Dia do Aposentado: reflexão, luta e mobilização

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A população brasileira está envelhecendo. A previsão é de que até 2025, o país terá a sexta população idosa do mundo. Serão cerca de 31,8 milhões de pessoas com mais de 60 anos no país, segundo cálculos dos especialistas. Para fazer uma reflexão sobre o Dia do Aposentado, comemorado neste 24 de janeiro, compareceram ao Programa Palavra de Mulher, Rádio Cidade AM 870, o Presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Juazeiro, Manuel Pereira; Benedito Lima, membro da associação; Bertulino Alves, Presidente do Conselho Municipal do Idoso e Jomar Benvindo, assessor do Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas. Eles falaram das dificuldades por que passam os aposentados no Brasil e também da reforma da previdência, que poderá trazer consequências e impactos para os aposentados, que já vivem com tantas limitações. Uma das preocupações é em relação ao fim da aposentadoria integral. Pela nova regra, ainda não aprovada, o trabalhador deve contribuir por 49 anos para acessar ao benefício integral, além de ter no mínimo 65 anos de idade. Para aposentar-se aos 65 anos com o benefício integral o contribuinte teria que ter começado a contribuir aos 16 anos e nunca perder o status de contribuinte durante todos os 49 anos seguintes.

O aposentado Benedito Lima afirmou que muitos aposentados continuam trabalhando para complementar a renda. “Se ele ganhasse bem, não precisava continuar ou mesmo voltar ao mercado de trabalho, só que o fato é que muitos aposentados são arrimo de família. Muitas famílias sobrevivem da aposentadoria do seu idoso, que quando não é a única renda da casa, complementa o salário mínimo”.

Jomar Benvindo ressaltou que no Dia do Aposentado, não há muito o que comemorar, em razão dos baixos rendimentos, além da possibilidade de mudanças para os futuros aposentados. “Não há rombo na Previdência como o atual governo tenta convencer através da grande mídia. O que existe é um superavit. Quando pegamos o total das receitas e deduzimos as despesas com saúde, previdência social e assistência social, o que existe é um superavit crescente, que atingiu um ponto máximo em 2012, quando tivemos 78 bilhões de reais de superavit previdenciário, concluiu Jomar.

Os entrevistados também falaram da necessidade de organização e mobilização da categoria para o enfrentamento das lutas em comum, principalmente agora, com a ameaça de retrocessos.

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