Um morador da comunidade de Angico, Lagoa do Boi, zona rural de Juazeiro, em contato com o Portal Preto No Branco reivindicou o acesso a água, que segundo ele, está faltando na comunidade. Ainda de acordo com o morador, as famílias de Angico vinham sendo abastecidas pelos carros pipa do Exército, mas o fornecimento foi interrompido.
Sem água, os moradores estão passando por muitas dificuldades e tendo que comprar o produto.
“A água na nossa comunidade vem de cisternas e os pipas do Exército não estão botando agua, não sabemos o motivo. A gente está precisando de agua, pois estamos comprando e aqui um pipa sai por 250, 270 reais. Aqui ninguém tem condição de comprar 2,3 carradas de água por mês não. Precisamos que o poder público ajude a gente. Algum problema está existindo, ou a prefeitura não fez o repasse para os pipeiros ou o Exército não está fazendo sua obrigação”, ressaltou.
Ele disse ainda que muitos moradores não têm recursos para comprar a água e a situação está afetando o orçamento das famílias, que já passam por dificuldades financeiras.
“Tem idoso tirando da aposentadoria, e deixando de comprar o remédio pra comprar água. Outras pessoas, tiram da feira e assim, tirando do próprio bolso, está muito difícil para nós moradores. Água é um direito, ou não é?”, questionou o morador.
O morador questionou o SAAE sobre o abastecimento de água na comunidade que é a única na região da Lagoa do Boi, atendida por cisternas, segundo ele.
“As outras localidades ao redor do Angico, todas tem água do SAAE. Só nossa comunidade é que vive de cisternas, e logo aqui que a prefeita teve muitos votos. A gente precisa é do abastecimento de água pelo SAAE, seja com uma adutora, mas que este problema seja resolvido definitivamente”, reivindicou.
Ele também agradeceu a gestão municipal pelo serviço de patrolamento que vem sendo realizado na estrada que serve a comunidade.
Nós reclamamos através do Preto No Branco sobre a estrada que estava intransitável. A gente estava sofrendo muito com a estrada cheia de buracos. Era difícil pra passar o ônibus escolar, que quebrava, e as crianças ficavam sem ir à escola, e só passava moto. A prefeita se sensibilizou com nosso pedido e está passando a patrol. Tá ficando muito bom”, reconheceu.
Procurada pelo PNB, a Defesa Civil do Município, responsável pela distribuição dos carros-pipa, disse que grande parte dos pipeiros que prestavam serviço ao município de Juazeiro “abandonaram” a operação, devido a alta no preço no óleo diesel. Com isso, dos 21 prestadores do serviço, apenas 13 continuam atuando, o que causou o desabastecimento na zona rural.
“Infelizmente a alta dos combustíveis, trouxe uma série de prejuízo para os nosso distritos, no que se refere ao abastecimento de água através dos pipas. O diesel quase que dobrou de preço e o reajuste nos contratos foi irrisório, levando os pipeiros a abandonarem a operação. Dos 21 pipeiros que tínhamos na operação pipa, restaram apenas 13, trazendo um desabastecimento imenso para a população. O município conta com 5 pipas que já entrega água nas regiões que não eram atendidas pela operação do governo federal e o nosso efetivo não foi aumentado, pois o custo é elevado para a administração municipal, tanto que em todo o país o governo tem esse programa para não asfixiar as prefeituras”, informou o coordenador Ramiro Cordeiro.
Estamos encaminhando também a reivindicação do morador para o SAAE.
Redação PNB