Pertencimento e Bem Comum: “Se o povo não mudar, a cidade jamais mudará”, adverte moradora do Cajueiro, em Juazeiro, sobre lixo e queimadas

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Uma moradora do bairro Cajueiro, em Juazeiro, costumeiramente, procura nossa redação para reclamar do acúmulo de lixo em um terreno que fica no Loteamento Morada do Rio. O crime ambiental se agrava, pois, segundo ela, volta e meia ateiam fogo no lixo, provocando sérios transtornos a quem vive próximo a área.

“Essa é uma situação recorrente neste terreno abandonado que serve para despejo de lixos de todo tipo. Local onde carroceiros e demais cidadãos, se é que podemos chamar alguém com essa conduta de cidadão, largam móveis velhos, eletrodomésticos quebrados, restos de podas, papelão, pneus, lixo doméstico e até animais mortos. Depois que acumulam bastante, vão lá e tocam fogo. A fumaça toma conta das ruas e das casas. Eu, que sou alérgica, tenho crises e já cheguei a ficar sem voz e sem participar de minha aula online. Saiu uma prefeita, entrou um prefeito e ‘Tudo como D’antes no Quartel de Abrantes’. Se o povo não mudar, a cidade jamais mudará”, observou a moradora.

Reclamações assim chegam à nossa redação diariamente. São inúmeras e frequentes, dando a sensação de que este é um problema sem solução.

“Pertencimento e Bem Comum”

Com o tema “Pertencimento e Bem Comum”, o Portal Preto No Branco inicia uma série de reportagens sobre o comportamento do juazeirense no que se refere a limpeza urbana, ao meio ambiente, ao patrimônio público, ao convívio social, trânsito, entre outras pautas ligadas à cidadania. A iniciativa pretende contribuir com um debate que promova uma mudança de cultura da população e, desta forma, suscitar o sentimento de pertencimento e o bem comum, o que garante ao cidadão a percepção de fazer parte de uma comunidade e dela se orgulhar.

Iniciamos esta série com um dos problemas mais visíveis e que tanto deprecia a cidade: o lixo. O descarte irregular seja nas calçadas, praças, terrenos baldios é uma prática que virou costume nos quatro cantos de Juazeiro. Montes de lixo viraram uma cena comum no centro e nos bairros.

Uma soma de fatores contribui para o “flagelo do lixo” que se agravou, em Juazeiro, nos últimos anos. Os serviços de limpeza foram negligenciados, não houve campanhas educativas permanentes, a falta de fiscalização do poder público foi flagrante e, com isso,  cresceu a prática contumaz das pessoas de descararem todo tipo de lixo nas vias públicas.

Manter a cidade limpa é uma desafio para a nova gestão e fazer frente ao problema, que  traz sérias consequências ambientais e de saúde pública, exige soluções urgentes e inovadoras.

“Juazeiro Limpa

Recentemente, a prefeitura lançou o Programa “Juazeiro Limpa”, uma iniciativa que vai além da limpeza, mas também aposta na conscientização da população sobre sua responsabilidade com a limpeza urbana e organização da cidade.

140 trabalhadores foram contratados para atuarem em mutirões de varrição, capina, pintura, coleta de lixo e recuperação de estradas. Segundo a prefeitura, a força tarefa deverá contar com 250 agentes nos próximos dias.

“O mutirão também mobilizou dezenas de máquinas pesadas, como um caminhão varredeira, seis retroescavadeiras, sete caminhões, três patrols e um rolo compactador, além de equipamentos como 17 novas caçambas e lixeiras. Ao todo, já são mais de R$3,8 milhões investidos em demandas reprimidas há anos”, informou a PMJ.

A gestão municipal garante que “a ação será permanente e, após o mutirão, haverá  fiscalização e a manutenção contínuas”.

Cidadania

Cabe agora a população vestir o espírito da campanha e cada um fazer a sua parte, em um ato que representa, além de cidadania, respeito ao próximo e ao meio ambiente. Cabe também aos munícipes cobrarem que estas ações sejam permanentes, efetivas e não apenas estratégia de início de governo para ganhar popularidade. Que a gestão não perca o fôlego e nem tema adotar as medidas necessárias para punir todo aquele que desrespeitar à coletividade.

Redação PNB       

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