Após críticas de um leitor do PNB que, em contato com nossa redação nesta terça-feira (23), protestou contra a mudança de endereço do CAPS- Centro de Atenção Psicossocial/Ambulatorial de Juazeiro, a Secretaria de Saúde, procurada por nossa redação, se manifestou em nota.
Ele contou que o órgão, que funcionava na Rua Antônio Pedro, centro da cidade, foi transferido para o bairro Centenário, o que dificulta o acesso dos usuários do serviço de saúde mental.
A Secretaria de Saúde (Sesau) informou que “comunicou com antecedência aos usuários sobre a mudança de endereço do Ambulatório de Saúde Mental, que atualmente funciona na Rua Alameda Buguenvile, bairro Centenário. A Secretaria reforçou ainda que o local foi escolhido por ter um espaço mais amplo e melhor estrutura para atender todos os usuários encaminhados pela rede municipal de saúde”.
Reclamação
“O CAPS Ambulatorial de Juazeiro, que funcionava na rua Antônio Pedro, foi mudado, em questão de semanas atrás, para o bairro Centenário. Fica difícil para os pacientes se deslocarem dos seus bairros para o bairro Centenário. A maioria não tem dinheiro para pagar ônibus. É muito contramão, muito distante, pois lá cuida de pessoas com transtornos mentais. Fica distante do terminal de ônibus, de tudo. São pessoas que usam remédios controlados, muitos ficam dopados, e não têm como sair dos seus bairros distantes, como Quidé, João Paulo II, Dom José Rodrigues, Tabuleiro, Itaberaba para ir ao CAPS, pois passam por pistas, sozinhos, arriscado a ser atropelados, ou mesmo quem anda acompanhado, passa por dificuldades. É muito distante, uma coisa que deveria ser centralizada, como era anteriormente. A prefeitura errou feio nesta mudança. Com certeza não foi falta de casa para alugar mais para o centro da cidade. A prefeitura tem que providenciar isso com urgência. Deveriam, antes de alugar a casa, pensar no acesso aos pacientes”, avaliou.
Ele acrescentou ainda que não houve comunicação sobre a mudança de endereço e muitos pacientes estão sendo prejudicados e reclamou também da falta de contato telefônico com o serviço.
“Isso não foi comunicado a ninguém. Então os usuários estão indo para o endereço anterior, na Rua Antônio Preto, chegando lá informam que mudou, e eles saem atrás do órgão no bairro centenário. Fica difícil, pois a pessoa que sofre problema mental, com remédio controlado, não sabe nem andar direito pra procurar o bairro centenário, quando deveria ser centralizado. Tem outros CAPs que ficam muito longe também, como o CAPs 2, atrás do batalhão, totalmente descentralizado. Pra completar, eles esquecem a data das consultas, querem manter contato com o CAPs, e não existe telefone para contato. Nenhum CAPs tem telefone para contato. Os postinhos, as UBS, tudo bem, cada bairro tem o seu, mas nenhum postinho tem telefone também. Contato é zero”, concluiu.
Redação PNB