“Com toda ignorância do mundo”: Familiar acusa médico do SAMU de Juazeiro de negar socorro a idoso; SESAU se manifesta

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A moradora de Juazeiro, na região Norte da Bahia, Evanice Duarte, procurou o Portal Preto no Branco para reclamar do atendimento recebido ao acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) do município. Segundo o relato, mesmo diante de um quadro de dor intensa apresentado por seu cunhado, um idoso de 60 anos, o socorro não foi enviado.

“Preciso fazer uma denúncia sobre o SAMU de Juazeiro. Meu cunhado de 60 anos está doente e sentindo muitas dores. Diante da situação, ontem, por volta da meia-noite, acionei o SAMU pedindo que enviassem uma ambulância. Mas o médico falou que não ia mandar socorro porque já tinham enviado uma ambulância essa semana para buscar ele e ele estava medicado”, relatou a denunciante.

Evanice conta ainda que tentou explicar a gravidade da situação ao médico, mas, segundo ela, não houve compreensão por parte do profissional que atendeu a ocorrência.

“Eu expliquei que se tratava de um paciente idoso, que está doente e com dores, mas ele me respondeu que não tinha nada a ver a idade dele e que a gente é que tinha que levá-lo ao hospital em um carro próprio. Expliquei que a única pessoa que sabia dirigir era o genro dele, que estava trabalhando e só chegaria hoje pela manhã. Mesmo assim, o médico, com toda a ignorância do mundo, disse que a gente esperasse o genro dele chegar para levá-lo ao hospital, porque o SAMU não ia mais”, continuou.

Evanice classificou o tratamento do médico como desumano: “Um absurdo o tratamento que recebemos deste médico. Uma falta de empatia e humanidade. A saúde de Juazeiro está cada dia mais péssima.”, concluiu.

Encaminhamos a reclamação para a Secretaria de Saúde de Juazeiro. Em resposta, a SESAU informou que, “diante da situação relatada, foi realizada apuração interna junto ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência/ SAMU. Conforme verificado, houve apenas um chamado relacionado ao paciente citado. No momento da regulação, o solicitante não se encontrava ao lado do paciente, o que limitou a atuação do médico regulador. A Sesau ressalta que não foi identificado qualquer tipo de destrato ou desrespeito. Ainda assim, o médico foi orientado a adotar uma postura mais solícita nas próximas abordagens. Cabe destacar que o serviço operava com restrições, em razão da insuficiência de veículos e macas. Não houve omissão médica, a equipe seguiu os protocolos vigentes, priorizando os casos mais graves conforme as condições disponíveis”.

Redação PNB

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