Com prazo para deixar seu estabelecimento no Arco da Ponte, orla II de Juazeiro, comerciante critica falta de planejamento para a obra da Travessia Urbana: “É uma desorganização tremenda”; ainda não definiram para onde vão os estabelecimentos do local

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Trabalhando há 32 anos na região dos “arcos da ponte”, orla II de Juazeiro, Norte da Bahia, o comerciante Ricardo Reis foi pego de surpresa na última terça-feira (19) com a informação que teria que deixar o local nos próximos dias. Em contato com o Portal Preto no Branco nesta quarta-feira (20), o proprietário do tradicional “Rei do Caldo” contou que recebeu da empresa responsável pela obra da Travessia Urbana um prazo de cerca de 10 dias para realocar o seu estabelecimento. O empresário emprega mais de 30 trabalhadores.

“Há um mês, eu procurei o pessoal de DNIT para saber quando a obra da Travessia Urbana iria chegar aqui no arco da ponte. Na época, o diretor do DNIT me garantiu que só começariam a trabalhar aqui dentro de oito meses a um ano. Porém, na terça, o engenheiro da construtora que está realizando a obra veio até o meu estabelecimento e disse que eu precisava sair do meu comércio, pois eles iam mexer na descida da ponte. Eu perguntei qual era o prazo e ele me disse que eu precisava sair em torno de dez dias”, relatou.

Ricardo Reis acrescentou ainda que o prazo dado pela empresa para que ele deixe o arco da ponte é inviável.

“Eu disse que não tinha chance nenhuma, porque eu não vou pegar minhas mesas, botar na cabeça, ir para debaixo de um pé de pau e ficar lá funcionando. Isso é sem chance. Eu aluguei um ponto em outro local, mas ainda vou começar a mexer no imóvel. Eu não posso sair daqui de uma hora para outra e ir para lá. É uma desorganização tremenda. Eu acho que eles não têm programação de nada, não têm cronograma, ficam mexendo em um canto, mexendo no outro e terminam complicando a situação”, criticou.

O proprietário do Rei do Caldo reclamou ainda da falta de diálogo da gestão municipal com os permissionários que possuem comércios no arco da ponte

“O engenheiro da empresa estava com uma equipe da SEMAURB e eu questionei o que vão fazer com os outros comerciantes que trabalham embaixo da ponta. Aqui tem 34 permissionários. Vão relocar eles para onde? Não existe diálogo com a prefeitura. A prefeitura não vem aqui, não faz um cadastro dos permissionários. A prefeitura só aparece  para cobrar imposto e normas da vigilância sanitária, mas não para orientar e apoiar os comerciantes. Não existe uma solução para um problema que está iminente. Começou a mexer comigo agora e vai mexer com esses outros 34 também. Então é uma situação muito difícil”, finalizou.

Encaminhamos a reclamação para a empresa responsável pela Travessia Urbana e para a Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano de Juazeiro (Semaurb). Até o momento, não recebemos resposta.

Redação PNB

9 COMENTÁRIOS

  1. O local, arcos do viaduto, é de importância estrutural para a obra (ponte e viaduto) de princípio de propriedade da união. Não Cabe reclamar agora da retirada dos comerciantes do local. Que foram para lá quando saíram dos barracos que ficavam no antigo ponto final de ônibus urbano.

  2. As vezes é melhor não dar oportunidade a algumas pessoas, sabem que estão em local impróprio e improvisado, foram avisados com antecedência e ainda temos que ler esses absurdos.

    Só concordo com a parte em que a prefeitura é desorganizada, ah isso é, porque eles já deveriam ter providenciado uma solução.

  3. Descaso total, tem que colocar rédeas curtas nesse estado e município chamado Bahia e Juazeiro, muito imposto e pouco projeto social, mais vai ter de mudar Oi vai ser o povo contra o estado e uma guerra civil vai estourar!

  4. Clodoaldo, acredito que está falando de algo que não tenha conhecimento, direitos e deveres!
    Como brm colocou a Letícia, ninguém pode deixar o seu comércio do dia para a noite… a saída desses comerciantes devem ser pautada pelos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, para que não firam o tão supremo princípio da legalidade, que, depois disso tudo, a supremacia do poder público sobre o privado possa prevalecer.
    Acredito que a prefeitura e representantes do Governo vão repensar a melhor medida para a retirada desses comerciantes. Questão de bom senso, independente de Lei.

  5. O dnit e do governo federal, ficam toda hora falando que sao os responsáveis pela obra , ai agora que vao tirar o povo querem colocar a culpa na prefeitura?

  6. Acho que Caberia também a prefeitura uma preocupação cabível a estes comerciantes, não é só assim, vai sair e pronto. Não entendo muito sobre mas!

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