Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a primeira mulher a comandar o município de Juazeiro, a Prefeita Suzana Ramos, definiu seu governo como: “feito de mulher para mulher”. Plagiando o slogan da rede de lojas Marisa, a gestora faz uma propaganda enganosa do seu governo. Sim, propaganda é a alma do negócio, prefeita! Mas a variedade de produtos, os preços populares da Marisa vem antes da propaganda. A gestão da senhora, além de não dever ser um “negócio”, nem uma empresa particular, não conseguiu ainda apresentar para a população de Juazeiro, um bom produto. Aliás, alguns setores têm oferecido um produto estragado, um serviço amador e atrapalhado.
Uma vez não aprovei uns produtos da Marisa e nunca mais pisei lá. Mas como Juazeiro é minha casa e como cidadã contribuinte que paga os salários dos agentes públicos, meus servidores e dos demais munícipes, permita-me advertir a senhora. Lembre que uma advertência de patrão pode terminar em demissão, hein? E o patrão da senhora é o povo de Juazeiro.
Te advirto, prefeita, a fazer de verdade, um governo de mulher para mulher. Sabe o que é isso? Começa com a composição da gestão. No primeiro escalão do seu governo não tem NENHUMA mulher. Começou com duas, minguou para uma e agora até a Secretaria de Desenvolvimento, Mulher e Diversidade volta a ser comandada por um HOMEM. Seu enteado que deixou a Saúde do município na UTI e pulou para uma cadeira que jamais deveria ocupar, fosse seu governo “de mulher para mulher”. A senhora sabia que esta secretaria é fruto da luta das mulheres de Juazeiro, conquistada a duras penas? Pois é. Te advirto a nomear uma mulher da sua confiança, que esteja por dentro das pautas femininas, para comandá-la. E também a garantir equidade de gênero nesta sua administração. Como assim um governo “de mulher para mulher” sem nenhuma mulher nas secretarias municipais?
“Entendo que a mulher é aquela que acaba carregando o maior peso na sociedade e é também a menos favorecida. Por isso, é meu dever, enquanto gestora municipal continuar avançando no desenvolvimento de políticas públicas voltadas paras mulheres e lutando pela garantia dos direitos de todas”, declarou a senhora prefeita.
Numa coisa aí a senhora acertou: “A mulher é aquela que acaba carregando o maior peso na sociedade”. Mas deixa eu te advertir novamente: políticas públicas voltadas paras mulheres devem ser pensadas, encaminhadas e implementadas por mulheres. “Nada sobre nós, sem nós”, mulher de Deus! Que é que é isso?
Somos nós, mulheres, que precisamos de um tratamento de qualidade e humanizado na Maternidade de Juazeiro na hora de parir e da Casa de Parto do João Paulo II, como a senhora prometeu. Somos nós, mulheres, que mais procuramos as UBSs e queremos vê-las funcionando plenamente na hora de vacinar as crianças, de levá-las ao dentista, quando necessitamos de uma consulta, de um exame, de uma cirurgia, do serviço do TFD para nosso pai, do SAMU para nossa vizinha, da UPA pra o nosso marido que passou mal ou se acidentou. Somos nós, mulheres, a maioria dos que ficam quarando no sol quente, na fila da Farmácia Popular, pra pegar remédios. E como eles têm faltado. Outro dia até ASS faltava, mulher? Que é que é isso? Nós, profissionais de saúde, queremos condições de trabalho, salário em dia todos os meses, queremos cuidado para que possamos cuidar bem da população;
Somos nós mulheres, prefeita, da sede e do interior, que sofremos mais com as constantes falta de agua, que já virou marca do seu governo. Estamos acordando às 2 da manhã para encher balde. Torneiras vazias para as donas de casa é um suplício. Nosso trabalho fica ainda mais penoso;
Somos nós, mães e responsáveis por alunas e alunos, que mais acompanhamos o dia a dia das nossas crianças. Queremos escolas estruturadas, com merenda escolar de qualidade, transporte, água nos bebedouros, banheiros e ventiladores funcionando, salas climatizadas. A senhora bem sabe como no ar-condicionado a gente produz mais, né? Nós, profissionais de educação, queremos um diálogo aberto é com a senhora. Olho no olho. Queremos nossos direitos garantidos, o Auxílio Tecnológico, o piso do magistério, transparência nos processos seletivos;
Somos nós que mais sofremos com os transtornos das obras inacabadas. Tirar poeira e lama aumenta nossa sobrecarga. Ruas esburacadas, falta de capina, lixo acumulado, que traz doenças para nossas casas, nos afetam. Falta de iluminação expõe nossas filhas e filhos no caminho pra casa, ônibus sucateados, superlotados, tarifa cara, tudo isso recai pesado nas nossas costas.
Pensa bem, prefeita, a senhora não está “lutando pela garantia dos direitos de todas”. O básico, o mínimo não vem sendo feito. Não estamos pedindo nenhuma grande obra. E somente que faça a tarefa de casa direitinho. Que ponha em prática a mudança tão propagada, a humanização tão alardeada, a transparência, a competência e acima de tudo, o respeito pelos juazeirenses.
Te advirto a fazer uma auto crítica. Não se engane com as ‘palminhas” nos comentários do Instagram, mulher! Ali são, ou bajuladores ou defensores dos próprios bolsos. Leia os reclames da população, a frustração das mulheres que desejaram tanto uma mulher no comando, as queixas e reivindicações das famílias juazeirenses.
A casa está bem bagunçada. Já dizem por aí que está ainda mais bagunçada do que quando a senhora a encontrou. Não admita isso. Logo nas mãos de uma mulher essa bagunça toda?
Cuida! Dá tempo arrumá-la! Começa fazendo de fato um governo “De Mulher para Mulher”.
Fora disso, prefeita, é só propaganda da Marisa.
Fora disso, corremos o risco de custar muito a ver outra vez uma mulher juazeirense sentada na cadeira do executivo municipal.
Sibelle Fonseca
Concordo plenamente.
Um dia procurei o posto de saúde pra fazer um preventivo, e o resultado só saiu 6 meses depois.
Sem falar que no dia que fui na farmácia popular pegar a pomada, não tinha.
Tocou profundamente na ferida! E ainda não disse tudo! Parabéns Sibele por não levantar a bandeira da Marisa!
Isso mesmo Sibelle, tudo continua como antes, ou pior. Postos de saúde com muitos profissionais com um péssimo atendimento, consultas e exames que demoram uma eternidade, academia da cidade parada, ruas esburacadas, professores com salários e direitos retirados e um sindicato morto, uma câmara de vereadores vergonhosa, apoiada em conveniência e que nunca representou o povo…
Do vice não se tem notícia e a participação do grupo de Joseph é incipiente.
Uma verdadeira decepção esse governo de Suzana e ela se achando colocando outdoors na cidade aplaudindo a si mesma pela eleição do filho, uma criatura que ninguém nunca ouviu falar zero representação e serviço prestado, empurrado goela abaixo. Zona azul sendo cobrada de moradores da própria rua, não se fala de prestação de contas. Do saae e mercado do produtor nada de prestação de contas. Bairros: abandonados…
Triste cidade….. mas vai ficar na história como Sibelle falou, uma governante insensível e calculista, satisfeita com os velhos e carcomidos acordos da política medíocre, mesquinha e sem espírito público há muito praticada nessa terra, principalmente nos últimos anos.