PNB

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Papa Leão XIV pede fim de ‘guerra de palavras’ e libertação de jornalistas presos no mundo

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O papa Leão XIV pediu o fim de uma polarizadora “guerra de palavras” e a libertação de jornalistas presos ao redor do mundo durante o primeiro encontro com jornalistas da imprensa mundial no Vaticano na manhã desta segunda-feira (12).

Em pronunciamento aos jornalistas, o pontífice pediu que a mídia aja contra a polarização no mundo, e ressaltou a importância da comunicação para promover a paz e “contar a verdade”.

“A paz começa com cada um de nós, com a forma como olhamos para os outros, ouvimos os outros e falamos sobre os outros. Nesse sentido, a maneira como nos comunicamos é de importância fundamental. Precisamos dizer não à guerra de palavras, de imagens”, afirmou Leão XIV.

Segundo Leão XIV, os jornalistas têm um importante papel ao narrar as guerras e injustiças, e é necessário discernir qualquer comunicação do extremismo e do ódio. O pontífice pediu uma comunicação capaz de escuta e de capturar a voz daqueles que não a têm.

O pontífice também voltou a falar sobre a Inteligência Artificial e pediu que a tecnologia seja usada com “responsabilidade e discernimento” na comunicação.

O encontro de Leão XIV com a mídia ocorreu em um momento de grande cobertura da mídia mundial no Vaticano por conta do conclave. Ele foi ovacionado pelos jornalistas presentes em alguns momentos e cumprimentou jornalistas ao terminar sua fala.

Leão XIV pediu ainda a libertação de jornalistas presos ao redor do mundo e ressaltou a solidariedade da Igreja Católica com essas pessoas.

“O sofrimento dos jornalistas presos desafia a consciência das nações e da comunidade internacional, convocando todos nós a salvaguardar o precioso dom da liberdade de expressão e de imprensa”, afirmou Leão XIV.

A organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) calcula que em 1º de dezembro de 2024 havia quase 550 jornalistas presos no mundo e outros 55 que estavam sequestrados.

G1

Imposto de Renda 2025: o que acontece se eu não declarar?

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IMPOSTO DE RENDA 201,Declaração IRPF 2019

Multa, nome sujo, CPF irregular e, dependendo do caso, até prisão. A lista de consequências para o contribuinte que não prestar contas à Receita Federal é grande e pode trazer dores de cabeça para aqueles que optarem por atrasar a entrega ou não enviarem a declaração do IR 2025.

O prazo para declaração começou no dia 17 de março e vai até 30 de maio.

Confira abaixo a lista de consequências para atrasos na entrega.

Multa por atraso

Segundo informações do Fisco, no caso de apresentação da declaração após o prazo previsto ou da não apresentação do documento, o contribuinte que é obrigado a declarar fica sujeito ao pagamento de multa por atraso, calculada da seguinte forma:

  • Multa de 1% ao mês ou fração de atraso, calculado sobre o valor do imposto devido na declaração, ainda que integralmente pago, até um teto de 20%;
  • Multa mínima de R$ 165,74 (apenas para quem estava “obrigado a declarar”, mesmo sem imposto a pagar)

Aqueles que não são obrigados a entregar a declaração de ajuste anual não estão sujeitos à cobrança dessa multa. São eles:

  • Aposentados e assalariados que receberam abaixo de R$ 33.888,00 em 2024;
  • Pessoas que têm doenças consideradas graves (nesses casos, é necessário apresentar laudo médico para solicitar a isenção);
  • Pessoas com rendimentos de aposentadoria, pensão ou reforma.

O atraso começa a ser contado pela Receita Federal a partir do primeiro dia após o fim do prazo de entrega.

De acordo com o Fisco, aqueles que não fizerem a declaração e não pagarem a multa dentro do prazo de vencimento, também poderão ter a dedução desse valor nas restituições futuras, com os respectivos acréscimos legais.

Para alertar os esquecidos, a Receita Federal costuma enviar notificações para cobrar os contribuintes das correções necessárias e do pagamento de multa pela ausência do envio.

Nome sujo e CPF irregular

Quando o contribuinte não presta contas à Receita, ele também tem o nome incluso no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) — um banco de dados onde estão registrados os nomes de pessoas que estão em débito para com órgãos e entidades federais. Você pode conferir se possui pendências aqui.

