Após reportagem veiculada nesta quarta-feira (11), pelo Portal Preto no Branco, com uma reclamação do motorista de aplicativo Sérgio Murilo, morador de Juazeiro, sobre o atendimento realizado pelo Procon, quando o profissional também acusou o coordenador do órgão, Carlos Emanuel Tavares de Macedo, de direciona-lo a procurar um advogado particular, a gestão municipal, em nota, informou que a denúncia era “inverídica”.
A assessoria do órgão municipal afirmou que “as informações repassadas pelo Sr. Sérgio Murilo a este blog não condizem com a verdade”, e afirmou ainda que “a demanda que ele encaminhou à reportagem deste veículo contra a Coelba refere-se a junho de 2021, período este em que o Procon era coordenado por outro gestor.
Contestando o cidadão, a coordenação do Procon salientou que “EM NENHUM MOMENTO FAZ CAPTAÇÃO DE CLIENTES PARA ADVOGADOS OU ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA E REPUDIA TAL INFORMAÇÃO INVERÍDICA”.
Após a manifestação do Procon, nós voltamos a ouvir Sérgio Murilo que reafirmou a denúncia e expressou sua indignação com a acusação do órgão de que ele prestou informações que não condiziam com a verdade. O motorista deu detalhes sobre a reclamação feita no Procon.
“Sobre essa resposta que o PROCON deu ao Portal Preto no Branco, dizendo que eu estou mentindo, eu não estou mentindo, estou falando a verdade. Tenho 42 anos morando em Juazeiro e não preciso estar com mentira, com falcatrua. Não preciso disso não. O que acontece é o seguinte: Em julho de 2021, um abençoado da Coelba errou a leitura aqui em casa. Eu estava viajando e quando cheguei, cinco dias depois, tirei a foto do medidor e fui olhar na conta de energia. Não tinha nada a ver uma leitura com a outra. Procurei a Coelba, liguei para o 0800 e fui no atendimento presencial. Eles disseram que iriam me ressarcir nas próximas faturas, mas até agora nada. Meses depois, sem resposta da Coelba, me sentindo lesado, fui no PROCON abrir o processo e no dia da audiência quem me atendeu foi Doutor Carlos. “.
Sérgio Murilo reafirmou que foi o coordenador do órgão que participou da audiência e lhe indicou um advogado particular.
“A audiência foi presidida por Dr Carlos. Logo depois que o advogado da Coelba e o outro preposto saíram da sala, ele [Dr Carlos] me perguntou se eu tinha algum advogado de confiança, e eu disse a ele que não. Eu não tenho advogado, pois não tenho condições de pagar. E simplesmente ele me deu o número do amigo dele e disse para eu entrar em contato com esse amigo, que ele iria resolver, que só daria certo se eu movesse uma ação contra a Coelba, procurando outro advogado. Eu liguei para o amigo dele advogado, e ele me perguntou se eu estava disposto a pagar os honorários para correr atrás de uma coisa tão pequena, como erro de leitura. Eu peguei e disse a ele que não, que ia deixar para lá. No dia em que eu procurei o Procon o era Doutor Carlos, não era mais Ricardo Penalva, como o Procon disse. Ou seja, o Procon não resolveu nada até agora”.
A denúncia feita pelo consumidor é grave, já que foge da competência do Procon indicar serviços advocatícios particulares para os cidadãos e cidadãs que acionam o órgão de defesa dos diretos do consumidor.
Redação PNB