Profissionais da educação do município de Juazeiro, no norte da Bahia, estão neste momento na Câmara de Vereadores aguardando a votação do Projeto de Lei que garante o reajuste salarial da categoria. Porém, de acordo com o presidente da APLB Sindicato, Gilmar Nery, até o momento a gestão não enviou a proposta para o poder legislativo.
“Estava tudo acertado para a votação do projeto acontecer hoje na Câmara, visto que os mês já está acabando, e dia 30 é a data para o pagamento dos trabalhadores em educação, como também dos aposentados. Porém, a gestão municipal ainda não enviou o projeto a câmara para ser votado. O que está faltando? Os vereadores e os profissionais da educação estão aqui aguardando para acompanhar essa votação e até o momento a gente não teve notícia de que esse projeto chegou. O governo silenciou de vez. Não já está tudo acordado entre a gestão e a APLB? Inclusive o projeto passou por uma assembleia e foi votado por unanimidade. Então por que que esse projeto não está aqui ainda? É uma falta de respeito com os profissionais de educação de Juazeiro. Essa é a indignação dos trabalhadores da educação. Só vamos sair daqui depois que esse projeto chegar para ser votado. Queremos o reajuste do piso nacional dos trabalhadores da educação. Já se passaram quatro meses, e até agora nada”, criticou Gilmar Nery.
Na última quinta-feira (13), em entrevista ao PNB, o diretor da APLB já havia reclamado da morosidade para a votação do projeto.
“Como todos sabem, nós firmamos negociação e acordo com o município e levamos para a Assembleia uma proposta que foi aprovada e que agora só falta o município enviar o projeto que foi aprovado e esse projeto deveria já ter sido encaminhado para a Câmara de Vereadores, inclusive, para que os salários dos aposentados já estejam com o reajuste. Então, nós estamos muito preocupados porque foi aprovado pela categoria e a categoria fez o seu papel. Precisa agora que o município também cumpra com o seu papel, que é o de agilizar. Eu acho que é uma morosidade, uma lentidão na elaboração desse projeto. Todos os dias, desde o início da semana passada, que a gente vem pedindo o encaminhamento desse projeto, e a resposta que nós temos é que está sendo elaborado, que a minuta está sendo feita pelo gabinete e até agora nada. A gente tá aí apreensivo, sem saber se o projeto já está pronto ou não. Nós estamos atentos e cobrando todos os dias do poder público municipal, do secretário da Educação, da Prefeitura de Juazeiro e de toda sua equipe, no sentido de agilizar, de acelerar o encaminhamento desse projeto à Câmara de Vereadores para ser votado, para que os trabalhadores possam sim ter o reajuste que já demorou demais. Desde janeiro foi acordado 9% retroativo a este mês. Esse reajuste é linear, tem que ser na carreira. Acordamos que 3% vão ficar para o mês de outubro e 3% para o mês de novembro”, informou Gilmar na ocasião.
Na última sexta-feira (14), um grupo de professores realizou uma manifestação em frente ao prédio da Secretaria de Educação e Juventude para cobrar o reajuste de 14,95% do piso salarial. Eles criticaram a proposta apresentada pela gestão municipal e exigiram o pagamento retroativo.
“O Governo Federal repassou o reajuste de 14,95% aos professores, mas o Secretário de Educação de Juazeiro prometeu um reajuste de 15%, porém, de forma inédita. A promessa foi de pagar agora 9% com retroativo, mais 3% em setembro, e mais 3% em novembro, porém, esses últimos 6% sem o retroativo”, declarou uma educadora na ocasião.
Redação PNB