Além de ter o nome incluído no cadastro de inadimplentes da Receita, o contribuinte ainda corre o risco de ter o CPF apontado como irregular pelo órgão. Em alguns casos, o Fisco também pode bloquear CPFs.

Se a Receita entende que o contribuinte atende os critérios de obrigatoriedade e identifica que não houve a entrega da declaração dentro do prazo, ela registra que o documento ainda está pendente e isso gera uma restrição no CPF.

Pessoas com o CPF irregular são impedidas de:

  • Abrir ou movimentar contas bancárias;
  • Tirar passaporte;
  • Pedir empréstimos;
  • Participar de concursos públicos;
  • Receber aposentadoria;
  • Comprar ou vender imóveis, entre outros.

Prisão

A prisão é um recurso utilizado pela Receita Federal em casos mais extremos. Quando não há a entrega da declaração de Imposto de Renda nem o pagamento da multa de atraso, o contribuinte entra no radar do Fisco, que passa a fazer uma análise mais rigorosa de suas movimentações financeiras.

A situação de avançar para a prisão como punição viria apenas se a Receita concluir que o contribuinte está atentando deliberadamente contra a legislação.

Seria o caso, por exemplo, de o Fisco concluir que houve sonegação fiscal. A pena para este crime é de detenção de seis meses a dois anos e multa de duas a cinco vezes o valor do tributo.

 

G1

Senado resiste à proposta de ampliar número de deputados aprovada pela Câmara

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EDILSON RODRIGUES/AGENCIA SENADO

Aprovada na Câmara dos Deputados na última terça-feira (6), a proposta que amplia de 513 para 531 o número de parlamentares enfrenta resistência no Senado, unindo vozes de governistas e opositores contra a iniciativa. A informação é do site Metrópoles.

Entre os principais argumentos contrários está o momento político, considerado inadequado para discutir o tema. Senadores avaliam que o aumento no número de cadeiras pode intensificar o desgaste da imagem da classe política junto à população.

Ainda assim, segundo líderes partidários da Câmara, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), teria sinalizado disposição para pautar o assunto na Casa.

O projeto responde a uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que ordenou à Câmara a revisão do número de deputados por estado com base nos dados do Censo Demográfico de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A atualização deve ser feita até 30 de junho.

Caso a Câmara aplicasse a redistribuição sem ampliar o total de cadeiras, estados que perderam população, como Bahia e Rio de Janeiro, também perderiam representantes no Congresso.

Para evitar esse cenário, a proposta foi desenhada para aumentar o total de vagas, compensando a redistribuição sem retirar cadeiras de nenhuma unidade da federação.

A direção-geral da Câmara estima que o aumento representaria um impacto de R$ 64,4 milhões por ano. Já o relator do texto, deputado Damião Feliciano (União Brasil-PB), alega que não haverá novos gastos, uma vez que o orçamento atual da Casa comportaria a ampliação.

Bahia BA

Bahia é o estado do Nordeste com maior nº de incidentes de segurança com dados pessoais; confira levantamento

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A Bahia é o estado do Nordeste com maior número de incidentes de segurança com dados pessoais, com 37 ocorrências entre 2021 e 2025. O número também coloca o território baiano como o 8º no recorte nacional, ficando atrás de São Paulo (437); Distrito Federal (182); Rio de Janeiro (117); Minas Gerais (83); Santa Catarina (61); Rio Grande do Sul (56) e Paraná (55).

Os dados foram disponibilizados pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). No período apurado, o tipo de incidente com maior frequência foi o envio de dados a destinatários incorretos (7). Na sequência, a coordenação que trata dos casos listou seis ocorrências de sequestro de dados (ransomware) sem transferência de informações.

A plataforma acessada pelo Bahia Notícias mostra, ainda, outros seis registros de incidentes não cibernéticos. Na sequência aparece “divulgação indevida de dados pessoais” (5); “roubo de credenciais / engenharia social” (3); “exploração de vulnerabilidade em sistemas de informação” (3) e “sequestro de dados com transferência e/ou publicação de informações” (3). O levantamento também aponta ocorrências de publicação não intencional de dados pessoais.

