A filha de Irani Dias da Silva Andrade, 62 anos, residente em Tiririca, Casa Nova, em contato com o PNB, reclamou do atendimento da Secretaria Municipal de Saúde que não tem disponibilizado a reabilitação funcional da usuária, que fez uma cirurgia e necessita urgente de sessões de fisioterapia.
“Minha mãe passou por uma cirurgia de quadril em dezembro de 2024. Após o retorno à consulta médica em janeiro, o médico solicitou 10 sessões de fisioterapia, uma medida de extrema urgência para a recuperação dela, após esse tipo de procedimento. Enviamos a solicitação médica para a Secretaria de Saúde, mas fomos informados de que a secretaria estava em processo de reestruturação, que não havia fisioterapeuta contratado e que a ambulância destinada ao serviço havia sofrido perda total”, contou a filha.
Ela contou ainda que a família aguardou que a pasta se organizasse, na esperança de que a usuária fosse atendida.
“Esperamos a gestão se organizasse para fornecer o necessário, pois minha mãe corria o risco de desenvolver sequelas graves. Entretanto, em março, no retorno ao médico para avaliação para a cirurgia da outra perna, o médico foi obrigado a adiar a cirurgia devido à urgência de movimentar a perna operada. O médico reafirmou que as sessões de fisioterapia eram imprescindíveis para que minha mãe pudesse se recuperar e fazer a cirurgia na outra perna. Em resposta, enviamos o relatório médico detalhado, reforçando a urgência e a gravidade do caso. A secretaria, então, prometeu uma visita domiciliar, mas ela nunca aconteceu. E quando entramos em contato novamente esta semana, nos disseram que o prazo seria estendido. E, mais uma vez, ficamos sem solução. Minha mãe já sofreu muito. Todo o tratamento dela é feito em Salvador, o que já resultou em cerca de 20 viagens de ambulância, sendo que ela também passou por uma cirurgia cardíaca delicada no final de 2023. Mesmo diante de tantas dificuldades, ela sempre foi uma mulher forte, mas agora, com o descaso que estamos enfrentando, está começando a se desanimar”, relatou.
Ela apelou providências ao gestor municipal, dada a urgência do caso.
“Minha mãe não pode mais esperar. Já se passaram quatro meses desde a cirurgia e ela continua sem conseguir movimentar a perna, dependendo de cadeira de rodas. Vale ressaltar que minha mãe não anda há 8 anos e, após essa cirurgia, a situação dela piorou ainda mais. Estamos falando de um direito garantido por lei, a Lei 8.080/1990, que assegura o direito à reabilitação funcional para pacientes como ela. Não estamos pedindo favor, estamos cobrando um direito básico à saúde e à dignidade. Não há mais desculpas para não cumprir com essa obrigação. O município segue contratando, mas a saúde da população, especialmente de pessoas vulneráveis como minha mãe, continua sendo negligenciada”, cobrou a filha.
Preocupada com a situação da mãe ela acrescentou: Agora, mais do que nunca, precisamos de uma ambulância para transportar minha mãe para as sessões de fisioterapia em outra cidade, ou, ao menos, um carro adequado para esse transporte. Estamos abertos ao diálogo para encontrar a melhor forma de garantir as fisioterapias, mas, acima de tudo, exigimos providências urgentes. A saúde da minha mãe é inegociável, assim como a saúde de todos os cidadãos que talvez estejam passando por dificuldades semelhantes. O caso dela não pode esperar mais. A falta de fisioterapia pode gerar sequelas irreversíveis e isso é algo que não podemos permitir. Imploramos que resolvam a situação dela, pois já estamos fazendo algum movimento com rifas pra tentar fazer pelo menos as primeiras sessões. Exigimos uma resposta imediata”, concluiu.
Encaminhamos a situação para a Prefeitura de Casa Nova e aguardamos uma resposta.
Redação PNB