Acabou sem acordo a reunião de negociações entre o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e servidores realizada nesta sexta-feira (9). A greve continua. Na mesa, foi discutido o reajuste salarial de 33% até 2026 e a valorização da carreira de técnico do Seguro Social, pedida pelos grevistas.
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos propôs uma reestruturação das carreiras do Instituto, que tem até o dia 16 para apresentar a resposta dos servidores.
“A proposta garante ganho acumulado de 2023 a 2026 de 28,3% para os níveis superior e intermediário e de 24,8% para o nível auxiliar. Foi reafirmado que o prazo final para fechamento de acordo é a próxima sexta-feira, dia 16”, afirmou o MGI à Folha.
A paralisação ocorre desde 10 de julho e já começou a impactar atendimentos presenciais, análises de requerimentos e outras atividades realizadas pelo órgão. De acordo com os sindicatos, são recebidos 1 milhão de pedidos de benefício mensalmente.
Atualmente, o instituto conta com quase 19 mil servidores em todo o país, distribuídos em 15 mil técnicos, responsáveis por quase todos os serviços do órgão, e 4.000 analistas.
A paralisação impacta o público diretamente, na análise e a concessão de benefícios como aposentadorias, pensões e BPC (Benefício de Prestação Continuada), de recursos e revisões e de atendimentos presenciais (exceto perícia médica).
O pente-fino em auxílios, com o qual o governo federal espera economizar R$ 6,6 bilhões para cumprir o arcabouço fiscal em 2025, também é afetado, segundo os representantes dos trabalhadores. Segundo a Fenasps, mais de 400 agências do INSS, presentes em 23 estados e no Distrito Federal, estão fechadas ou funcionando parcialmente.
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