No Brasil, na totalidade, entre 2021 e 2025 foram registrados 1.266 incidentes, sendo o sequestro de dados (ransomware) sem transferência de informações o tipo mais comum: 246. Fecham o pódio ainda “exploração de vulnerabilidade em sistemas de informação” (196) e “sequestro de dados (ransomware) com transferência e/ou publicação de informações” (163).

As informações foram disponibilizadas pela ANPD a pedido da Fiquem Sabendo, organização sem fins lucrativos especializada em transparência pública.

Conforme a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), eventos que podem comprometer a segurança, confidencialidade, integridade ou disponibilidade de dados devem ser informados aos titulares e à ANPD sob pena de sanções e multas.

Segundo a ANPD, incidentes de segurança com dados pessoais são eventos adversos confirmados que comprometam as propriedades de confidencialidade, integridade, disponibilidade e autenticidade da segurança de dados pessoais. Pode decorrer de ações voluntárias ou acidentais que resultem em divulgação, alteração, perda ou acesso não autorizado a dados pessoais, independentemente do meio em que estão armazenados.

“Incidentes podem ocorrer de forma acidental, como o envio de informações para o destinatário incorreto, ou em decorrência de atos intencionais, como a invasão de um sistema de informação ou o furto de um dispositivo de armazenamento de dados”, diz a Autoridade Nacional de Proteção de Dados.

Os incidentes de segurança não se restringem às violações da confidencialidade, abrangem também eventos de perda ou indisponibilidade dados pessoais. São exemplos de incidentes de segurança o sequestro de dados (ransomware), o acesso não autorizado a dados armazenados em sistemas de informação e a publicação não intencional de dados dos titulares.

Veja exemplos de incidentes capazes de gerar risco ou dano relevante aos titulares:

  • A invasão de uma rede de computadores de uma instituição financeira por um agente malicioso que realize a cópia não autorizada de uma base de dados contendo dados pessoais dos correntistas, tais como extratos bancários, números de cartões de crédito e senhas viola o sigilo bancário dos titulares e os expõe a risco de fraudes e danos morais e materiais;
  • A indisponibilidade prolongada de um sistema utilizado por uma rede hospitalar em razão de um incidente de sequestro de dados, impedindo o acesso aos dados dos pacientes ou a realização de procedimentos médicos, pode expor dados pessoais sensíveis dos titulares e causar-lhes riscos ou danos à saúde;
  • A perda ou roubo de documentos ou dispositivos de armazenamento de dados que contenham dados pessoais protegidos por sigilo profissional, cópia de documentos de identificação oficial e dados de contato dos titulares pode expô-los a riscos reputacionais e de sofrer fraudes financeiras.

Enem 2025 será em 9 e 16 de novembro; veja datas de inscrição

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O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou nesta sexta-feira (9) que o edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será publicado nos próximos dias. Mas já adiantou que:

  • as inscrições ficarão abertas de 26 de maio a 6 de junho;
  • as provas serão aplicadas em 9 e 16 de novembro.

Disciplinas e horários

Como nos últimos anos, o Enem será aplicado em dois domingos. Se não houver, no edital, nenhuma alteração no formato da prova, a distribuição de disciplinas será a seguinte:

9 de novembro

O candidato deverá fazer:

  • 45 questões de linguagens (40 de língua portuguesa e 5 de inglês ou espanhol);
  • 45 questões de ciências humanas;
  • redação.

16 de novembro

A prova trará:

  • 45 questões de matemática;
  • 45 questões de ciências da natureza.

Veja os horários de aplicação (no fuso de Brasília), seguidos nos últimos anos:

  • Abertura dos portões: 12h
  • Fechamento dos portões: 13h
  • Início das provas: 13h30
  • Término das provas no 1º dia: 19h
  • Término das provas no 2º dia: 18h30

Para que serve o Enem?

