Preto no Branco

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Cartório de Registro Civil, em Juazeiro, realiza a campanha “Registre-se” até a próxima sexta-feira (17)

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Começa nesta segunda-feira (13) e segue até a próxima sexta-feira (17), a 2ª Semana Nacional do Registro Civil em todo o Brasil. A iniciativa é coordenada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Em Juazeiro, a ação denominada “Registre-se”, será promovida pelo Cartório de Registro Civil.

Durante a ação, serão emitidas de forma gratuita e ilimitada, as segundas vias das certidões de nascimento e casamento de todos os estados e Distrito Federal. O objetivo é ampliar o acesso à documentação civil básica para todos os brasileiros, principalmente para pessoas em situação de vulnerabilidade e invisibilidade social.

Os interessados devem comparecer até o Cartório de Registro Civil de Juazeiro 1° Ofício, que fica localizado na Avenida Adolfo Viana, n° 709, Coreia , de 13 a 17 de maio, das 8h às 17h, com CPF e cópia ou original do RG e da respectiva certidão. Não é necessário agendamento.

A documentação civil é a porta de acesso à cidadania.

Informações: 74 9 8102-0053

Redação PNB

Descubra quando aposentado ou pensionista é isento de declarar Imposto de Renda

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Desde o dia 15 de março de 2024, todos os contribuintes que receberam, em 2023, a partir de R$ 30.639,90 em rendimentos tributáveis são obrigados a entregar a declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física neste ano. E isso não vale apenas para os salários de quem está no mercado de trabalho, como para os vencimentos recebidos por aposentados e pensionistas.

É o que explica Isabela Brisola, advogada fundadora do Brisola Advocacia. “Aqueles que têm obrigação de preencher e enviar o documento precisam mencionar os valores na ficha de ‘Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica’. No caso do aposentado ou pensionista, se o único rendimento foi o auxílio e este valor ficou abaixo.

Agora, se recebeu somente o auxílio e um valor de mais de R$ 200 mil, precisa declarar. A quantia excedente, então, entra na conta do imposto.

Segundo e empreendedora, que é especialista em Direito Previdenciário, todas as informações para o preenchimento da declaração dos aposentados e pensionistas podem ser conferidas no informe de rendimento disponibilizado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

“Se você é um aposentado (a) ou pensionista com mais de 65 anos de idade, então tem direito a uma isenção parcial sobre os valores recebidos. A dedução mensal é limitada em até R$ 1.903,98, a partir do mês em que completa a idade estabelecida pela Receita Federal”, esclarece.

A advogada também ressalta que esses valores precisam ser informados no campo “Rendimento Isento e Não Tributável” com o código “10 — Parcela isenta de proventos de aposentadoria, reserva remunerada, reforma e pensão de declarante com 65 anos ou mais”

“Caso o valor de proventos de aposentadoria ou pensão supere o limite mensal de R$ 1.903,98, o equivalente a R$ 24.751.74 por ano (incluindo o 13º salário), a parcela que ultrapassar o valor deve aparecer no campo de ‘Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica’ “, salienta.

De acordo com a especialista, uma dúvida que pode surgir é se existe a possibilidade de compensar as parcelas dos meses que superam o valor limite com as de outros meses, que tiveram um rendimento inferior?

“A resposta é: Não, isso não é possível. Há, ainda, os casos de aposentados e pensionistas que apresentam doenças graves. Para ter direito à isenção, a Receita Federal exige a apresentação de um laudo pericial, que é emitido por serviço médico oficial da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, para comprovação”, pontua.

De acordo com Isabela, entre as doenças graves listadas estão alienação mental, cardiopatia grave, cegueira (inclusive monocular), contaminação por radiação, doença de Parkinson, esclerose múltipla, espondiloartrose anquilosante, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), fibrose cística (mucoviscidose), hanseníase, hepatopatia grave, nefropatia grave, neoplasia maligna, paralisia irreversível e incapacitante, síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) e tuberculose ativa.

