Denúncia: Passageira alega que motoristas se recusam a deixá-la em ponto final na Adolfo Viana, Juazeiro

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(foto: Preto no Branco)

Depender do transporte público coletivo, às vezes, não é uma tarefa muito fácil para os usuários e usuárias. Pontos de ônibus desestruturados, transtornos com os horários, tarifas com preços altos e frota sucateada são alguns exemplos claros dos problemas enfrentados por quem utiliza o serviço cotidianamente. Em Juazeiro a situação não é diferente. O Preto no Branco recebeu, mais uma vez, uma denúncia envolvendo a má prestação do transporte coletivo na cidade.

Um mulher, que preferiu não ser identificada, entrou em contato com a nossa redação para denunciar o constrangimento que vem passando diante do comportamento de alguns motoristas da empresa Joafra, responsável pela rota interestadual Juazeiro/Petrolina, que se recusam a deixa-lá no ponto mais próximo de sua residência.

A atendente mora em Juazeiro, mas trabalha na cidade de Petrolina entre 14h e 22h, em dias estabelecidos pela escala de sua empresa. Ela pega o ônibus que passa por volta das 22h50 em frente ao Banco Itaú, na Avenida Guararapes, centro de Petrolina, e seu destino final é um ponto localizado em frente a uma lanchonete na Avenida Adolvo Viana, em Juazeiro, onde chega por volta das 23h30.

Todavia, segundo a atendente, alguns motoristas da empresa estão se recusando a deixa-lá no seu destino final. “Eles ficam reclamando e não querem que eu pare na Adolfo Viana. Querem que eu desça na Lagoa do Calu e venha andando até a Adolfo Viana, porque querem cortar a rota para guardar o ônibus na garagem. Isso é um absurdo”, reclamou.

A passageira contou ainda que alguns até inventam situações para evitar seguir a rota pela avenida. “Teve um motorista que inventou que tinha estourado um cano na Adolfo Viana e que portanto não estava passando veículo nenhum. Uma passageira contestou e eu também. Percebemos que não havia nenhum serviço no local”, revelou a atendente.

Ela esclareceu que não são todos os motoristas que adotam esse comportamento e reivindicou o direito de parar no ponto que faz parte da rota.

“É inviável descer no Calu, porque fica muito distante da minha casa. Além disso, é muito tarde, quase meia-noite. A rua está um deserto. A partir do momento que eu pago a passagem, tenho direito de descer no ponto certo. Se é ponto, tem que me deixar lá”, afirmou.

Ela ainda reforçou uma reclamação comum entre os usuários, que é o que chamou de “mau humor de alguns motoristas que destratam os usuários”.

“Não sou ‘obrigada’ a lidar com o mau humor dos profissionais. Do mesmo jeito que eles estão cansados, eu também estou. Todos querem chegar em casa. Os usuários querem e precisam ser bem atendidos”.

A má prestação do serviço de transporte coletivo em Juazeiro é uma polêmica antiga, e já rendeu várias matérias aqui no PNB. Mesmo diante da cobrança da imprensa e da insatisfação da população, o atendimento aos consumidores, no que tange a qualidade do serviço, não evolui.

E quem fiscaliza? Bem, deveria ser a CSTT, órgão municipal que decide sobre o trânsito e o transporte.

Encaminhamos a reclamação da leitora para o órgão.

Da Redação por Thiago Santos

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