Alunos do Colégio Municipal Paulo VI, em Juazeiro, no norte da Bahia, seguem sendo impedidos de entrar na instituição sem o fardamento escolar completo. A denúncia voltou a ser enviada ao Portal Preto no Branco por responsáveis pelos estudantes.
Desta vez, a nossa redação foi procurada por uma mãe de uma aluna, que criticou a proibição indevida.
“Na escola Paulo VI os alunos que não estão indo com o fardamento completo estão sendo impedidos de entrar e assistir aula. Esse fardamento somos nós pais que temos que comprar. No ano passado a direção da escola chegou a pedir o tamanho de blusa, calça e até tênis dos alunos, dizendo que iria distribuir o fardamento, mas os alunos nunca receberam esse uniforme. Neste ano, mandaram os responsáveis comprar a blusa e a calça que custa 75,00 reais, mas infelizmente nem todos os pais tem condições de comprar. Então acho muito injusto não deixar a criança entrar pra assistir aula por conta disso”, declarou.
Ela contou ainda que nesta sexta-feira (26), flagrou alguns alunos sendo barrados na portaria da escola, e cobrou providências a Secretaria de Educação e Juventude de Juazeiro.
“Presenciei hoje, ao levar minha filha, a cena do porteiro mandando algumas crianças voltarem para casa por conta da falta do fardamento. Com grosseria, ele dizia que não deixaria nenhum aluno entrar com calça cor clara ou sem fardamento. Lembrando que esses dias estão chuvosos e tem criança que só tem uma calça jeans pra ir a escola, então se essa calça não seca, ela perder aula. Essa proibição é um absurdo. Sem falar que a direção da escola não mandou nenhum comunicado para os pais informando que não seria mais permitido a entrada sem fardamento ou calça escura. Se a escola quer tanto que as crianças estejam fardados porque não dá a farda? Acho isso um absurdo. Já que a Seduc diz que isso não foi imposto por eles, então que tomem providências, porque crianças estão perdendo aula por conta dessa bendita farda”, acrescentou.
Encaminhamos a reclamação para a Secretaria de Educação e Juventude de Juazeiro. Em resposta , a Seduc esclarece que “vai apurar a denúncia e não indica nenhum local para a compra de fardamento escolar, assim como não é orientação da Secretaria e nem da Escola Municipal Paulo VI impedir a entrada dos alunos nas unidades ensino, devido à ausência do fardamento”.
Outra reclamação
No último dia 16, o pai de um aluno já havia denunciado a situação.
“Meu filho foi impedido de entrar na escola ontem, porque não estava com a calça da escola. Ele estava com a blusa da farda e outra calça. Porém, a diretora deu uma ordem na portaria, para só deixar entrar os alunos que estão com o fardamento completo. Além de meu filho, outros alunos também foram barrados. É inadmissível um aluno não entrar na escola por conta disso. Por isso gostaria de saber se a escola tem esse direito”, contou na ocasião.
Na época, o pai do aluno contou ainda que a direção da escola estava determinando o local onde o fardamento dos alunos devem ser comprados.
“Eles querem que os alunos comprem o uniforme onde eles estão indicando. Isso não existe. A gestão municipal é quem deveria ter a obrigação de distribuir fardamento para os alunos, como é feito em outros municípios”, acrescentou.
Na ocasião a Seduc informou que “não é orientação da instituição impedir a entrada dos alunos nas unidades ensino, devido à ausência do fardamento, que não indica nenhum local para a compra de fardamento escolar” e que iria apurar a denúncia.
Redação PNB
