Sem acesso ao transporte coletivo, idosa precisa caminhar do Alto do Cruzeiro ao centro de Juazeiro: “Preciso resolver coisas de médico, de banco e venho com medo”

Dona Naide Brito Monteio, 77 anos, moradora do Alto do Cruzeiro, em Juazeiro, quando precisa vir ao centro da cidade, reúne forças para fazer uma longa caminhada. De sombrinha na mão para se proteger do sol forte, ela precisa enfrentar o percurso desde que a empresa de transporte público suspendeu as linhas que atendiam ao bairro.

“Nem todo dia a gente tem dinheiro pra vir de Uber. E eu não posso andar mototaxi, por causa da coluna que tá trincada. Já tem muito tempo que tiraram e a população sofrendo, tendo que vir andando. Preciso resolver as coisas de médico, de banco na rua e venho com medo, até porque corro risco de sofrer um assalto. Eu venho sozinha. De vez em quando  acho uma pessoa que vir comigo. A Joafra é péssima e faz o que e como quer em Juazeiro”, criticou a idosa.

A falta de ônibus tem afetado o cotidiano de idosos, trabalhadores, estudantes e demais usuários dos coletivos que moram também nos bairros Tancredo Neves, Castelo Branco e Alto do Alencar.

“Não sei precisar desde quando estamos sem transporte coletivo nos bairros Tancredo Neves, Castelo Branco, Alto do Alencar e Alto do Cruzeiro. Por último, havia de vez em quando, o horário de 7:30h e agora nem isso. Temos que nos deslocar até o ponto que existe atrás da Samu. Uma caminhada de até 1km, o que significa um desgaste para muitos idosos”, disse o usuário Delmir.

“A AMTT precisa olhar pra essa situação. Já que temos que engoli esta empresa que maltrata a população de Juazeiro, que pelo menos notifiquem e obriguem a Joafra a retomar as linhas destes bairros. Eles não podem fazer o que bem querem”, analisou outro usuário do Castelo Branco.

Estamos encaminhando a reivindicação para a AMTT e Joafra.

Redação PNB