“Ela está muito mal”: Familiares de uma criança de 3 anos acusam equipe da emergência de saúde de Remanso de suposto erro médico e cobram assistência especializada para a paciente

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Uma família que reside em Remanso, no Norte da Bahia, acusa a equipe que atua na emergência de saúde do município de suposto erro médico durante o atendimento a uma criança de apenas 3 anos. Em contato com o PNB, o avô de Maria Heloyse Rodrigues contou que a menina sofreu duas paradas cardíacas após receber alguns medicamentos.

“Ela deu entrada na emergência no dia 30 de maio com febre e com a garganta inflamada. Lá ela tomou dipirona e teve convulsões. Depois o médico disse que ela teria que ser intubada e deu uma dose muito alta de Diazepam. Por conta disso, ela teve duas paradas cardíacas. Ela chegou a ser levada para uma sala vermelha, mas depois deixaram ela em uma sala sem a mínima estrutura, apenas com um oxigênio”, contou Gilvan Baiano de Brito Júnior.

A família da criança explicou ainda que após diversas reclamações, devido ao tratamento recebido pela paciente, a menina recebeu alta hospitalar no domingo ( 04), mas nesta segunda-feira, o familiar voltou a fazer contato com nossa redação e informou que a “menina está passando muito mal e vai retornar a emergência”.

“Como ninguém tomou providência, a menina está passando mal de novo e vai voltar para a emergência. Vamos pedir pra ver se conseguem uma internação em Petrolina ou em outro lugar de Pernambuco. Ela está muito mal”, relatou.

A bisavó e responsável pela criança contou ainda que Maria Heloyse está com sequelas devido as medicações que recebeu na unidade de saúde de Remanso e precisando de atendimento de urgência com um especialista.

“Devido a situação que ela passou, até hoje ela não consegue abrir os olhos totalmente. Ela treme a cabeça agora e não fazia isso antes. Ela também não está conseguindo mais olhar direito para as pessoas. Ela não está bem. Estamos em busca de uma consulta com um cardiologista, pois ela sofreu duas paradas cardíacas. Além disso, ela também precisa ser atendida por um neuropediatra, pois precisamos saber o que realmente aconteceu com ela, e qual o real estado de saúde dela”, declarou Raimunda Rodrigues.

Ela criticou ainda que não está recebendo assistência da Secretaria de Saúde do município, e que já denunciou o caso ao Ministério Público.

“O Secretário de Saúde disse que a prefeitura não tem convênio e por isso não podia marcar consultas com o cardiologista e com o neuropediatra para Maria Heloyse. Além disso, os médicos não querem me dizer o que foi que aplicaram ela. Eles só falaram de dois medicamentos que são o Diazepam e Gardenal, mas não falaram quais foram os outros dois, pois já haviam dito que ela tinha tomado quatro medicações. Além disso, não me deram o prontuário dela. Eu já pedi, mas eles não me mostram. Já denunciamos o caso no MP “, acrescentou a bisavó.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o Secretário de Saúde de Remanso, negou as acusações. De acordo com ele, a versão narrada pelos familiares da criança não condiz com a verdade.

De acordo com o secretário, ao chegar a unidade de saúde, a família da menina, que já apresentava problemas neurológicos, relatou que ela já havia apresentado convulsões em casa devido ao quadro febril. Ele disse ainda que inicialmente a menina foi encaminhada para a sala vermelha, onde recebeu toda assistência médica e após melhora, foi transferida para um leito de enfermaria da unidade, onde passou por exames.

O Secretário afirmou ainda que a gestão municipal já marcou uma consulta com um neurologista para o próximo dia 08. Veja o vídeo:

Encaminhamos as reclamações para a Prefeitura Municipal de Remanso e aguardamos uma resposta.

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