Na prática, os educadores já fazem isso, mas eu trago a vocês uma reflexão. Se isso acontece em sala de aula, porque não chega ao mundo? O que estamos fazendo com essa pauta?”, provocou os jornalistas. “Quando o Sebrae cria o Prêmio Educador Transformador, coloca em pauta a Educação Empreendedora e potencializa o Afrobeto, que começa a ganhar visibilidade. As mudanças estão mais próximas não porque estão mais fáceis, mas porque começamos a falar sobre tudo isso”, avaliou.
Ascom