Por falta de coveiro, família de escritor juazeirense passa constrangimento no Cemitério Central de Juazeiro; situação se repete

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Mais uma família passa constrangimento no Cemitério Central de Juazeiro, Norte da Bahia, na hora do sepultamento de um ente, por falta de coveiro.

Desta vez, foi a família do professor e escritor juazeirense Charles Muniz Duarte, que morreu na manhã desta sexta-feira (24), aos 98 anos.

Quando o cortejo fúnebre chegou ao cemitério e após as homenagens de despedia, não havia coveiro para fechar o túmulo, contaram amigos que acompanhavam o sepultamento.

“Foi um constrangimento. Amigos e pessoas da família enlutada atrás de um coveiro para fechar a sepultura. Quase meia hora para encontrar um coveiro. Uma falta de respeito muito grande”, contou um amigo.

Segundo uma fonte do PNB, o único coveiro que tinha no cemitério estava realizando outro sepultamento.

“Falta de administração, de organização e de respeito. Se tinham dois enterros programados para tarde de hoje deveria ter providenciado um servidor. As famílias juazeirenses estão abandonadas até na hora da morte”, protestou outro amigo da família que acompanhava o sepultamento.

Outro caso

No último dia 15 de março, uma leitora do PNB entrou em contato com nossa redação para falar de um episódio constrangedor que aconteceu durante o sepultamento de um familiar dela no Cemitério Central de Juazeiro.

Ela contou que chegando ao cemitério e após as despedidas dos familiares, não havia coveiro para fechar o túmulo.

“O túmulo é daqueles de gaveta e não cova. Ao chegarmos no cemitério a gaveta já estava aberta. O caixão foi colocado próximo para as últimas despedidas. Os filhos e netos abalados. Quando terminou toda a cerimônia de despedida da família, cadê o coveiro pra fechar? Não tinha nenhum acompanhando a família naquele momento de dor”, relatou.

Familiares e amigos ficaram esperando, enquanto uma filha do senhor falecido foi atrás de ajuda, contou a leitora.

“Eu acompanhei uma das filhas do falecido pelo cemitério atrás de um coveiro. Rodamos pelo cemitério, já que essa sepultura fica lá no fundo. Encontramos um local que é tipo um escritório, a porta estava fechada no cadeado. Umas mulheres que estavam ali informaram que era do outro lado do cemitério. Quando chegamos lá não tinha coveiro e somente um rapaz que se zangou quando eu disse que ‘o cemitério estava cada dia pior’. Mesmo assim, ele subiu em um túmulo e começou a gritar o coveiro que estava abrindo outra cova do outro lado. Quer dizer, funcionários com excesso de trabalho, sem ninguém lá para administrar, para coordenar”, analisou.

Ela ainda criticou a limpeza do espaço e questionou a administração: “Tudo abandonado! Muita sujeira, o mato tomando conta. As pessoas com dificuldade de chegar até o túmulo. Quem é o administrador desse cemitério? Antigamente a gente chegava, tinha organização, os coveiros estavam a postos para o sepultamento. Não há uma relação dos sepultamentos marcados para o dia? Para que os coveiros possam dar uma mínima assistência a família? Terminar um enterro e seguir para outro? Uma desorganização e desrespeito com as famílias em um momento de muito sofrimento. Foi um constrangimento ter que sair correndo atrás de coveiro. Poucos funcionários, falta de administração, nem um guarda tem para receber as famílias enlutadas. Concluindo, falta gestão em todos os espaços. Nem os cemitérios escapam da incompetência desta gestão. Fica minha indignação”, concluiu a cidadã.

 

Redação PNB 

 

 

1 COMENTÁRIO

  1. É revoltante tanto descaso com as pessoas!!!
    Além desse problema da falta do colaborador para execução das tarefas, o cemitério sempre está em estado deplorável…MATO, MATO, falta de organização total.
    Interessante que todo pedacinho que é limpo na cidade, sempre serve de propaganda como se não fosse obrigação…

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