Em contato com o Portal Preto no Branco, uma mãe atípica relatou a dificuldade em matricular seu filho com Transtorno do Espectro Autista no EMEI Profª Heloísa Helena B. Farias, no bairro Palmares II, em Juazeiro, no Norte da Bahia. Segundo ela, há três anos tenta iniciar a rotina escolar da criança, mas enfrenta discriminação por parte da instituição.
“Tem três anos que eu tento colocá-lo nessa escola e nunca consigo. Desde 2021, tentei matriculá-lo, coloquei o nome na fila de espera, mas não chamaram. Em 2022, tentei novamente e nada. Quando foi em 2023, voltei à escola e uma professora me disse que ele ocuparia a vaga de três crianças na sala de aula. Mas é um direito dele estudar! Ele está há três anos em casa sem estudar. Fui à escola novamente, e a diretora disse que não poderia fazer nada porque não havia vaga para ele. Ela afirmou que eu deveria ter feito a matrícula pelo link, mas eu não consegui. Ontem, retornei à escola e o funcionário da secretaria me disse que nem precisava acessar o link, pois não havia uma vaga disponível para ele. Então por que não me explicaram isso antes? A diretora afirmou que colocaria ele na lista de espera, mas, quando retornei, vi que ela não tinha feito isso. Só adicionou o nome dele porque fui pessoalmente cobrar. Estão tirando o direito do meu filho de estudar! Ele tem apenas três anos, tem o laudo, tem tudo o que precisa. Ele só precisa interagir, estudar para se desenvolver, mas não querem aceitá-lo. Estou tentando matriculá-lo há três anos e não consigo. Vou buscar os direitos dele. Irei na Seduc!”
Encaminhamos a reclamação para a Secretaria de Educação de Juazeiro e aguardamos uma resposta.
Redação PNB