Um estudo em andamento, feito pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) em parceria com a Universidade de Nebraska, para medir o potencial hídrico do Oeste da Bahia, mostrou que rios do Oeste da Bahia contribuem com 26% do volume total da vazão do São Francisco.
O levantamento das vazões médias foi feito entre o período de 1990 a 2015, onde a soma dos rios atingiram 684,6 metros cúbicos/segundo.
“Ainda há muito achismo quando se fala em recursos hídricos. Em muitos casos, chega-se falar em 80% de contribuição dos rios do Oeste da Bahia na época da seca. Mas, na verdade, como o Rio São Francisco dispõe de barramentos que funcionam como um sistema de estabilização, o importante não é a contribuição em um determinado período e sim a contribuição média. Neste sentido, os especialistas indicam que a contribuição seja medida em relação a vazão média de longa duração”, explicou o pesquisador da UFV e coordenador do estudo do potencial hídrico na região, Everardo Mantovani.
Ainda de acordo com o estudo, outro mito está relacionado ao uso da água na agricultura. Ao contrário do que se diz, na região Oeste da Bahia, somente 8% da área cultivada é irrigada. São cerca de 192 mil hectares corresponde a 32% da área irrigada em todo o estado da Bahia estimado em 600 mil hectares, ou seja, 2,3% dos 7 milhões de hectares irrigados no Brasil.
O plantio irrigado na região, independente da escala de produção, eleva a produtividade, leva alimentos e produtos de mais qualidade para o mercado, além de se produzir mais em menos área. Na região Oeste, os 8% de área irrigada da produção agrícola contribui com34% do valor econômico bruto da produção.
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