As notas do Enem podem garantir vaga em instituições de ensino superior públicas ou privadas, tanto no Brasil quanto no exterior. Confira as formas de acesso:

  • Sisu: O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) seleciona estudantes para vagas em instituições públicas, com base na nota do Enem.
  • Prouni: O Programa Universidade para Todos (Prouni) é uma iniciativa do Ministério da Educação que oferece bolsas integrais e parciais em faculdades particulares. A aprovação também depende do resultado do Enem.
  • Fies: O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do governo federal que “empresta” dinheiro para os estudantes pagarem as mensalidades no ensino privado, com a contrapartida de os beneficiários quitarem o financiamento após a formatura. O crédito pode cobrir total ou parcialmente a mensalidade do curso. Para se inscrever, é preciso ter feito o Enem.
  • Instituições privadas: Algumas faculdades também oferecem vagas ou descontos nas mensalidades a partir da nota do Enem. Geralmente, o candidato não precisa prestar outro vestibular.
  • Universidades no exterior: O Ministério da Educação possui acordo com algumas instituições em países como Portugal, Inglaterra, França, Irlanda e Canadá, que aceitam o Enem no processo seletivo. Em alguns casos, a instituição pode exigir que o interessado passe pelo processo seletivo local. É preciso pesquisar diretamente no site das universidades.

 

Estado lidera população quilombola no Brasil e enfrenta desafios sociais

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O Censo Demográfico de 2022 revelou que a Bahia é o estado com a maior população quilombola do Brasil, com 397.502 pessoas. Pouco mais da metade dessas pessoas (52,0% ou 206.825) vivia em áreas rurais, enquanto 48,0% (190.677) estavam em áreas urbanas. A Bahia possuía a maior população quilombola urbana do país, embora, no meio rural, ficasse atrás do Maranhão.

A proporção de quilombolas na zona rural da Bahia (52,0%) era significativamente maior do que a da população geral do estado (23,3%), mas ainda inferior à média nacional de quilombolas em áreas rurais (61,7%). Estados como Piauí (87,9%), Amazonas (84,9%) e Maranhão (79,7%) apresentaram os maiores percentuais. Por outro lado, Distrito Federal (3,0%), Rondônia (18,4%) e Goiás (27,0%) tinham as menores proporções.

Perfil demográfico: população jovem e desigualdade de gênero

Na Bahia, a população quilombola, tanto urbana quanto rural, é ligeiramente mais masculina do que a população geral. A razão de sexo entre quilombolas é de 97,9 homens para cada 100 mulheres, enquanto, na população total do estado, é de 93,6.

Nas áreas rurais, esse índice chega a 103,1, embora ainda abaixo da razão de sexo da população rural como um todo (108,4). Já nas áreas urbanas, a razão de sexo entre quilombolas (92,6) supera a da população geral urbana (89,5).

Esse maior número de homens está relacionado ao fato de a população quilombola ser, em média, mais jovem. O índice de envelhecimento entre quilombolas na Bahia é de 60,8 idosos (60 anos ou mais) para cada 100 pessoas de até 14 anos, enquanto, na população geral do estado, é de 75,4. Entre os quilombolas rurais, esse índice é ainda menor: 59,9 — bem abaixo dos 85,5 registrados para a população rural total.

A idade mediana dos quilombolas baianos também é inferior à da população geral: 32 anos contra 35 anos. Entre os quilombolas urbanos, a mediana é de 33 anos (frente a 34 da população urbana geral), e entre os rurais, 31 anos (contra 35 da população rural baiana).

Analfabetismo: desigualdade persiste, especialmente nas áreas rurais

A taxa de analfabetismo entre a população quilombola baiana com 15 anos ou mais de idade é de 18,3%, superior aos 12,6% registrados na população em geral. Essa diferença é mais acentuada nas áreas urbanas: entre os quilombolas urbanos, 13,7% não sabem ler nem escrever (20.719 pessoas), enquanto, na população urbana geral, a taxa é de 9,0%.

Nas áreas rurais, o analfabetismo entre quilombolas atinge 22,6% (35.893 pessoas), um pouco abaixo da taxa da população rural geral (24,5%). Ainda assim, revela a persistência de desigualdades no acesso à educação básica.

Saneamento básico é um desafio para a população quilombola

De acordo com os critérios do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), quase metade dos domicílios quilombolas urbanos na Bahia (47,5% ou 37.537 residências) não tinha acesso adequado simultâneo a abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo em 2022.

Essa proporção é quase o dobro da registrada para o total de domicílios urbanos do estado, dos quais 25,4% apresentavam alguma inadequação. Já nas áreas rurais, a situação é ainda mais crítica: 94,4% dos domicílios quilombolas (66.388) sofriam com precariedade em pelo menos um dos três serviços. Esse índice é semelhante ao da população rural baiana como um todo (93,4%).

