Leitores do Preto no Branco entraram em contato com a nossa redação para relatar uma situação que, segundo eles, estaria ocorrendo durante uma visita ao Hospital Regional de Juazeiro, localizado na região Norte da Bahia. Em seus relatos, eles acusa a unidade de saúde de proibir o uso e até o porte de celulares por parte de visitantes.
“Gostaria de fazer uma reclamação em relação ao Hospital Regional de Juazeiro. Quando vamos fazer uma visita a algum paciente, eles proíbem o acesso com o celular. Ou seja, eles não deixam entrar com o celular. O que querem esconder? Devem estar fazendo isso para que não haja denúncias sobre as irregularidades que acontecem lá dentro”, disse um leitor que preferiu não se identificar publicamente.
“Fui visitar uma pessoa da minha família e tomei um susto quando disseram que não poderia entrar com celular. Deixei com marido que ficou na porta, mas me senti constrangida e presenciei outras pessoas lá reclamando desta ordem que só vejo em presídios e mais em lugar nenhum”, comentou uma leitora.
Eles disseram ainda que a norma foi implantada pela atual gestão do hospital e questionam se a proibição é permitida por lei.
“Eu já estive no hospital antes para visitar um familiar e só era proibido o uso do celular na UTI para evitar contaminação, mas agora não, estão proibindo em todos os setores. O hospital pode proibir a entrada de celular? E se não tivermos com quem deixar o aparelho, deixamos onde e com quem? Achei essa norma um absurdo, por isso gostaria de esclarecimentos para saber se isso é legal”, completou.
Encaminhamos a reclamação e os questionamentos para a gestão do Hospital Regional de Juazeiro em busca de esclarecimentos.
O que diz lei?
Não existe nenhuma lei federal que proíba de forma absoluta o uso de celulares por pacientes ou visitantes em hospitais públicos. O que existe são normas internas de cada hospital, e elas devem estar baseadas em razões técnicas e respeitar direitos fundamentais
A ANVISA e o Ministério da Saúde não proíbem o uso de celulares, mas orientam que o uso deve ser restrito em áreas de risco como blocos cirúrgicos, UTIs e centros de imagem.
Redação PNB