Em contato com nossa redação nesta segunda-feira (12), uma mãe de uma estudante do Cetep-Centro Territorial de Educação Profissional do Sertão do São Francisco, em Juazeiro, demonstrou sua indignação com a direção da instituição que, segundo nos relatou, expulsou a adolescente de 16 anos, após a aluna ser flagrada usando um cigarro eletrônico, com mais 2 colegas.
“No último dia 7 de maio, eu compareci ao CETEP, após a direção informar que minha filha estava estava fazendo uso de cigarro eletrônico, juntamente com 2 colegas, o que teria ocorrido no dia anterior. Chegando na escola a direção me informou que os mesmos seriam expulsos. Informaram ainda que haveria uma votação que aconteceu hoje, dia 12. Eu participei desta reunião, mas para nada, pois eu pedi por tudo que fosse mas sagrado que não fizessem isso com minha filha e que eu garantia que isso não se repetiria novamente. Mesmo assim, decidiram expulsar minha filha que sempre teve bom comportamento e nunca se envolveu em nenhum problema na escola. Mas disseram que a expulsão era obrigatória e mandaram que eu assinasse um documento, mas eu não assinei, pois considero essa medida extrema e absurda”, relatou a mãe.
Ela questionou ainda a entrada do material ilícito na escola e ressaltou: “Aqui em casa ela nunca usou cigarro nenhum”. Inconformada com a decisão da direção da escola, a mãe criticou: “A escola deve educar e não excluir os adolescentes”.
“Estou chocada com a atitude da escola. Eu pedi como mãe para que não fizessem isso com minha filha, porque eu sei que não é certo, mas foi a primeira vez que isso ocorreu e ela merece uma segunda chance, assim como os outros colegas. Minha filha não é uma de andar saindo, tem bom comportamento em casa e na escola e eu sou uma mãe vigilante e garanto que aqui em casa ela nunca usou cigarro nenhum. A escola, ao invés de expulsar os alunos, deveria investigar como esse cigarro eletrônico entrou na escola e discutir o tema com os estudantes e suas famílias, pois trata-se de uma instituição de ensino que deve educar e não excluir os adolescentes. Minha filha errou, mas é uma adolescente e não deveria ser tratada desta forma. Quem me conhece sabe como eu criei os meus filhos. Ela errou e vou corrigir e policiar mais a minha filha. Eles tinham que conversar com os alunos e com os pais. Mas expulsar da escola? Minha filha não matou, não roubou e é expulsa porque experimentou esse negócio dentro da escola? Estou revoltada e vou procurar meus direitos. Poderiam ter dado outro tipo de castigo, de disciplina, mas expulsar não educa. Ainda expuseram minha filha e os colegas, pois passaram nas salas dizendo que três alunos tinham sido expulsos por conta desse tal de cigarro eletrônico. Mandaram eu procurar outra escola, porque lá era escola do certo e não tinha negócio de segunda chance.
Nós encaminhamos a reclamação da mãe para o Núcleo Regional de Educação e aguardamos uma resposta.
Não foi a primeira vez
Em outubro do ano passado, alunos do primeiro e segundo anos foram expulsos após serem flagrados fazendo uso de cigarros eletrônicos também no CETEP. Os pais procuraram o PNB e denunciaram a postura da instituição, “levando em conta que se trata de adolescentes que necessitam de orientação por parte da família e da escola”.
“Não queremos justificar. Nós pais não queremos acobertar os erros dos nossos filhos, mas existem outros meios de puni-los por eles terem desrespeitado as normas da escola. Expulsar não corrige e nem educa. Sabemos dos desafios que a escola e as famílias enfrentam com os adolescentes nesta fase tão difícil de rebeldia. No entanto, acreditamos que a escola e a família devem se unir para adotar medidas que os encaminhem para o bem”.
Os pais acionaram o Ministério Público e também o Núcleo Regional de Educação e, após a denúncia, a direção da instituição de ensino desconsiderou a “medida extrema”, como avaliaram os pais, e os estudantes foram reintegrados.
Redação PNB
A legislação brasileira proíbe o uso, fabricação, importação, comercialização e propaganda de cigarros eletrônicos, conforme a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 46/2009 da Anvisa.
Os pais precisam se responsabilizar pelas atitudes dos filhos. Aqui está existindo uma inversão de valores.
A mãe não disse que simplesmente não se preocupou em procurar uma nova instituição de ensino pra sua filha visto que está feriu o Projeto Político Pedagógica da Escola, onde os pais ao fazerem a matrícula tem conhecimento que o uso de cigarro ( qualquer que seja no ambiente escolar) tem como penalidade o desligamento do estudante.
Porquê esse site não leva mais a sério e procura mostrar o que realmente queremos. Um ambiente educacional é seguro.Pra isso precisamos de regras.
Parabéns A Direção Do Colégio, Já desde Cedo Que As Pessoas Tem Que aprender Aos Deveres e Obrigações