O Prefeito de Barra do Mendes, Armênio Sodré Nunes, mais conhecido por “galego” do MDB, protagonizou uma cena deprimente em que reage a uma manifestação de um grupo de moradores, com chicotadas.
Ele foi flagrado, em vídeo, divulgado na última sexta-feira (4), descendo de uma caminhonete, com chicote na mão para atingir os manifestantes que realizavam um ato na frente de sua casa.
De acordo com os manifestantes, o grupo protestava contra a falta de estrutura da rede municipal de saúde para atender aos pacientes com a covid 19. Uma mulher de prenome Simone, que foi atingida pelas chicotadas do prefeito, em entrevista a Rede Bahia, disse que o protesto foi motivado pela situação de um amigo, morador da cidade, internado com a covid 19, que estaria sofrendo com a falta de um respirador no hospital. Ela afirmou que a intenção do grupo era cobrar providências ao gestor municipal.
Em nota, a Assessoria de Comunicação do prefeito afirmou que o chefe do executivo “reagiu intempestivamente” após ser xingado de “ladrão e assassino”, e que os manifestantes “soltaram foguetes em direção à casa do prefeito” e “esmurraram e chutaram o portão da residência” de Galego, chamando-o de ” assassino e ladrão”.
E justificou: “Vizinho à casa do prefeito mora a sua mãe, uma senhora debilitada, com mais de 90 anos, que também estava em pânico com o movimento. Dentro da casa só se encontravam a empregada e os dois filhos menores do prefeito, um adolescente de 16 anos que foi vítima de sequestro há pouco mais de um mês e uma menina de 9 anos, que ficaram bastante abalados com a manifestação na porta e ligaram para o prefeito, que se encontrava com a sua esposa num povoado vizinho”, afirmou a ascom.
A assessoria disse ainda que o prefeito “ao saber do ocorrido” na porta de sua casa, teria indo “disposto a terminar com a manifestação e quando chegou foi recebido aos gritos de assassino e ladrão e reagiu intempestivamente”.
A Ascom também acusou uma das organizadoras de ter planejado o movimento como forma de protesto ao decreto que proíbe o comércio em Barra do Mendes.
“O que ocorre é que uma comerciante insatisfeita porque foi baixado um decreto fechando o comércio em geral até o dia 06 de dezembro – já que do dia 23/11 até o dia 29/11 houve um aumento nos casos ativos da COVID-19 no município, saltando de 6 casos por dia para 135 casos ativos -, organizou um manifesto com cartazes na porta da casa do prefeito, cobrando a prestação de contas do dinheiro da Covid-19”, afirma nota, que destaca que o gasto do recurso enviado pela união, cerca de R$ 1,6 milhão, está sendo acompanhado pelo Ministério Público.
Da Redação