Bahia BA

Usuários reclamam da falta de médicos na UBS do Mussambê, em Juazeiro: “Até quando essa situação vai continuar?”

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Usuários da Unidade Básica de Saúde João Araújo Moreira Mussambê, no bairro Santo Antônio, em Juazeiro, no Norte da Bahia, entraram em contato com o Portal Preto no Branco reivindicando profissional médico na unidade. Segundo os relatos, sem atendimento médico, os usuários estão desassistidos e sem possibilidade de renovar receitas de medicamentos controlados.

“O posto médico está desfalcado. A médica titular está afastada porque fez uma cirurgia e até agora, não teve substituto. No dia em que enviaram uma substituta, ela já entrou de férias. Disseram que outro médico viria para cobrir a ausência, mas ele nunca apareceu”, denunciou um dos usuários.

A situação atinge principalmente pacientes que fazem uso contínuo de remédios controlados, que só podem ser dispensados mediante receita assinada por um profissional da saúde.

“O pessoal que depende de receita de remédios controlados, principalmente para tratamento de doenças psicológicas, não está conseguindo renovar as receitas, conforme a orientação da Secretaria de Saúde. E esse pessoal fica como? Vai ficar sem tomar o remédio porque não tem quem prescreva?”, questionou uma usuária.

Ela também relata a frustração de tentar diversas vezes resolver a situação.

“Tem 10 dias que fui até a UBS para renovar minha receita. Me explicaram sobre a ausência de médico e disseram que eu poderia retornar na terça-feira, porque viria um médico para preencher, assinar e carimbar as receitas. Fui na terça e não tinha ninguém. Disseram agora que só na próxima semana, quando virá um médico do Maringá para assinar”, disse ela.

Além da falta de receitas, os pacientes relatam que estão impossibilitados de realizar consultas ou qualquer outro tipo de atendimento médico.

“Os pacientes não procuram a UBS apenas para receitas, mas também para consultas e acompanhamentos. Só que não tem médicos. O pessoal vai para o posto e volta sem atendimento. Se tenta ser atendido em outro bairro, ouve que não é da área de cobertura. Tem que ser no posto do Mussambê, que atende ao bairro. Então, está todo mundo desprotegido. Nenhuma outra UBS está atendendo os moradores do Mussambê e do Santo Antônio. Até quando essa situação vai continuar?”, questionou o usuário.

Encaminhamos as reclamações para a Secretaria de Saúde de Juazeiro em busca de esclarecimentos.

 

Redação PNB

INSS anuncia devolução de R$ 292 milhões para aposentados entre maio e junho

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O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) soltou um comunicado nesta sexta-feira (9) em que anuncia a devolução de R$ 292.699.250,33 para aposentados e pensionistas entre os dias 26 de maio e 6 de junho.

Segundo o instituto, esse valor é referente às mensalidades de abril que, mesmo após o bloqueio, foram descontadas por sindicatos e associações, porque a folha do mês já havia sido rodada.

“O dinheiro foi bloqueado pelo INSS e será devolvido aos beneficiários na folha de maio”, afirmou o INSS.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) afirmou nesta quinta que vai notificar, na terça-feira (13), os 9 milhões de aposentados e pensionistas que tiveram descontos em seus benefícios nos últimos anos e que, portanto, podem ter sido prejudicados pela fraude dos descontos irregulares.

Essas pessoas terão de informar se as operações foram autorizadas por elas ou não para receberem o ressarcimento dos valores.

Como ocorrerá a notificação

A notificação será feita exclusivamente pelo aplicativo “Meu INSS”. Não haverá contato por telefone, ou mensagem SMS. Em caso de dúvidas, os cidadãos podem ligar na central de atendimento do órgão, pelo canal telefônico 135.

Quais os canais informação

No dia seguinte à notificação, dois canais estarão disponíveis para que os segurados possam verificar qual associação realizou o desconto e o valor descontado: “Meu INSS” e a central de atendimento 135.

Qual a cobertura do ressarcimento

O ressarcimento será para os descontos realizados nos últimos cinco anos, a partir de março de 2020.

O INSS, contudo, não informou a partir de qual data começará a devolução do dinheiro descontado de forma irregular (anterior a abril).

Quais são as orientações para o segurados

O sistema para reclamações ficará aberto indeterminadamente. Não há um prazo final para reclamar.

