Uma usuária do transporte público de Juazeiro, no norte da Bahia, entrou em contato com o Portal Preto no Branco para denunciar a falta de acessibilidade nos ônibus da linha 207, que faz a rota São Francisco/Mairi, via Dom José Rodrigues. Segundo ela, cadeirantes têm seus direitos violados e desrespeitados diariamente.
“Presenciei mais uma cena lamentável no transporte público de Juazeiro. Mais um cadeirante passou pela humilhação de não poder utilizar o ônibus porque, simplesmente, as portas feitas para esse uso não funcionam, ou eles precisam ser carregados no colo. Isso os coloca em risco e os deixa envergonhados. A Joafra precisa acabar!”, relatou a usuária.
A Joafra, empresa responsável pelo transporte público dos cidadãos juazeirenses, é alvo frequente de reclamações. A ausência de estrutura adequada para o transporte de pessoas com deficiência física é uma das principais queixas dos usuários.
Em 2024, o Preto no Branco publicou outra denúncia, feita por uma mãe de uma pessoa com deficiência, que também relatou dificuldades no uso do serviço.
“Sempre que a minha filha precisa utilizar o serviço, é um transtorno justamente pela falta de acessibilidade dos veículos. Na linha do Residencial São Francisco, apenas dois ônibus são adaptados, mas nenhum deles está com o elevador funcionando. Então, sempre que minha filha precisa utilizar o serviço, nós precisamos pedir ajuda para pegar a cadeira com ela em cima e colocar dentro do ônibus. Um dos motoristas me disse que já tinha pedido para a empresa consertar o elevador, mas até agora nada”, relatou a mãe.
Na ocasião, encaminhamos a reclamação para a empresa Joafra Transportes. Em resposta, o então gerente de tráfego da Joafra, Adaildo Jeremias, informou que a linha tinha três ônibus com elevador de acessibilidade, mas que com as chuvas que caíram na época, os elevadores haviam apresentado muitos problemas. Mas já estavam verificando os veículos com problema para recolher e fazer o serviço de conserto.
Encaminhamos a reclamação para a empresa Joafra Transportes e aguardamos uma resposta.
Redação PNB