Em contato com o PNB, Anthony Levy criticou o atendimento do Cinemark, no shopping de Juazeiro, à Pessoa Com Deficiência. Ele contou que, foi ao cinema nesta quarta-feira (25) e os assentos reservados para PCDs estavam ocupados por expectadores sem deficiências.
“Além de capacitismo, é uma forma de exclusão de Pessoas com Deficiência, visto que muitos não tem mobilidade para descer as escadas e ir para os outros assentos”.
Confira relato:
“No dia 25/12/2024, fui ao cinema com a expectativa de assistir ‘O Auto da Compadecida 2’. Como pessoa com deficiência, sempre busco garantir um assento adaptado e sempre vou com meu acompanhante, mas, ao comprar meu ingresso online, descobri que os assentos reservados para PCDs já estavam esgotados. Comprei, então, um assento convencional, o único que tinha e precisei ir sem o apoio do meu acompanhante. Ao chegar à sala, percebi que os lugares destinados a PCDs estavam ocupados por pessoas sem deficiência. Indignado, procurei o gerente do cinema. Ele admitiu que os ingressos para esses assentos podem ser comprados pela internet sem qualquer comprovação de deficiência e sem precisar de laudo médico, ele também reconheceu que isso foi um erro dos funcionários do guichê que não verificaram se as pessoas tinham ou não o direito de estar ali.
Ainda assim, quando outro funcionário foi enviado para averiguar, confirmou que as pessoas ocupando os assentos não tinham deficiência e logo, não tinham o direito de estarem ali. Mesmo assim, afirmou que nada poderia ser feito, pois os ingressos já haviam sido comprados e, por isso, ele não poderia solicitar que deixassem os assentos, mesmo ocupando lugares de pessoas com deficiência sem serem pessoas com deficiência. Falei que isso se trata de capacitismo e que eles estavam compactuando para que as pessoas tirem os únicos lugares que os deficientes podem acessar para assistir ao filme.
Diante dessa postura de descaso e da falta de solução apresentada, decidi me retirar da sala e não assistir ao filme. Gravei toda a situação como prova e vou registrar um boletim de ocorrência, pois entendo que meus direitos foram violados e que isso além de capacitismo, é uma forma de exclusão de Pessoas com Deficiência, visto que muitos não tem mobilidade para descer as escadas e ir para os outros assentos. Não se trata apenas de uma questão de conforto, mas de dignidade e respeito, garantidos pela Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015).”
Ele gravou a conversa com o funcionário e gerente do Cinemark. Confira:
Estamos enviando a reclamação para a direção do Cinemark.
Redação PNB