Moradores do bairro Maria Goretti, em Juazeiro, Norte da Bahia, procuraram o Portal Preto no Branco para relatar o aumento de casos de assaltos, furtos e arrombamentos na região e pedir providências.
Segundo os relatos, os crimes se intensificaram após a instalação do Centro Pop, equipamento público voltado para o acolhimento de pessoas em situação de rua, na Rua Elisabeth Safira.
Pedro Mariano, morador do bairro, expressou sua preocupação com a escalada da violência e a falta de assistência aos moradores do bairro.
“Desde que foi implantado o Centro Pop aqui, na Rua Elisabeth Safira, nós moradores estamos sofrendo quase que diariamente com a falta de segurança. Os arrombamentos as casas e estabelecimentos comerciais passaram a ser constantes. Cada semana que passa, os arrombamentos aumentam. Uma loja de roupas do bairro foi arrombada entre a quinta e a sexta-feira santa. Na semana passada, uma casa em reforma também foi invadida e levaram ferramentas. No domingo, outra casa também foi invadida e levaram toda a parte elétrica e ninguém faz nada. Até a própria casa onde o centro está funcionando já foi invadida”, contou o morador.
Pedro Mariano acrescentou ainda que, além dos furtos em residências e comércios, há registros de assaltos à mão armada.
“Já teve moto tomada de assalto. Mulheres sendo vítimas de roubo de celular, de bolsa. Muitos moradores nem chegam a denunciar, pois estamos todos abalados psicologicamente. A maioria dos moradores daqui é de idosos. O problema está se espalhando e também já está afetando bairros vizinhos. Depois que o centro chegou, o bairro Coreia, por exemplo, tem registrado mais de dez invasões em uma semana. A gente não está criticando o Centro Pop, mas pedimos que a prefeitura dê estrutura adequada e garanta segurança para todos”, pontuou.
Pedro também critica a forma de atendimento aos usuários do Centro Pop: “As pessoas que estão sendo atendidas por esse espaço não estão sendo tratadas com dignidade. No horário das seis às oito da manhã, eles ficam amontoados nas calçadas, expostas ao sol, esperando o centro abrir. Depois que é servida a alimentação, o que vemos são marmitas descartadas de forma irregular pelas ruas. Não vejo por parte da secretaria responsável pelo Centro Pop um acolhimento, um cuidado com essas pessoas. Do outro lado, também não estou vendo um cuidado com a segurança dos moradores. Estamos falando de seres humanos, tanto dos usuários do Centro Pop, como dos moradores do bairro.”
O morador pediu uma reunião com a coordenação do equipamento para que se chegue a uma solução para os problemas apontados.
“Eu gostaria que a coordenadora pudesse ouvir uma comissão de moradores do bairro para que nós possamos passar para ela todos os problemas que estão acontecendo aqui no bairro depois da instalação do Centro Pop. Eu quero deixar bem claro que os moradores do bairro não são contra a instalação do Centro POP, o que estamos pedindo é que os moradores tenham a mesma atenção que está sendo dada às pessoas que estão em situação de rua, na questão de segurança e da estrutura que estão faltando. Nós estamos aqui para somar, para ajudar a encontrar uma solução. Agora, nós precisamos ser ouvidos pela coordenação, pela gestão”, concluiu Pedro Mariano.
Estamos encaminhando a reclamação para a coordenação do Centro Pop.
Redação PNB
