Diante do cenário de pandemia da covid-19, infecção causada pelo novo coronavírus, a aparição de determinados sintomas característicos da doença, já acendem o alerta. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam: procure um hospital em caso apresente coriza, febre, tosse e falta de ar.
Foi o que fez uma moradora do bairro Maria Gorette, em Juazeiro, no norte da Bahia, cuja identidade será preservada, na última quinta-feira (23). Com problemas cardíacos e respiratórios e também de hipertensão, receosa, ela procurou um hospital de saúde particular da cidade após apresentar cansaço, dores fortes na cabeça e no corpo, além de tosse, sintomas que vinha apresentando desde a terça-feira.
A médica da unidade informou que ela já se enquadrava como caso suspeito de covid-19 e orientou que a mesma procurasse o Hospital Regional de Juazeiro (HRJ), unidade referência para esses casos no município. A paciente disse ter ficado receosa de ir até a unidade de saúde, e preferiu, inicialmente, retornar para sua residência e tentar contato com a Vigilância Epidemiológica do município a fim de solicitar uma visita da equipe.
“Segundo a médica do plantão, eu já me enquadrava no caso de suspeita da Covid-19 e me orientou a procurar o hospital Regional (referencia em atendimento da Covid-19), disse a ela que pra lá eu não iria, uma vez que só era suspeito, e me colocariam na mesma ala dos demais e ai sim eu poderia me contaminar de fato. Comprei todos os medicamentos por ela prescritos e me mantenho totalmente isolada desde então, tentando a todo custo contato com alguém da prefeitura ou vigilância sanitária”, reclamou.
A moradora, entretanto, enfrentou dificuldades para conseguir contato com os agentes da Secretaria Municipal de Saúde. “Divulgaram vários números de atendimento, mas quando ligo, todos sempre estão fora de área ou desligados. O telefone fixo chama, mas nunca atendem”, reclamou a moradora, que conseguiu contato somente na manhã de hoje (27).
De acordo com ela, os agentes da secretaria solicitaram que a paciente procurasse um posto de saúde mais próximo. Entretanto, como decidiu entrar, por conta própria, em quarentena, e temendo que possa infectar outras pessoas, ela insistiu para que uma equipe da vigilância fizesse uma visita à sua residência e realizasse um teste.
“Somente hoje entraram em contato comigo, perguntando os sintomas e me orientando a ir a um posto de saúde, para que o caso fosse notificado e a realização do teste fosse agendada. Não vi necessidade de ir a uma UBS, já que tenho o diagnóstico da médica que me avaliou como suspeita da Covid 19. Estou com os sintomas e não acho seguro sair de casa e acabar tendo contato com outras pessoas. Em casos como o meu, a secretaria deveria adotar uma visita à residencia, para a segurança de todos. Tenho uma irma grávida de alto risco e minha mãe, que mora ao lado da minha casa, já infartou, o que me preocupa ainda mais”, relatou.
Ainda de acordo com ela, após sugerir que a equipe da saúde realizasse o teste em sua casa, o procedimento foi agendado para o próximo dia 5 de maio.
“Finalmente conseguiu contato, o que não foi fácil, e eles marcaram o teste para o dia 5, pois disseram que só pode ser feito após dez dias do aparecimento dos sintomas. Continuo sentindo dor de cabeça, tosse seca e um cansaço incomum. Sugiro que, em casos como o meu a secretaria, adote essa estratégia de fazer o teste na residência”, pontuou.
O PNB entrou em contato com a Secretaria de Saúde para prestar esclarecimentos sobre a situação. Em resposta, o órgão informou que “caso algum paciente apresente sinais ou sintomas da COVID 19, a equipe do bairro irá notificar e informar à Vigilância Epidemiologia, esta por sua vez, irá monitorar os sintomas e fazer a coleta do exame”.
Veja a nota na íntegra:
A Secretaria da Saúde informa que como relatado pela paciente, a mesma foi atendida em uma unidade hospitalar e a profissional que fez o atendimento, ao notar que se enquadrava no perfil da COVID 19, deveria de imediato comunicar a Vigilância Epidemiológica do município para avaliação da equipe e não solicitar a paciente que procurasse outra unidade hospitalar.
A secretaria reforça ainda que os atendimentos e avaliações, que não sejam de urgência e emergência, devem ser direcionados aos postos de saúde. As equipes estão capacitadas para atendimento e diagnóstico de casos suspeitos para as síndromes respiratórias. Caso algum paciente apresente sinais ou sintomas da COVID 19, a equipe do bairro irá notificar e informar à Vigilância Epidemiologia, esta por sua vez, irá monitorar os sintomas e fazer a coleta do exame.
Em casos onde há necessidade dos pacientes serem direcionados aos serviços de urgência e emergência, estas unidades devem informar ao serviço municipal para o devido direcionamento. Dúvidas relacionadas à COVID 19 e/ou H1N1 podem ser tiradas através do serviço municipal pelo telefone (74) 99819-3089 (WhatsApp) que funciona de segunda a sexta-feira em horário comercial.
Da Redação
Essa senhora não quer ir na unidade de saúde pública , mas vai na particular… Interessante…. Já foi informada em como proceder, mas se nega e quer atendimento domiciliar…. Avise a ela q cidade nenhuma do planeta vai ter uma rede de saúde p atender os pacientes em casa e se ela quer ser acompanhada pelo SUS precisa ir ao SUS…qual dificuldade de entender isso? A equipe de vigilância se virando nos 30 p atender a cidade e ela INFELIZMENTE não colabora , mas quer ser prioridade … Se está sendo acompanhar pela rede particular, a bom…vai aguardar quando a pública puder ajudá-la….enquanto isso, a irmã grávida fique distante e a mãe isolada…igual todo mundo.. em qualquer lugar do PLANETA.