Tiano participa de Seminário com movimentos e organizações em defesa de um projeto socialista

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Ao lado de referências políticas, como o deputado federal Valmir Assunção (PT) e o dirigente nacional do MST, Evanildo Costa, o vereador Tiano Felix (PT) participou na manhã deste último sábado (17), do Seminário Estadual da Esquerda Popular Socialista (EPS), no PAF III – Campus Ondina, da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
O seminário realizou um balanço e apresentou perspectivas da luta política da esquerda na Bahia e no Brasil, com as contribuições “valorosas” do sociólogo Emir Sader e do ex-governador Jaques Wagner. Ambos avaliaram os passos dados pelo Partido dos Trabalhadores (PT) para o processo de “acumulo de forças” em torno das diversas políticas públicas, que “garantiram a melhoria de vida” aos brasileiros e brasileiras.
Além disso, apontaram caminhos a serem trilhados pelas bases e instâncias do partido, na garantia de um levante popular em torno de um projeto político, que tenha um recorte de classe claro e seja revolucionário.
Foi pensando nisto, que Valmir Assunção afirmou que estamos vivendo um momento importante e que precisamos lutar para tirar o estigma da corrupção e da quebra do país no partido. “Pelo contrário! Equilibramos a economia e demos poder de compra para o pobre. Isso mudou o país. E muitas informações não são passadas para a população.Tem até beneficiários de programas sociais que votaram na direita, sem saber que a direita desse país vai acabar com tudo que beneficia o pobre”, explicou.
“Tem um grupo de golpistas que foram derrotados nas urnas e agora querem implantar essa política econômica neoliberal derrotada”, frisa Valmir.
 
Uma luta estrutural
A base estrutural da sociedade e seus mecanismos de dominação e exploração foram um dos instrumentos de diálogo destacados na fala de Emir Sader. “O país que a gente quer tem a cara do nosso povo,- dos trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade-, e será construído pelos mesmos, realizando uma reforma no estado brasileiro, começando pelo parlamento e combatendo toda forma de violência e opressão”.
“Para isso, precisamos olhar os desafios que foram colocados no campo estrutural, que não conseguimos superar. O primeiro deles é a hegemonia do capital na economia brasileira e o segundo, a monopolização da comunicação”.
Para Sader estes dois aspectos estão relacionados diretamente ao golpe político sofrido no Brasil com o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). “Construir um projeto popular para nosso país precisa ser central, para que dialeticamente possamos acumular e fortalecer nossas bases em torno de bandeiras populares de luta”.
“Como não conseguimos, durante o governo de Lula e Dilma, realizar reformas profundas a luta no campo das ideias é uma centralidade e isso só faremos com a massa na rua”, afirmou.
Nesse sentido, Evanildo Costa, da direção nacional do MST, disse que é necessário reescrever a carta do povo brasileiro e avançar no processo de construção das lutas ao lado dos movimentos e organizações populares, que sempre colocaram na centralidade de suas discussões a construção de um projeto de sociedade diferente.
“Os movimentos são ‘energias’ inesgotáveis”
Em defesa dos movimentos que estão realizando lutas massivas contra as investidas anticonstitucionais do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB), Jaques Wagner destacou a necessidade de fortalecer a disputa parlamentar. “Ocupar os espaços da política é extremamente importante, só agora, com tantos retrocessos nos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, estamos sentindo isso diretamente”, avaliou.
“O partido que quer merecer este nome [de trabalhadores] tem que estar, evidentemente, debatendo internamente as suas teorias, seus caminhos, projeto político e de futuro”, e completou, “precisamos saber o caminho que trilhamos em defesa do projeto construído pelas mãos e vozes da classe trabalhadora, pois são nos movimentos organizados que nasce a ‘energia’ inesgotável da luta política”.
 
Próximos passos
O Seminário foi o primeiro passo no processo de análise e reflexão coletiva sobre o atual cenário político, que se desdobra ainda no Encontro Estadual do PT e no Encontro Nacional, que contará com a participação de 310 delegados de toda Bahia, em 2017.
Ascom

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