“É preciso ter atenção ao prazo. A entrega da declaração de IRPF termina às 23h59 do dia 31 de maio de 2024. Para conferir os dados precisos, basta acessar o informe de rendimentos no Portal Meu INSS e ter cautela durante o preenchimento. A eventual omissão de uma fonte pagadora abre caminho para a declaração cair na malha fina e não é indicado. Na dúvida, procure por um especialista previdenciário de confiança”, conclui.

Barragens ampliam risco de chance de ruptura por chuvas no Rio Grande do Sul

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O Rio Grande do Sul continua na batalha diária para combater as consequências das enchentes nas cidades. Mas, para além disso, o alerta com duas barragens chamou a atenção. Isso porque a Saturnino de Brito, no município de São Martinho da Serra, e a PCH Salto Forqueta, entre as cidades de São José do Herval e de Putinga, permanecem em emergência. As informações foram divulgadas pelo governo gaúcho neste domingo (12).

Realizado pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o monitoramento compreende como nível de emergência a existência de risco de ruptura iminente.

Ainda conforme o governo do RS, as intervenções recomendadas aos responsáveis pela barragem estão se prolongando. Junto a essas, estão em nível de alerta outras cinco barragens: UHE 14 de Julho, em Cotiporã e Bento Gonçalves; UHE Dona Francisca, em Nova Palma; Capané, em Cachoeira do Sul; e São Miguel, em Bento Gonçalves.

Um detalhe é que, a Barragem Santa Lúcia, em Putinga, saiu do estado emergencial, visto que manteve o nível de água baixo durante as últimas chuvas. No mais, outras nove barragens seguem monitoradas e estão em nível de atenção, segundo a Aneel e a Sema.

BNews

Governo do estado disponibiliza lista de professores beneficiados pelos precatórios

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Já está disponível a lista dos profissionais do Magistério da Educação Básica da Bahia que serão beneficiados com o pagamento da terceira parcela dos precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).

A consulta pode ser feita no Portal da Educação, através do link https://institucional.educacao.ba.gov.br/precatorio, conforme Portaria Conjunta nº 18, das secretarias estaduais da Educação (SEC) e da Administração (Saeb) nº 18, publicada no Diário Oficial, sábado (11).

Os precatórios estão sendo pagos ao Estado da Bahia pela União, como forma de complemento às verbas do Fundef não repassadas entre 1998 e 2006.

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de autoria do Governo do Estado, que versa sobre o pagamento da terceira parcela dos precatórios para os professores, encaminhada pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa do Estado da Bahia no último dia 2 de maio, foi aprovada no dia 7 deste mês, por unanimidade. O projeto de lei propunha disciplinar a distribuição da terceira parcela dos precatórios judiciais.

O projeto de lei aprovado garantiu o destino de mais de R$ 900 milhões, o que representa 60% do montante ressarcido ao Estado este ano, para pagamento de todos os professores e coordenadores pedagógicos que atuaram na Educação Básica de janeiro de 1998 a dezembro de 2006. A previsão é beneficiar 87.289 pessoas, incluindo profissionais que já se desligaram do Estado e também herdeiros de servidores falecidos.

 

Secom

Começam na segunda (13) inscrições para escolas estaduais apresentarem projetos no Encontro Estudantil 2024

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Nesta segunda-feira (13), tem início as inscrições para a seleção de projetos de iniciação científica e tecnologias elaborados pelos estudantes de escolas estaduais da Bahia para a participação no Encontro Estudantil da Rede Estadual de Educação, através da 12ª Feira de Ciências, Empreendedorismo Social e Inovação da Bahia (FECIBA); na 1ª Mostra de Projetos das Oficinas do Educa Mais Bahia; e no 2º Seminários Territoriais da Educação Profissional e Tecnológica (Seminários Territoriais).

As inscrições podem ser feitas por todas as unidades escolares da rede pública estadual, até 3 de julho, exclusivamente por meio de formulário eletrônico de inscrição, disponibilizado no Portal da Educação (www.educacao.ba.gov.br).

