Trabalhadores rurais cobram salários de empresa produtora de pepinos instalada em Juazeiro (BA)

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Funcionários da empresa Frutal, que administra uma plantação de pepinos localizada no município de Juazeiro, no Norte da Bahia, procuraram a redação do Portal Preto no Branco para reclamar de atraso salarial.

De acordo com os trabalhadores, há quase 30 dias, os pagamentos que deveriam ter sido feitos semanalmente, ainda não foram efetuados.

“Nós trabalhamos e estamos há 27 dias sem receber o pagamento. No momento do contrato falaram que seríamos pagos por semana, depois por quinzena, e no final, não recebemos nada. Eu, por exemplo, tenho 11 diárias para receber. Todos nós precisamos desse dinheiro, somos mães e pais de família, temos nossas despesas e só queremos o que é nosso por direito”, contaram.

Ainda de acordo com a reclamação, cerca de 150 funcionários foram recrutados de comunidades e cidades da região, e estão sem receber pelos dias trabalhados.

“Somente aqui no Salitre, 30 trabalhadores estão na mesma situação. Eles estão devendo a todo mundo. Ficam dizendo que vão pagar e nada. Eles pegaram nossos dados e enviaram para a empresa que tem sede no Paraná e dizem que estão aguardando a liberação. Mas queremos nosso dinheiro. Além disso, quando procuramos o encarregado e o proprietário da empresa, somos tratados com ignorância”, finalizaram os trabalhadores.

Em contato com o dono da empresa Frutal, Thiago Roca, obtivemos a informação que a lavoura foi vendida para um produtor da região que deveria assumir os custos da produção, inclusive os salários dos trabalhadores antigos e novos contratados. No entanto, informou o proprietário, o novo dono da produção não conseguiu “levar a lavoura adiante” por falta de experiência com a cultura, que é nova na região. A lavoura teria contraído uma doença, chamada “pulgão” que se alastrou pela plantação, fazendo com que isso afetasse diretamente na produção. Diante desta situação o comprador teve que entregar a lavoura de volta para a empresa Frutal, afirmou Thiago.

“Não havia atraso salarial, quando nós estávamos a frente da produção. Vendemos para esta pessoa que teve dificuldades em manter a lavoura e desfez o negócio, nos devolvendo a plantação. Uma atitude inesperada, que nos pegou de surpresa. Nosso compromisso foi o de comprar a produção de pepino. Mas, diante deste problema gerado, nós vamos assumir os pagamentos daqueles que realmente trabalharam. Fizemos um levantamento e já montamos um cronograma de pagamento, com início no próximo dia 8 de agosto. Iremos fazer o pagamento escalonado. Pedimos a compreensão dos trabalhadores para esta situação, que fugiu do nosso controle”, informou Thiago Roca

O PNB encaminhou as reclamações para a Delegacia Regional do Trabalho, em Juazeiro.

Da Redação    

 

 

4 COMENTÁRIOS

  1. Eu e meu marido tem quase 500 na mão deles e ele só vom desculpas .
    Tenho 2 filhos e moro de aluguel q inclusive esta em atraso por causa deles.

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