Casos de crianças com doenças respiratórias crescem em Juazeiro e Petrolina, no Vale do São Francisco

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Nos últimos meses, as emergências de saúde dos municípios de Juazeiro, no Norte da Bahia, e Petrolina, no sertão de Pernambuco, têm registrado um aumento no número de pacientes com doenças respiratórias. A situação é semelhante em quase todo o país.

Entre os pacientes, a maioria é de crianças. Em Juazeiro, segundo dados da Secretaria de Saúde, no momento 21 crianças estão internadas na Unidade Pediátrica do Município, sendo que destas, 13 estão com síndromes respiratórias.

A Sesau reforça que a Unidade Pediátrica é para atendimento de baixa complexidade com o objetivo de estabilizar os pacientes. Os casos graves são regulados para outros hospitais, através da Central de Regulação Interestadual de Leitos.

Na rede privada, a Unimed Vale do São Francisco informou que vem priorizando o atendimento, visando garantir que todos recebam os cuidados adequados de acordo com a gravidade de cada caso.

No Hospital Unimed Juazeiro estão sendo atendidos os casos leves e moderados que necessitem de atendimento médico, prescrição de medicamentos rápidos, receitas e atestados médicos, a exemplo de sintomas como febre leve, tosse e coriza.

Em Petrolina,  o Dom Malan registrou aumento de 81% dos casos de doenças respiratórias nos pacientes atendidos no Pronto Socorro Infantil (PSI) no mês de abril, comparado a março deste ano. No mês passado, 3.840 pacientes apresentaram sintomas de doenças respiratórias. Em março foram 2.952 pacientes com os sintomas.

No Hospital Unimed Petrolina, os profissionais de saúde estão atendendo os casos mais graves que requerem internação. “Se a criança apresentar sinais de alerta como dificuldade para respirar, coloração azulada na pele, dor ou pressão persistente no peito ou abdômen, confusão mental, vômitos intensos ou persistentes, incapacidade de se hidratar adequadamente, febre alta que não melhora com medicamentos ou piora dos sintomas após uma aparente melhora, a recomendação é levar imediatamente para esta unidade”, orienta a direção da unidade.

Em toda a Bahia, até o último dia 08 de maio, foram notificados 3.350 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Desse total de casos, 369 foram confirmados para Covid-19, segundo a Secretária de Saúde do Estado, 259 casos para Influenza, 760 para outros vírus respiratórios, 22 para outro agente etiológico. Em 1.587 casos não foi identificado o agente etiológico e 353 estão em processo de investigação/em branco. Foram registrados 208 óbitos.

A Sesab detalhou ainda que entre os vírus respiratórios que ocasionaram os casos de SRAG em 2023, com exceção do vírus da Covid-19, destacam-se o Vírus Sincicial Respiratório, o Rinovírus, Influenza B e Influenza H1N1. O maior coeficiente de incidência foi verificado na faixa etária de menores de um ano de idade.

Em Pernambuco, no último dia 8, 77 crianças com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) estavam na fila de espera por uma vaga em UTIs pediátricas. De acordo com a secretaria, as crianças levam, em média, cinco dias até conseguirem um leito, ficando internadas em salas vermelhas.

Segundo a promotora de Saúde da Capital, Eleonora Marise Rodrigues, o Ministério Público tem monitorado a situação junto ao governo do estado, elaborando junto com a SES-PE um plano de ação para garantir o atendimento às crianças.

Orientações

Especialistas ressaltam que doença respiratórias são comuns nesse período com a chegada do outono e as mudanças climáticas. O período se estende até o final de junho, quando termina o outono no Brasil e pode continuar no inverno que começa em junho e vai até setembro com temperaturas mais baixas.

A pediatra do HDM orienta sobre redobrar os cuidados com os recém-nascidos e crianças, pois os vírus são transmitidos de pessoa a pessoa pelo contato direto com gotículas respiratórias eliminadas pela tosse, espirro ou fala, ou de forma indireta pelo contato com superfície e objetos contaminados. “Um hábito simples e que ajuda a evitar doenças como essas é lavar e higienizar as mãos antes de manusear objetos das crianças e tocar nelas, evitar a exposição das crianças em aglomerações e até mesmo evitar ir ao pronto socorro infantil se não for necessário. E é muito importante lembrar da imunização. É preciso manter a vacinação em dia das crianças para aumentar a imunidade, ” ressalta Dra. Tatiana.

Já o diretor técnico do Hospital Unimed Petrolina, Lucyo Flávio Diniz, declarou que a orientação principal é com relação a adoção de medidas de isolamento para os pacientes com sintomas de infecção respiratória. “Devemos manter a criança sintomáticas em casa e evitar locais públicos, como escolas e parques; Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos, especialmente após tossir ou espirrar; Ensine as crianças a tossir ou espirrar no cotovelo ou em um lenço descartável; Evite o contato próximo com pessoas doentes; Mantenha os ambientes ventilados e limpos”.

Redação PNB

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