O Encontro Estudantil da Rede Estadual de Educação, promovido pela Secretaria da Educação do Estado (SEC), reúne todos os anos, em Salvador, estudantes dos 27 Territórios de Identidade da Bahia para expor os resultados dos programas e projetos estruturantes da Educação Básica e Profissional e Tecnológica, refletindo as políticas públicas implementadas pelo governo baiano para o fortalecimento das aprendizagens e para a promoção do protagonismo dos estudantes, orientados pelos professores em sala de aula.

Secom

Desenrola para MEI e micro e pequenas empresas começa nesta segunda (13)

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A partir desta segunda-feira (13), os bancos começam a oferecer uma alternativa para renegociação de dívidas bancárias de Microempreendedores Individuais (MEI) e micro e pequenas empresas que faturem até R$ 4,8 milhões anuais. Serão renegociadas dívidas não pagas até 23 de janeiro de 2024. Essa renegociação é importante para o pequeno empreendedor e o empreendedor individual possam obter recursos para manter as suas atividades.

A ação faz parte do Programa Desenrola Pequenos Negócios, uma iniciativa do Ministério da Fazenda, Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte com o apoio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Essa parcela atendida é a mesma que precisa de ajuda para renegociar as dívidas e obter recursos para manter as atividades.

Para aderir ao programa, o microempreendedor ou pequeno empresário deve contatar a instituição financeira onde tem a dívida. A orientação é buscar os canais de atendimento oficiais disponíveis (agências, internet ou aplicativo) e, assim, ter acesso às condições especiais de renegociação dessas dívidas. As condições e prazos para renegociação serão diferenciadas e caberá a cada instituição financeira, que aderir ao programa, defini-las.

De acordo com a Febraban, somente os bancos cadastrados no programa ofertarão condições de renegociação de dívidas. Caso contrário, a sugestão é renegociar dívida mesmo assim ou, então, fazer a portabilidade da dívida para uma instituição financeira cadastrada.

A recomendação para as empresas que forem renegociar suas dívidas é que busquem mais informações dentro dos canais oficiais dos bancos cadastrados. “Não devem ser aceitas quaisquer ofertas de renegociação que ocorram fora das plataformas dos bancos. Caso desconfie de alguma proposta ou valor, entre em contato com o banco nos seus canais oficiais”, orienta a entidade.

O alerta é ainda para que não sejam aceitas propostas de envio de valores a quem quer que seja, com a finalidade de garantir melhores condições de renegociação das dívidas. “Somente após a formalização de um contrato de renegociação é que o cidadão pode ter os valores debitados de sua conta, nas datas acordadas”, diz a Febraban.

O Desenrola Pequenos Negócios foi lançado pelo governo federal no dia 22 de abril. Na mesma data, foi publicada uma portaria do Ministério da Fazenda definindo a participação dos bancos nas renegociações. Só entrarão nas renegociações as dívidas vencidas há mais de 90 dias na data de lançamento do programa. Não haverá limites para o valor da dívida nem de tempo máximo de atraso.

A versão do Desenrola para as micro e pequenas empresas é um dos quatro eixos do Programa Acredita, que pretende ampliar o acesso ao crédito e estimular a economia.

Apesar de a renegociação teoricamente ter entrado em vigor em 23 de abril, dia da publicação da medida provisória, os negócios de menor porte ainda não podiam pedir o refinanciamento porque as regras não estavam regulamentadas. A partir da publicação da portaria, as instituições financeiras puderam fazer os últimos ajustes operacionais para começarem as renegociações.

Crédito tributário

O programa Desenrola Pequenos Negócios oferece incentivos tributários para que bancos e instituições financeiras renegociem dívidas de pequenas empresas. As instituições que aderiram ao programa têm direito a um crédito presumido de impostos. Não haverá custo para o governo neste ano porque a apuração do crédito presumido poderá ser realizada entre 2025 e 2029. Por meio do crédito presumido, as instituições financeiras têm direito a abater de tributos futuros prejuízos em algum trimestre. A portaria também regulamentou o cálculo desses créditos.

