Um leitor do Portal Preto No Branco, que pediu para não ser identificado, enviou para nossa redação um relato com criticas e sugestões sobre o sistema Zona Azul de Juazeiro.
“Sirvo-me do presente para relatar um fato que acontece diariamente em nossa cidade e que os órgãos responsáveis nada fazem para intervir. Pelo menos até o momento não vi ou li algo sobre. Ocorre que os funcionários (as) da empresa responsável pela Zona Azul não dispõem de valores suficientes para dar o troco aos consumidores que
efetuam o pagamento da mesma. Sem contar a ineficiência dos equipamentos e aplicativo. Este último, por exemplo sempre que tento fazer uma recarga no Digipare através do débito em conta (tendo saldo) não consigo porque o aplicativo não aprova. Essas situações se tornam insuportáveis para os consumidores e usuários dos serviços,
uma vez que ficamos a mercê da referida empresa”, relatou o cidadão.
Ele contou uma situação que passou no último sábado (5), quando precisou utilizar o serviço.
“Estacionei meu veículo na rua Oscar Ribeiro nas proximidades de uma igreja e um frigorífico as 08:55h. Na ocasião não tinha nenhum colaborador da empresa responsável pela zona azul e também, como já dito anteriormente, não consegui fazer a recarga no aplicativo pelo motivo aludido acima, bem como não sou obrigado a ter moedas toda vez
que tiver de me deslocar para algum ponto da cidade que tenha a referida cobrança. Segui meu destino sabendo que a qualquer momento poderia ser notificado, pois a sensação é essa. Minutos depois, ao retornar encontrei uma colaboradora e fui retirar o bilhete e efetuar o devido pagamento. Na ocasião solicitei que verificasse se não havia sido
notificado, pois não estava próximo do veículo. A mulher me informou que já tinha passado 12 minutos. Ocorre que ainda estava dentro dos limites estabelecidos pela empresa, ou seja, 10 minutos. Apresentei para pagamento uma cédula de 100,00 só que a funcionária não tinha troco. Indaguei como iremos fazer, a mesma disse que deveria trocar
o valor enquanto isso o tempo passava e quando consegui trocar o dinheiro já tinha ultrapassado 02 minutos do limite estabelecido pela empresa. Quer dizer que enquanto os funcionários da empresa não dispuserem de troco nós
consumidores e usuários dos serviços e que somos penalizados. ESTÁ ERRADO”, contou o leitor.
Ele questiona a prática da empresa de atendimento ao usuário e cita artigos do Código de Defesa do Consumidor, que estariam sendo descumpridos, configurando “prática abusiva”.
“O que mais causa tristeza e ter de ouvir que tenho que andar com moedas no bolso e que eles só dispõem de 20,00 de moedas para troco. Essa prática abusiva praticada por funcionários da referida empresa feri o disposto no Código de Defesa do Consumidor, afinal, não é o consumidor que tem que se adequar a empresa e serviços e sim a empresa que tem que se adequar ao consumidor. Assim penso. Vejamos o que o que nos ensina o aludido Código. O art. 6º, IV do CDC assegura dentre os direitos básicos do consumidor: IV – a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no
fornecimento de produtos e serviços. Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas
abusivas: II – recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes; IX – recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de
intermediação regulados em leis especiais; V – exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;
Os dispositivos acima referem-se ao momento em que entreguei o valor para pagar e quando a colaboradora fala comigo de forma exigente que teria que está com valor trocado para pagamento”, citou o leitor.
Ele finaliza ressaltando “que esse manifesto não tem relação política. Apenas gostaria que fosse resolvida essa lide, pois nós consumidores não podemos ser refém dessas situações. Seria interessante que a empresa pudesse atualizar o sistema para quando seus funcionários (a) digitarem a placa dos veículos, o mesmo apresente no visor a descrição como é feita quando somos notificados. E ainda, solicito que se tenha guichês para que possamos fazer nossos pagamentos sem transtornos. Como se observa na cidade vizinha”, reivindicou o leitor que se intitula como um “cidadão indignado mas que ama Juazeiro Ba”.
Estamos encaminhando a reclamação para a empresa do Zona Azul e também para a CSTT, órgão municipal responsável pelo sistema.
Redação PNB