A cadela que foi atacada por dois cães da raça pitbull na tarde da última quinta-feira (15), no bairro Cajueiro, em Juazeiro, sobreviveu aos ferimentos e está internada em uma clínica veterinária da cidade. Em contato com o PNB, vizinhos que socorreram a cadela comunitária informaram que ela não corre risco de morte, apesar de ser um animal idoso.
Mobilizados para salvar a vida da cadela, conhecida no bairro como “Neguinha”, os moradores, revoltados, informaram que o tutor dos pitbulls, além de não prestar socorro ao animal que ficou bastante ferido, não se responsabilizou pelos custos do atendimento veterinário.
“Em nenhum momento ele se sensibilizou com a situação da cadela atacada e até o momento não se prontificou em arcar com os custos da clinica. Foi um pastor que mora no bairro que levou ela para o atendimento, a fim de que não morresse, pois ela sofreu mordidas profundas em várias partes do corpo. Revoltante! Além de deixar os seus cães soltos, ainda não se moveu para reparar a situação, o mínimo que poderia fazer”, relatou uma moradora.
Ainda de acordo com ela, será registrado um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil para que a autoridade policial possa investigar o caso.
“Alguma consequência este tutor precisa sofrer, pois essa prática dele de soltar seus cães é repetitiva e, antes que aconteça o pior, ele precisa de correção. Nós, vizinhos, não podemos ficar reféns desta irresponsabilidade”, concluiu.
Ataque
O ataque dos dois cães da raça pitbull a cadela comunitária ocorreu na tarde desta quinta-feira (15), na Rua Fernando Santana, Cajueiro. Segundo os relatos, os animais estavam soltos e os moradores que presenciaram a cena brutal viveram momentos de desespero e revolta.
“O tutor deixou os dois pitbulls soltos, sem focinheira, sem coleira. Mesmo estando por perto é um risco muito grande. A cachorra atacada é idosa, dócil e vive aqui pela rua. Quando começou o ataque, ele correu para pegar os animais dele. Foi uma cena horrível e quem presenciou ficou aterrorizado, pois mesmo o tutor segurando os cachorros eles atacam a cadela. Ele não conseguiu conter”, contou uma moradora.
Ainda segundo os relatos, a cadela ficou ferida, mas resistiu e foi socorrida por moradores da rua.
“Ela não morreu, mas está bastante ferida e precisa de atendimento veterinário. O tutor dos pitbulls precisa, pelo menos, arcar com os custos do atendimento. Não se sabe ao certo se os animais escaparam ou se foram soltos deliberadamente pelo próprio tutor, mas a verdade é uma só: um ataque violento aconteceu e o responsável precisa responder por isso. O cachorro atacado agonizou diante dos olhos dos moradores. Muitos tentaram intervir, mas era tarde. O animal ficou gravemente ferido e segue entre a vida e a morte. A cena foi chocante, desesperadora. E se tivesse sido uma criança? E se fosse um idoso? Ou uma mulher caminhando sozinha? O que aconteceu poderia facilmente ter terminado em tragédia humana. A comunidade está em estado de alerta, com medo de sair de casa”, observou uma moradora.
“É inaceitável que em pleno 2025 ainda existam tutores que não compreendem a responsabilidade de cuidar de animais. Ter um cão de grande porte não é brincadeira. Deixar esses animais soltos é um ato de negligência. A Polícia Militar, a Guarda Civil Municipal e os órgãos de controle urbano e ambiental precisam agir imediatamente”, alertou outra moradora.
“O mínimo que se espera é que ele arque com todas as despesas veterinárias do cachorro atacado, caso ele sobreviva. Mas isso não é o suficiente. É preciso garantir que esse tipo de conduta não se repita. Hoje foi um cachorro, amanhã pode ser um ser humano. Quantas tragédias precisarão acontecer para que algo mude? A população do Cajueiro exige justiça. A comunidade está com medo, e o silêncio das autoridades só aumenta a insegurança. Não podemos esperar pelo pior. A vida, seja humana ou animal, precisa ser protegida com responsabilidade, com leis firmes e com fiscalização ativa. Basta de omissão. Basta de perigo nas ruas. O Cajueiro clama por segurança”, reivindicou um morador do bairro.
Redação PNB