Segundo o Ministério da Fazenda, o crédito tributário será calculado com base no menor valor entre o saldo contábil bruto das operações de crédito renegociadas e o saldo contábil dos créditos decorrentes de diferenças temporárias. As diferenças temporárias são despesas ou perdas contábeis que ainda não podem ser deduzidas do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), mas que podem ser aproveitadas como crédito tributário no futuro, o que é permitido pela legislação tributária.

A concessão de créditos tributários alavanca o capital dos bancos para a concessão de novos empréstimos. Esse incentivo não gera nenhum gasto para 2024, e nos próximos anos o custo máximo estimado em renúncia fiscal é muito baixo, da ordem de R$ 18 milhões em 2025, apenas R$ 3 milhões em 2026, e sem nenhum custo para o governo em 2027.

Em comemoração ao Dia das Mães, Sobradinho realizou Festival “Viva as Mães: Cuidando de quem cuida”

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Durante a noite da sexta-feira (10), celebrando do Dia da Mulher, foi realizado na área externa do paço municipal de Sobradinho, o primeiro Festival “Viva as mães: cuidando de quem cuida,” organizado pelo Conselho Municipal de Mulheres, com apoio da gestão municipal, através das Secretarias de Assistência Social e de Fazenda.

As participantes tiveram acesso gratuito a diferentes serviços de beleza como corte de cabelo, maquiagem e massagem. Além disso, a Secretaria de Saúde também disponibilizou no espaço do evento, acesso a vacinação e a realização de testes rápidos.

Também participaram do evento as mulheres empreendedoras da AMAS – Associação Movimenta Mulheres de Sobradinho-BA, e da COOPES – Cooperativa de Produção e Comercialização dos Derivados de Peixes de Sobradinho, que disponibilizaram seus produtos para venda nos estandes do festival.

“Nosso objetivo foi celebrar esse Dia das Mães junto às mulheres de Sobradinho, fortalecendo sempre o trabalho das nossas empreendedoras e presenteando aquelas mulheres que se disponibilizaram a vir participar. Dessa forma, agradecemos o apoio da prefeitura que sempre está conosco em nossas iniciativas”, disse a presidente da AMAS e membro do Conselho Municipal de Mulheres, Almice Amando.

Na ocasião do Festival Viva Mulheres, aconteceu uma roda de conversa comandada pela jornalista Sibelle Fonseca, que debateu junto a três mães suas diferentes experiências com a maternidade, e trouxe ainda para discussão os desafios para o enfrentamento das violências domésticas. Finalizando a noite, a cantora Laura Moral subiu ao palco empolgando todos os presentes.

“Em virtude do Dia das Mães, nós demonstramos nossa admiração a essas mulheres apoiando ações que valorizam e dão destaque a todo o trabalho e esforços que elas fazem diariamente, seja em suas casas para suas famílias, seja em seus trabalhos para toda a comunidade. Parabenizo as mulheres do Conselho pela organização e agradeço as empreendedoras que, por meio de seu trabalho, fizeram a alegria das mães que compareceram, afinal é como sempre diz nosso prefeito Cleivynho, ‘juntos somos mais fortes’, afirmou o Secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Raimundo Nonato.

Ascom/PMS

Pesquisadoras falam dos desafios de conciliar maternidade com estudos

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“Você sabe que essa semana eu chorei muito, né?”. É com essa frase que a estudante Fernanda Gomes começa a falar sobre conciliar a carreira acadêmica e a maternidade. Ela está na reta final do mestrado e é difícil encontrar tempo em meio às disciplinas que ainda precisa cursar, o trabalho fora da universidade e os filhos, para conseguir, enfim, escrever a dissertação. “É muito difícil me manter na universidade”, afirma.

Em uma carreira competitiva, como a carreira acadêmica no Brasil, a constante cobrança por produtividade acaba expulsando as mães das universidades e da linha de frente da construção do conhecimento no país.

