Após indiciamento da Policial Militar da Bahia, Marleide da Silva Pereira, 35 anos, acusada de ter assassinado o ex-companheiro e também PM, Lucas Emanuel Marinho, 33 anos, em Petrolina (PE), a defesa da mulher se pronunciou em nota. A Policial Feminina foi indiciada por homicídio qualificado no Inquérito Policial, presidido pelo delegado Gabriel Sapucaia.
O crime ocorreu no último dia 9 de março, no bairro Portal da Cidade. A vítima foi assassinada com disparos de arma de fogo quando chegava em um veículo na casa da ex-mulher.
A defesa da acusada informou “que o inquérito policial foi devidamente finalizado, cumprindo sua função legal de reunir elementos informativos iniciais com vistas a subsidiar eventual denúncia criminal” e ressaltou “que tais elementos, por serem colhidos sem as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa, não possuem, sob a ótica judicial, valor de prova”.
“É justamente durante a fase de instrução criminal — momento em que todas as partes poderão se manifestar e produzir provas — que os fatos serão plenamente esclarecidos. Será nessa etapa que se poderá remontar, com equilíbrio e justiça, todas as peças desse complexo quebra-cabeça, possibilitando ao juízo formar convicção segura e garantir um julgamento justo e isonômico”.
Investigação da Polícia Civil
Segundo a investigação, Marleide pediu para que Lucas fosse até sua casa buscar os filhos do casal porque estaria escalada para trabalhar. Em vídeo anexado ao inquérito, Marleide é vista saindo da residência, empunhando uma arma de fogo e, em seguida, disparando diversas vezes.
“Não houve nenhuma discussão prévia entre as partes”, afirmou o delegado Sapucaia no IP.
Lucas, segundo as investigações, foi alvejado seis vezes na região do torso ainda dentro do carro. Ele também possuía uma arma de fogo não municiada na bermuda, pertencente à PMPE, demonstrando, de acordo com o delegado, que não houve tempo de reação.
No relatório final, a autoridade policial afirma que a ação foi “possivelmente foi premeditada” e teve como motivação uma discussão financeira.
A PM se apresentou voluntariamente na sede do Comando de Policiamento da Região Norte (CPRN), em Juazeiro, no mesmo dia do crime. Ela alegou ter sido ameaçada por Lucas naquela manhã.
Em audiência de custódia, a juíza Elisama de Sousa Alves, do TJPE, decidiu pela prisão temporária de Marleide e determinou que a acusada ficasse recolhida em unidade prisional militar do Estado onde exerce sua função.
Redação PNB



