Feitos inéditos foram alcançados nas olimpíadas de Paris. Na quinta-feira (1), o brasileiro Caio Bonfim conquistou a primeira medalha para o Brasil na marcha atlética 20 km, ficando em segundo lugar ao final da prova e conquistando a prata. O atleta esteve durante boa parte da prova liderando a competição e brigando pelo ouro até os últimos metros.
Essa participação nos jogos olímpicos marcou o melhor resultado do Caio em sua carreira, com 1h19m09s ele concluiu a prova, apenas 14 segundo atrás do primeiro colocado. Ele esteve presente nas edições olimpíadas de Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2021 e apenas nas olimpíadas do Rio 2016 o brasileiro concluiu a prova na posição mais próxima do pódio, em quarto lugar. Na sua quarta olimpíada, aos 33 anos, Caio Bonfim consegue seu melhor resultado e faz história.
“Eu queria, eu entreguei o meu melhor todos os dias, todas as voltas, todos os momentos, todos os treinamentos deste ciclo olímpico curto de três anos para que eu passasse antes da minha chegada olhar para trás e falar: “cara, eu entreguei”. Tudo que eu podia entregar. Tomara que seja suficiente, e graças a Deus foi. Eu estava com duas faltas ali no final, então pra mim não importava”, Caio Bonfim em entrevista após ganhar a prata.
Assim como Caio Bonfim, outros atletas estão fazendo história em Paris. Hugo Calderano é um deles. O brasildeiro Tricampeão em Jogos Pan-americano (Toronto 2015, Lima 1019, Santiago 2023), chegou à semifinal do tênis de mesa e vai em busca de uma medalha inédita para o Brasil.
O mesatenista ocupa a sexta colocação do ranking mundial e já entrou para a história da modalidade no Brasil. Aos 20 anos estreou em olimpíadas na Rio 2016, e igualou a melhor marca de um brasileiro na competição, alcançando as oitavas de final, a marca era de Hugo Hoyama em 1996, no ano em que Calderano nasceu.
Nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, uma nova marca foi alcançada pelo atleta, nesta edição ele chegou às quartas de final da competição, estabelecendo um novo recorde para a história do tênis de mesa brasileiro.
Em Paris, o tricampeão pan-americano chegou à semifinal contra o sueco Truls Moregard, mas o sueco levou a melhor, vencendo o Brasileiro por 4 sets a 2. Mesmo com a derrota, Calderano conquistou mais um resultado inédito chegando à semifinal de uma olimpíada, superando sua própria marca estabelecida em Tóquio.
A participação do mesatenista não acaba com essa derrota, Hugo Calderano ainda disputa pela medalha de bronze, no domingo (4). O brasileiro enfrenta o francês, Félix Lebrun, o quinto melhor mesatenista do mundo. Há grande expectativa que o Calderano supere o Lebrun, alcance mais um feito e se torne o primeiro mesatenista brasileiro a ganhar medalha em jogos olímpicos.
Rayza Rocha/Estudante de Jornalismo pela Universidade do Estado da Bahia- Estagiaria PNB