Segundo dados da Palataforma Supucira, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a maioria dos estudantes de pós-graduação (54,54%) é mulheres. Mas, os homens são a maioria entre os professores (57,46%), ou seja, são maioria entre os que conseguem chegar ao topo da carreira e assumir um cargo público como docente e pesquisador. As mulheres também são minoria entre os pesquisadores que recebem bolsa produtividade, concedidas no topo da carreira pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), representam 36%.

Neste Dia das Mães, pesquisadoras compartilham os desafios que enfrentam para conciliar a maternidade, os estudos, a docência, a pesquisa e, às vezes, até mesmo outros trabalhos para complementar a renda. E mostram também como medidas, por vezes simples, como a construção de fraldários ou inscrições gratuitas para que levem acompanhantes a eventos científicos para ficar com os filhos, que podem fazer a diferença, ajudar na inclusão e no desenvolvimento da ciência como um todo.

Gomes é mestranda no Programa de Pós-Graduação em Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades (PPGHDL) da Universidade de São Paulo (USP). Ela e a companheira, Alessandra Tavares, doutoranda de antropologia na USP, têm dois filhos, Rhyan, 13 anos, e Ana Júlia, 19 anos. As duas se dividem nas tarefas e no apoio à carreira uma da outra. No início do ano, Tavares passou 45 dias fazendo trabalho de campo na África do Sul e foi Gomes que cuidou dos filhos e dos afazeres da casa.

“Durante muitos, muitos, muitos anos, a educação não foi para as mulheres. Ainda que as mulheres sejam, né, chefes de família, ainda que se acredite que as mulheres pensem ciência de uma maneira muito mais avançada, durante muitos séculos, a educação não foi para nós. Então, é importante que a gente esteja lá. E eu acho que é um papel das universidades, do sistema de educação em geral, pensar políticas públicas que mantenham essas mulheres nesses lugares”, defende. “Eu nem estou fazendo esse recorte racial, porque eu sou uma mulher negra, uma mulher negra lésbica. Então, os meus marcadores ultrapassam essa questão de gênero, né?”.

Olhares diversos

Para a professora de relações internacionais Maria Caramez Carlotto, da Universidade Federal do ABC, a ciência ganha com mais diversidade. “Todo conhecimento parte de uma perspectiva, de uma maneira de olhar para o mundo, que você consegue objetivar, que você consegue controlar, mas que você ganha muito quando você põe diversidade”, diz e complementa: “Então, mais mulheres na ciência e mais mães na ciência, elas aumentam a diversidade de perspectivas, aumentam a chance da gente produzir um conhecimento mais completo, um conhecimento mais objetivo, mais diverso e, por isso, até mais verdadeiro. A gente chega mais próximo da verdade quando a gente traz múltiplas perspectivas, pelo tipo de problema que se coloca, problemas que são impensáveis para os homens, as mulheres passam a colocar para a ciência. Então, essa diversidade realmente é muito fundamental”.

Além disso, ela defende que, assim como todas as demais pessoas, as mães têm direito a participar da construção do conhecimento. “Tem também uma questão de justiça. As mulheres têm direito a participar do empreendimento científico, que é um dos empreendimentos mais nobres da humanidade, e dentre as mulheres, as mães, especialmente, né? Por que que não teriam?”

No fim de 2023, Carlotto, que têm duas filhas, divulgou um parecer que recebeu do CNPq que negava a ela uma bolsa de produtividade e alegava que a carreira científica havia sido prejudicada pela maternidade. [LINK: https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/educacao/audio/2023-12/professora-universitaria-tem-bolsa-de-pesquisa-negada-por-ser-mae] “Eu achei muito absurdo a maneira como tudo se deu”, diz.

