Quem passou pela Praça Américo Tanuri, na entrada do bairro Centenário, em Juazeiro, na noite desta terça-feira (17), se deparou com uma cena inusitada: uma nova escultura do artista Ledo Ivo foi exposta no equipamento público. Entre tantas outras peças que o escultor tem espalhado pela praça, esta chama atenção de “tão assustadora que é”, como definiu uma moradora antiga do bairro.
“Tomei um susto quando sai na porta e vi esta figura, de tão assustadora que é. Só faltava essa ou será que vem mais? Juazeiro, realmente, não deve ser levada à sério. É uma piada pronta!”, comentou.
“A mais nova peça e ainda por cima enrolada em um pano branco, parecendo um fantasma. Será uma homenagem? A quem ou a o que? Fiquei intrigado!”, observou um morador.
O PNB já recebeu várias reclamações de moradores do bairro Centenário referentes ao uso do equipamento público como espaço para depósito das obras do artista, que também é morador do bairro. São peças aleatórias, inacabadas e algumas estruturas enferrujadas.
“Além de faltarem os serviços de manutenção da praça, o espaço vem sendo tomado por peças inacabadas de um artista que mora próximo à praça, e de forma totalmente desorganizada e feia”, reclamou uma moradora.
“É revoltante como tudo pode em Juazeiro. A cidade mudou, mas pra pior. A praça pública Américo Tanuri, no bairro Centenário, virou um depósito particular de obras de um artista. Mesmo com denúncias, abaixo assinado enviado aos órgãos competentes nada acontece. Só aumenta o descarrego por parte do artista que se acha dono do espaço. Nós, moradores, não temos direitos a nada, só aguentar o descaso da falta de ação da prefeitura. É revoltante! A requalificação da praça que é bom não acontece. Estou revoltadíssima, porque sou moradora daqui desde quando o bairro foi entregue e a gente tá num abandono total”, relatou.
“Venho fazer uma denuncia sobre o descaso e abandono em que se encontra a Praça Américo Tanuri, conhecida como Praça do Centenário. Desde o ano passado, um artista da cidade está colocando suas artes espalhadas por esta praça, são 16 no total. Até aí, se fosse de forma organizada e não aleatória, seria até interessante, mas, o mesmo constrói suas artes na praça, espalha elas por todo o espaço e, como se não bastasse, ainda deixa algumas obras inacabadas. Existem uma de flores que virou um depósito de água parada, quando chove os moradores estão tirando a água para que não vire também caso de saúde pública, como um lugar de foco do mosquito da dengue”, relatou outro.
Redação PNB