Os segurados não devem autorizar ninguém a falar com o INSS em seu nome para evitar novos golpes. O contato deve ser direto.

Em caso de problemas, uma alternativa será a central de atendimento 135, que estará disponível para que o cidadão entre em contato e o servidor do INSS acesse o “Meu INSS” dele.

O cidadão poderá informar que teve desconto da associação “X” e o valor descontado.

O cidadão não precisará incluir documentos ao informar o desconto irregular.

Como será a cobrança

O sistema do INSS automaticamente gerará uma cobrança para a associação responsável pelo desconto. O INSS defenderá o cidadão perante a associação.

Qual será o prazo dado às associações

A associação terá 15 dias úteis para comprovar o vínculo com o segurado, juntando no sistema três informações: comprovação de associação, autorização do desconto e documento de identidade do segurado.

Qual será o prazo para pagamento pelas associações

Caso a associação não comprove o vínculo, ela terá 15 dias úteis para realizar o pagamento ao INSS, que será repassado ao segurado por meio de folha suplementar.

Como serão as sanções às associações

Se a associação não realizar o pagamento ou não comprovar o vínculo, o caso será encaminhado à Advocacia-Geral da União (AGU) para medidas de ressarcimento.

Todos os que reclamaram e não tiveram comprovação receberão o ressarcimento.

G1

“De como o mito do El Dorado passou pelo São Francisco” por João Gilberto Guimarães

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Imediatamente após a invasão da América do Sul por portugueses e espanhóis, os povos originários relataram aos conquistadores a existência de uma imensa e riquíssima lagoa localizada no coração do continente. Essa lagoa, conhecida pelos nativos como Vapabuçu, estaria repleta de ouro, prata e pedras preciosas. Às suas margens, dizia-se, existia uma cidade esplendorosa, cujas construções reluziam sob o sol tropical graças ao brilho dos metais preciosos que as ornamentavam.

Ainda segundo o mito, dessa misteriosa lagoa nasciam os três grandes rios do continente: o São Francisco, o Paraguai (então chamado de Rio da Prata) e o Paraupava, hoje conhecido como Rio Araguaia. Para chegar até Vapabuçu, bastava seguir o curso de qualquer um desses rios. O mito, que circulava amplamente entre os povos indígenas e já era conhecido no litoral do Brasil no século XVI, logo despertou a cobiça desenfreada dos europeus recém-chegados.

A partir da década de 1570, expedições — as famosas bandeiras — partiram de todas as capitanias do Brasil rumo ao interior, tendo como objetivo principal alcançar o Rio São Francisco e, a partir dele, encontrar a mítica lagoa dourada. Nenhuma dessas expedições obteve êxito. Ainda assim, a lenda sobreviveu, atravessando os séculos e reacendendo esperanças em aventureiros de diferentes nacionalidades.

Mesmo no final do século XIX e início do XX, exploradores europeus ainda arriscavam suas vidas nas matas do Brasil em busca da lendária cidade de ouro. Um dos casos mais emblemáticos é o do coronel inglês Percy Fawcett, que desapareceu misteriosamente em 1925 na região do Xingu. Na ocasião, ele acreditava estar às vésperas de encontrar o verdadeiro El Dorado. Por quase trinta anos, a literatura fantástica manteve viva a ideia de que Fawcett havia triunfado e vivia integrado a uma civilização secreta no meio da selva.

No entanto, em 1952, os irmãos indigenistas Villas Boasouviram dos índios Kalapalos a confissão de que haviam matado o explorador e enterrado seu corpo. Eles indicaram o local e entregaram os ossos de Fawcett — encerrando, assim, uma das histórias mais enigmáticas do século XX.

Sem dúvida, trata-se de uma narrativa fascinante, que ainda hoje nos convida à reflexão e à pesquisa. Como tantas outras no Brasil, ela começa com o nosso grande Rio São Francisco — ou seria Rio Opará? Ou talvez Rio Pará?
Mas isso… isso já é assunto para outra história.

Por João Gilberto Guimarães Sobrinho, juazeirense, produtor cultural, cientista social formado pela Universidade Federal do Vale do São Francisco, entusiasta do resgate da memória histórica de Juazeiro e pesquisador das Políticas Públicas de Cultura.