A filha mais velha tem 3 anos, também há 3 anos, a professora tornou-se mãe e viu a própria vida mudando. “O meu trabalho sempre foi o centro da minha vida, absolutamente. Eu era muito workaholic (viciada em trabalho), completamente workaholic. E agora, é impossível. Ainda sou um pouco, mas é impossível isso ser o centro da minha vida, pelo menos enquanto as crianças forem muito pequenininhas, né? Então, eu não sou mais senhora do meu tempo. Então, eu perco prazo, não tem jeito. Essa semana mesmo, eu tinha um artigo para entregar, ele estava praticamente pronto, faltava fazer muito pouca coisa. Mas com as crianças doentes em casa, definitivamente eu não consigo”.

Dados do CNPq divulgados pela organização Parent in Science [LINK: https://www.parentinscience.com/], mostram que as bolsas produtividade em pesquisa do mais alto nível são concedidas majoritariamente para homens brancos (58,2%), seguidos de mulheres brancas (29,8%). Mulheres pardas contam apenas com 1,3% das bolsas. Mulheres pretas e mulheres indígenas não possuíam nenhuma bolsa.

Impacto nas mães

Pesquisas mostram que ter filhos impacta a produtividade científica, mas mostram também que são as mulheres as mais prejudicadas. Um dos estudos foi realizado pela Parent in Science. A grande maioria das entrevistadas (81%) relataram que a maternidade teve impacto na carreira científica de forma negativa (59%) e fortemente forma negativa (22%). O estudo destaca a “urgente necessidade de esforços no desenvolvimento de programas para apoiar mais mulheres na ciência e para incentivar que as mulheres pesquisadores retornem às suas carreiras de pesquisa após uma pausa, como a licença maternidade”. E ressalta que a licença maternidade, no Brasil, é de 120 a 180 dias para mulheres, enquanto os homens têm licenças entre 5 e 20 dias.

“Quando o homem se torna pai, ele passa a ser visto como uma pessoa mais competente, como uma pessoa mais responsável. Então a possibilidade profissional dele sempre é maior. Quando a mulher é mãe, isso é exatamente o contrário”, diz a professora do departamento de Ecologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Vanessa Staggemeier, que é mãe da Valentina, de 1 ano e 5 meses.

A gravidez de Staggemeier foi bem planejada. Ela terminou o doutorado, passou em um concurso público esperou ser efetivada, para aí, sim, realizar o sonho de ser mãe. Mesmo assim, sente os impactos da maternidade na carreira. “Eu ainda estou vivendo nesse período que eu me sinto como se fosse um cachorro correndo atrás do rabo e nunca alcançando a cauda. Porque eu não consigo dar conta de todo o trabalho que eu tenho e de todo o cuidado que eu preciso ter com a Valentina pelo fato de eu não poder colocar ela ainda numa escolinha e não ter rede de apoio. Como eu vim de São Paulo, eu não tenho nenhuma família aqui. Meu esposo também não tem família. Então, é só a gente no cuidado da pequenininha”.

Para Staggemeier, tanto a carreira como pesquisadora quanto a maternidade são importantes. “Eu venho de uma família super humilde, minha mãe foi mãe com 16, meu pai tinha 19 anos e ninguém na minha família tinha feito faculdade, então quando eu fui para a faculdade eu fui para ser professora”, disse.

Nos momentos de maior dificuldade, ela pensa em outras mulheres que passaram e passam pela mesma situação e ressalta a importância de se ter mulheres e mães na ciência, justamente para que esses exemplos continuem existindo. “Muitas vezes, durante esse período de um ano e meio quase, eu acho que eu não vou dar conta. Não passou pela minha cabeça desistir porque eu já fui estabilizada. Eu fico lembrando daquelas que foram as minhas orientadoras, todas elas tiveram filhos, todas elas deram conta. E a humanidade segue adiante, né? Então, eu preciso ter esses bons exemplos na minha mente para não desistir, para não me desestimular e para não vir aquela sensação de autossabotagem que muitas vezes a gente faz e fala, eu acho que eu não estou capaz de estar no lugar que eu estou. Então, a gente precisa ser voz para outras mulheres, para outras meninas que também têm essa vontade de ser cientista”.

