A Prefeitura de Juazeiro realizou uma força-tarefa, através da Secretaria de Saúde em parceria com a Secretaria de Educação, Nasf e Necom em combate a criadouros do mosquito transmissor da dengue na manhã desta sexta-feira (25), a ação contou com visita a residências da cidade para identificar possíveis focos de larvas do mosquito Aedes aegypti.
Durante a ação, os agentes de endemias foram em casa em casa orientando à população para que recolham todo tipo de lixo com potencial de criadouro de Aedes aegypti, além daquele tipo utensílios de grande porte que estejam jogados no quintal que não sirvam para ser reaproveitados e que possam se transformar em criadouro do mosquito.
Segundo o Ministério da Saúde, 96% dos focos do mosquito estão nas residências. De acordo com a agente de Endemias, Katiane Santos do bairro Itaberaba, essa força tarefa intensificar o trabalho de orientação para que as pessoas ajudem os agentes nessa luta. “Em muitos dos lugares que entramos foram encontradas larvas, sinal de que os moradores precisam redobrar a atenção. Locais em que menos se espera é possível encontrar foco, por isso, cada morador deve limpar com frequência o seu imóvel. Estamos nos esforçando para eliminar de vez esse mosquito em Juazeiro”, disse.
Para o diretor de Vigilância Epidemiológica, Klynger Farias, a ação é muito importante para que em Juazeiro não retorne uma epidemia da doença como a que aconteceu no ano de 2008. “Não estamos medindo esforços para eliminar os criadouros do mosquito e a população precisa ser nossa grande parceira, acabando com os focos de dentro de casa. Não podemos permitir que Juazeiro volte a ter uma epidemia de dengue, como em 2008”, frisou Farias.
Em Juazeiro, o Programa de Controle de Muriçoca e combate a dengue (Aedes Aegypti), tem sido realizado pela Secretaria de Saúde semanalmente nos bairros e nos canais que cortam a cidade. A ação, que vai desde a aplicação do larvicida, inseticidas até a passagem do carro fumacê em todo o município, atinge canais, vegetação, fossas, dentre outros ambientes onde existem focos de larvas e da muriçoca.
As equipes técnicas trabalham com o fumacê das 18h às 20h30 em 54 áreas divididas no município, onde atuam na eliminação dos focos, bem como o controle e o trabalho de orientação junto à comunidade. A ação é realizada em vistorias diárias, casa a casa, na zona rural e urbana.
Outra medida da secretaria foi à criação do “Denguezapp”, no número (74) 9 9198-3057 para que a população envie fotos e vídeos de locais possíveis focos do mosquito transmissor da Dengue. As denúncias são repassadas para as equipes de combate às endemias, que fazem a vistoria nos locais indicados pelos contatos via What’s App.
O diretor explica ainda que qualquer recipiente que possa acolher água tem a capacidade de proliferar o mosquito. “Até uma tampinha de refrigerante”, diz. O ovo do mosquito tem uma resistência de até 500 dias. O primeiro contato com uma água mais quente é capaz de produzir o mosquito em dez dias. “Para evitarmos o aparecimento do mosquito, é importante que a população auxilie, não deixando acumular água, além de denunciar locais com existência de água limpa parada”, finalizou Klynger.
CASOS EM JUAZEIRO
Em 2015 foram confirmados 443 casos de dengue e este ano, até o mês de outubro 256 casos foram registrados. Da Chikungunya em 2014 foram 8 casos confirmados e em 2015 foram 17 (11 descartados e 6 em investigação), da Zika 06 casos suspeitos em 2015, mas todos foram descartados e 01 caso em 2016.
Os dados atuais são diferentes do ano de 2008, quando Juazeiro teve uma epidemia e foram notificados 4476 casos de dengue e 2967 confirmados.