“Vai morrer a míngua?”: idosa aguarda há 12 dias, na UPAE de Petrolina, por um leito de UTI; SES-PE responde

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O neto de Dona Severina Ana da Silva, 93 anos, em contato com nossa redação, informou que desde o último dia 12 de agosto, a idosa está internada na UPAE de Petrolina, a espera de uma regulação para uma unidade hospitalar que ofereça suporte de UTI, sem conseguir transferência.

Ela deu entrada na unidade, após sofrer um infarto, contou Jerfesson Lourenço.

“Estou com minha avó intubada na UPAE de Petrolina, há 12 dias esperando regulação para um leito de UTI que lá não têm. Ela deu entrada com infarto e a na UPA não tem suporte de UTI e nem cardiologista para dar atenção a ela. Nesses 12 dias ela se encontra na sala vermelha, onde os médicos a cada plantão dizem uma coisa. Tem médico que nem sabe se ela já está na fila de regulação, e o medico de ontem falou que a prioridade nas regulações são as pessoas mais novas.

Ele questiona o atendimento aos idosos e, preocupado com o quadro de saúde da idosa, pergunta: “Vai morrer lá a míngua, por falta da prestação do serviço de saúde de Petrolina?”

“Os idosos também não têm prioridade? Quer dizer que minha avó vai morrer lá a míngua por falta da prestação do serviço de saúde de Petrolina? Minha avó esta só piorando e sem assistência na UPAE. Agora precisando também fazer um traqueostomia e a upa só tem clínico geral. A cada dia o caso se agrava mais. Ela vai ser mais uma vítima do sistema público de saúde? Vai morrer a míngua, sem assistência de um cardiologista? Durante o dia a UPAE tem todas as especialidades atendendo a demanda enviada dos posto de saúde, e a sala vermelha não tem um cardiologista para dar suporte aos pacientes infartados. Uma vergonha!”, protestou o neto.

Nós encaminhamos a reclamação para a UPAE, que nos enviou uma nota da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE).

“A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) informa que a paciente citada pela reportagem está inserida na Central Interestadual de Regulação de Leitos (CRIL). O serviço segue monitorando as vagas, inclusive em contato com a Central Estadual de Regulação de Leitos, buscando leito adequado para o perfil clínico da paciente.

Vale reforçar, ainda, que a priorização das transferências é realizada a partir da análise técnica entre o médico solicitante e o médico regulador, levando em consideração, primeiramente, a gravidade do caso, a estrutura disponível e a qualidade do suporte clínico nas unidades de saúde onde cada paciente se encontra. Além disso, é preciso que o paciente esteja estável para que a transferência ocorra. No momento, a paciente está intubada.

Importante destacar que a idosa segue internada na sala vermelha da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Petrolina, O setor, similar a uma unidade intensiva, conta com aparelhos de ponta e suporte médico 24 horas por dia” (Ascom SES-PE).

Redação PNB

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