Profissionais de enfermagem do Hospital Regional de Juazeiro reclamam de sobrecarga de trabalho e atraso no pagamento do piso salarial

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Profissionais técnicos de enfermagem que atuam nos plantões noturnos do Hospital Regional de Juazeiro, no Norte da Bahia, entraram em contato com o Portal Preto no Branco para reclamar de supostas irregularidades que estariam uma série de afetando diretamente suas condições de trabalho e qualidade de vida. Os trabalhadores relatam sobrecarga e escalas abusivas.

“Estamos trabalhando sobrecarregados. Não temos mais um final de semana de folga e também estamos trabalhando todos os feriados. Já procuramos o sindicato, que diz que é com o COREN, mas o COREN não responde”, afirmam os profissionais.

Ainda conforme os relatos, o regime de trabalho 12×60 não estaria sendo respeitado.

“Um exemplo: trabalhamos quinta à noite, folgamos sexta, trabalhamos sábado de dia, domingo à noite. E isso se repete todos os finais de semana. Além disso, também trabalhamos nos feriados. Trabalhamos no Natal, Carnaval, Semana Santa e provavelmente vamos trabalhar no Dia das Mães e assim sucessivamente. Ou seja, eles estão beneficiando praticamente o pessoal do dia e sobrecarregando o plantão noturno. Porque além da gente, trabalhar noturno, nós trabalhamos plantão de dia, trabalhamos meio período manhã, meio período tarde. Nós estamos trabalhando cansados, porque nós não temos mais um final de semana em casa. Estão beneficiando quem trabalha durante o dia e sobrecarregando o plantão noturno”, acrescentam.

A categoria também voltou a reclamar de atraso no pagamento do piso da enfermagem. De acordo com eles, até o momento o complemento referente ao mês de março de 2025 ainda não foi pago.

“Já estamos em 21 de abril e não fomos pagos. E permanecemos sem data para receber. Passamos a Semana Santa sem poder sair, porque o único provento que recebemos foi o salário, que não chega a R$ 1.900. O complemento do piso já se tornou uma ajuda essencial, principalmente para quem é mãe de família”, relata uma técnica.

Segundo os trabalhadores, é recorrente a necessidade de expor a situação publicamente para receber o que é de direito.

“Estamos cansados de sempre precisar vir a público para expor nossa situação para poder receber o que é nosso. E o pior é que não vemos outras instituições fazendo isso, só a OSID.”, concluíram.

Encaminhamos as reclamações para a gestão do HRJ e aguardamos uma resposta.

Redação PNB

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