Rede de mulheres

É o exemplo de outras mulheres que também inspira a professora de astrofísica no Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Karín Menéndez-Delmestre. Em uma área predominantemente masculina, ela busca estar sempre em contato com pesquisadoras mulheres e fazer parte de coletivos femininos.

“Na minha turma de doutorado eram seis pessoas. São turmas pequenas em astrofísica, em geral, e eu era a única mulher”, conta. “E eu tinha bastante dificuldade de ter voz, porque, literalmente, eu tinha que falar mais alto do que eu queria falar. Isso porque eu não sou uma pessoa de não falar baixinho, mas eu tinha que me impor”.

Foram outras mulheres, de outras turmas e também as professoras, que a fizeram sentir que embora às vezes não parecesse, aquele era também o lugar dela. Ela é uma das embaixadoras da organização Parent in Science na UFRJ. “É uma questão de se sentir parte de um grupo de mulheres acadêmicas, mães, tem alguns pais, tá? É uma fonte de fortaleza. Então, entrar, misturar nessas lutas que juntam academia e maternidade, acho que são coisas que me dão muita força e inspiração para transformar as coisas”. Ela é mãe da Sofia, 8 anos, e da Ilana, 5 anos.

Menéndez-Delmestre, que é portorriquenha, decidiu pela carreira acadêmica a exemplo dos pais, também professores. “A universidade era um lugar de constante juventude, constante ebulição de ideias novas. Então, sempre acho que fiquei com essa impressão. Onde as pessoas estão se educando é onde eu quero estar, pois mesmo envelhecendo, gosto dessa ideia de estar imersa em um espaço que sempre está com ideias novas”, afirma.

E foi justamente encontra outras mulheres que a fez permanecer. “Se eu não tivesse visto nenhuma mulher, acho que eu teria ficado como que, ah, isso é só um espaço dominado por homens chatos, não quero entrar aí, não. Então, ocupar com exemplos é muito importante, e no momento que você começa a não apenas ter alguns exemplos, mas muitas mulheres, você começa a ver que dá pra ser um leque amplo de versões de mulheres”, explica.

As pesquisadoras apontam que houve mudanças. Há por exemplo, o edital da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), em parceria com o Instituto Serrapilheira e o movimento Parent In Science (PiS), de R$ 2,3 milhões para apoiar o retorno das pesquisadoras às atividades científicas após terem se tornado mães.

Elas apontam, entre as medidas que poderiam contribuir para a qualidade de vida e garantia de que as mães pudessem continuar as pesquisas, espaços para as crianças em evento científicos; inscrições gratuitas para que possam levar acompanhantes a esses eventos; vagas em escolas para crianças, vinculadas a universidades; ajuste no tempo de sala de aula para que possam se dedicar à pesquisa; além de editais específicos e balizadores claros e transparentes para equiparar a perda de produtividade materna, especialmente, nos primeiros anos da criança.

CIPE-Caatinga prende acusado por tráfico de droga e com mandado de prisão em aberto, em Senhor Bonfim

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A Polícia Militar da Bahia, através da Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE-Caatinga), com apoio da Guarnição do 6º BPM, prendeu na última sexta-feira (11), um homem por tráfico de drogas e com mandado de prisão em aberto na cidade de Senhor do Bonfim– BA,

Os Policiais Militares durante rondas ostensivas no bairro Alto da Maravilha, realizaram abordagem a algumas pessoas em um local conhecido pelo tráfico de drogas. Em posse de um indivíduo foi encontrado 09 (nove) invólucros contendo erva seca análoga à maconha, 01 (uma) trouxa grande de erva seca e R$ 165,00 (cento e sessenta e cinco reais) em espécie. Após consultas ao CNJ, constatou-se que o indivíduo também possuía mandado de prisão em aberto.

Diante dos fatos, o acusado foi conduzido para apresentação na Delegacia de Polícia Civil de Senhor do Bonfim– BA, e adoção das medidas legais cabíveis.

Ascom/CIPE-Caatinga