Com o aumento dos preços dos alimentos, do gás de cozinha e outros serviços essenciais para a sobrevivência, muitas famílias estão enfrentando dificuldades para se manter no Brasil. Em Juazeiro, no Norte da Bahia, a situação não está sendo diferente.
Com tantos gastos e muitas vezes sem uma renda suficiente, responsáveis por alunos da rede municipal de ensino de Juazeiro, estão cobrando da Secretaria de Educação que disponibilize o fardamento para os estudantes.
Em contato com o PNB, eles alegam dificuldades financeiras para arcar com mais esta despesa.
“Gostaria de reclamar sobre a questão das fardas. Temos que comprar fardamentos que custam 60 reais. E quem tem dois, três, quatro filhos?! Some ai quanto dá só de farda. Isso não é justo para com nós, pais. Em tempo de pandemia, onde tudo está caro, sendo que o que recebemos não dá nem para comprar alimentos para nossos filhos”, reclamou a moradora Bruna Lima .
Ela questionou ainda sobre as verbas recebidas pela gestão municipal e citou como exemplo outros municípios da região que entregaram de forma gratuita fardas e outros itens escolares para os alunos.
“Em Petrolina, nosso município vizinho, todos os anos os alunos recebem o fardamento. Além disso, tem cidades menores que Juazeiro onde os alunos também ganharam fardas e até bolsas da prefeitura, a exemplo de Sento Sé. Cadê Prefeita, cadê Secretária da Educação a verba para a farda aos nossos filhos? Queremos as fardas, pois não temos condições de comprar. Por isso pagamos impostos e é nosso dever cobrar por melhorias para nossos filhos”, concluiu.
De acordo com informações obtidas por nossa redação, na gestão passada, o município também não disponibilizava o fardamento.
O uso da farda era opcional, ou seja, os pais compravam, se quisessem e pudessem. Não era obrigatório. As próprias escolas faziam os modelos e os pais encomendavam, caso decidissem arcar com o custo.
O PNB já encaminhou a reclamação para a Secretaria de Educação e Juventude de Juazeiro. Em resposta, o órgão informou que “a compra do fardamento não é obrigatória, e o que foi apresentado pela Seduc às unidades escolares foi apenas um modelo de fardamento. Dessa forma, a compra torna-se facultativa aos pais e responsáveis pelos estudantes. A Seduc ratifica que a adesão ou não ao fardamento não implicará em qualquer tipo de prejuízo ao ensino e aprendizagem ou acesso as escolas municipais”.
Redação PNB