Alunos da rede municipal de Juazeiro seguem sem aula após EPIC dispensar funcionários das escolas municipais por falta do repasse; Seduc responde

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Alunos que estudam em escolas municipais de Juazeiro, no Norte da Bahia, continuam sem aulas nesta sexta-feira (25). As atividades das instituições de ensino foram interrompidas nessa quinta-feira (24), após a empresa EPIC, contratada da prefeitura, dispensar os funcionários devido a falta de repasse por parte da Secretaria de Educação e Juventude.

Ao PNB, os profissionais informaram que fora orientados a não irem trabalhar até “segunda ordem”. Entre os funcionários dispensados estão: agentes de portaria, Auxiliares de Serviços Gerais e merendeiras, trabalhadores essenciais para o funcionamento das escolas.

“Hoje, mais uma vez, nossos filhos não puderam ir para a escola. Nenhuma escola do município funcionou nesta sexta-feira. Mas uma vez os alunos estão sendo prejudicados por conta da gestão municipal. Até quando as escolas vão ficar fechadas?”, questionou um mãe de alunos.

Também em contato com o PNB, uma funcionária relatou que a informação é que uma nova empresa irá assumir as atividades

“Ficamos sabendo que outra empresa vai assumir. Já é a terceira empresa assumir esses serviços. Queremos saber como ficará nossa situação”, questionou.

Encaminhamos as reclamações para a Secretaria de Educação e Juventude de Juazeiro. Em resposta, a Seduc informou apenas que “trata-se de uma resolução administrativa que está remanejando funcionários de uma fonte pagadora para outra. Ou seja, alguns sairão da EPIC e serão admitidos de outra forma”.

Outras reclamações

Ainda na quinta-feira, a direção de algumas escolas chegou a avisar aos responsáveis pelos alunos, mas alguns estudantes voltaram da porta das unidades escolares.

“Meus filhos estudam a tarde na rede municipal e ao meio dia informaram no grupo de pais que não haveria aula por conta que os funcionários da empresa que presta serviços de portaria não iriam trabalhar. Perguntei se era falta de pagamento e os gestores da escola não quiseram falar, nem ao menos tiveram um justificativa do por quê. Então, muito provável que por falta de pagamento. Perguntei se amanhã teria aula e também não sabem ainda informar”, relatou uma mãe de aluno da Escola Judite Leal Costa

“Escolas sem aula e alunos prejudicados, mais uma vez, por conta de atrasos de pagamento pela Secretaria de Educação”, protestou outra mãe.

“As aulas também foram suspensas na Escola Helena Celestino. Os funcionários ficaram assustados, mas o supervisor da empresa chegou de surpresa e mandou todos embora. Difícil viu, daqui pra frente é só pra trás”, ironizou uma mãe da instituição.

“Meus dois filhos foram para a escola e voltaram. Sem o pessoal de apoio, não tem aula, não existe escola. A gestão de Suzana Ramos é inimiga da educação”, criticou um pai da rede municipal.

Dispensados

Em contato com o PNB, alguns trabalhadores da empresa EPIC, contratada da Prefeitura de Juazeiro, no Norte da Bahia, e que atuam em escolas municipais afirmaram que a situação foi provocada devido ao atraso no repasse da verba por parte da gestão municipal. Eles informaram ainda que foram dispensados dos seus postos de trabalho, sem previsão de retorno.

“O supervisor foi até as escolas mandando todos os funcionários da EPIC embora e não voltar até segunda ordem. A justificativa que deram é que a folha de pagamento fecha no dia 20 e até o momento a prefeitura não repassou a verba. Por conta disso, mandaram os funcionários embora, para não acontecer o atraso do salário e a empresa ser multada futuramente”, contou uma funcionária.

Redação PNB

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